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PLANO DIRETOR. Iplan e Sinduscon tentarão buscar um “denominador comum” para os pontos polêmicos

Reunião na quarta-feira discutiu questões técnicas e de grande impacto para o município. E as discussões ainda vão prosseguir

Por MAIQUEL ROSAURO (texto e foto), da Equipe do Site

A Comissão Especial que trata do Plano Diretor do Município colocou frente a frente, na tarde de quarta (4), integrantes do Instituto de Planejamento (Iplan) e do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon). O encontro, que também teve participação do presidência da Câmara, Alexandre Vargas (PRB), apresentou avanços entre sindicato e autarquia.

O Sinduscon reivindicou alterações em diversos artigos do Plano Diretor, do Código de Obras e da Lei de Uso e Ocupação do Solo. As mudanças beneficiariam futuros investimentos em várias regiões. O Iplan aceitou analisar todos os pontos, mas deixou bem claro qual é o seu papel.

“O Iplan tem que olhar a cidade como um todo. Se formos atender todos os interesses individuais que existem, não precisa planejamento, cada um faz o que quer”, disse o presidente da autarquia, Vilson Serro.

O Sinduscon busca aumentar os índices construtivos em determinados locais e também tornar urbano pontos que hoje, legalmente, são considerados área rural, algo que na prática impede a construção de grandes condomínios. Já o Iplan tem como foco a preservação de prédios históricos e do meio-ambiente, limitando grandes empreendimentos próximos a morros e também em locais atingidos pelo Aquífero Guarani, além de impedir que a cidade cresça de forma desordenada.

“Pode-se analisar algumas questões e chegar a conclusões. E mesmo que o Munícipio indique que não é a melhor solução, a Câmara pode votar e entender o que é correto. O ideal é chegarmos a um denominador comum”, advertiu Serro.

A altura máxima dos prédios na região Central (Zona 2), que já foi destaque no site esta semana (AQUI), rendeu boas discussões.

“A Zona 2 é a que mais concentra pessoas, pois milhares trabalham no Centro. Quanto mais gente pudermos colocar morando ali, haverá menor mobilidade e mais conforto, pois as pessoas poderão ir trabalhar a pé”, sustentou Gustavo Jobim, da Construtora Jobim.

Por outro lado, o vice-presidente do Iplan, Daniel Pereyron, ressaltou que edificações antigas serão prejudicadas caso não se limite a altura de novos empreendimentos na área Central.

“Prédios altos ao lado de edificações históricas prejudicam o visual da cidade, pois teremos uma vista apenas com prédios altos”, relatou Pereyron.

“Mas o que população quer, um prédio alto ou um prédio histórico baixo que ninguém paga manutenção?”, questionou o presidente do Sinduscon, Rogélio Zanini.

Para buscar o consenso entre Iplan e Sinduscon, a Comissão Especial formada por Daniel Diniz (PT), presidente; Manoel Badke – Maneco (DEM); e Admar Pozzobom (PSDB), relator; irá discutir o assunto nos quatro cantos da cidade. As reuniões públicas iniciam no dia 11 de abril, na Região Norte (o local exato do encontro ainda não foi divulgado). Abaixo, confira a agenda completa.

Agenda da Comissão Especial do Plano Diretor

Reuniões administrativas:

Segundas-feiras, das 11h às 12h, nos dias 9, 16, 23 e 30 de abril.

Reuniões técnicas:

Quartas, das 14h às 17h, nos dias 4, 11, 18 e 25 de abril;

Sextas, das 11h às 12h, nos dias 6, 13, 20 e 27 de abril.

Reuniões públicas:

Região Norte: 11 de abril (quarta), às 18h30min;

Região Leste: 13 de abril (sexta), às 18h30min;

Região Sul: 16 de abril (segunda), às 18h30min;

Região Oeste: 18 de abril (quarta), às 18h30min.

Audiência pública:

Região Centro: 19 de abril (quinta), às 19h.

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6 Comentários

  1. Opa….. “denominador comum em pontos polêmicos”?

    Plano diretor, planejamento urbano, etc, é questão técnica muito especializada e isenta, doa a decisão que doer.

    Um Plano Diretor é supercomplexo, não pode tratar de situações localizadas. Numa eventualidade a coisa pode até melhorar ou atender demandas localizadas, mas para isso os interessados não pode chegar com um “pires na mão”, é preciso dados balizados que provem que a coisa sugerida funciona melhor que o projeto original para a cidade, não só para atender a situação deles mesmos.

    O Plano Diretor é uma prova de fogo tanto para o corpo técnico que o elaborou como para os especialistas externos que devem ser buscados. Que se pague. Não é uma questão política ou de projetos ou investimentos localizados de uma gestão.

  2. até o mega empresário dos loteamentos do morro cechela eta ali. Meu deus agora que vão patrolar o morro. Esse ano sai cossa saco.

  3. ISso mesmo Garibalde lobo não come lobo. Esse é representante da cacism, tá ali fazendo firula quem conhece sabe. Observem nesta reuniao quantos engenheiros e arquitetos da prefeitura estao ali para defender os interesses da cidade e não dos empresários. apenas o Daniel e ainda e cc. Querem esperar o que dessa omissão. Que os nobre vereadores leigos de pai e mãe salvem a cidade? esse plano não está sendo discutido com técnico algum dentro da prefeitura apenas no I plan essa é a verdade. Total omissão dos engenheiros e arquitetos da prefeitura. Depois querem fazer barulho na câmara de vereadores.

  4. Quanto mais alto o prédio melhor para as construtoras. Esta história das “pessoas irem trabalhar a pé” é cascata, não existe nenhum estudo mostrando que as pessoas que trabalham no centro moram por lá ou pretendem se mudar para lá e nem se têm poder aquisitivo para fazer a mudança. Mais, o stress nos serviços públicos aumenta, energia, saneamento, etc.
    Conceito de morar perto do trabalho é coisa para grandes cidades, não é a realidade de Santa Maria e pode até nunca chegar neste ponto.
    Nota-se também a divisão, querem construir no centro para quem trabalha por lá e na beirada da zona rural são condomínios fechados.

  5. Pra mim, é jogada ensaiada. Vilson Serro é competente, mas está lá por conta de interesses empresariais e, do “outro” lado, estão os próprios empresários. A conferir.

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