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Coluna Observatório: “O risco da eleição por listas”

Decisão distraída
trará prejuízos ao
eleitor de S. Maria

Informações procedentes de Brasília indicam grandes possibilidades de que algum tipo de reforma político-eleitoral acaba sendo aprovado, em tempo de ser adotada em 2006. O financiamento das campanhas é o tema principal, do qual se ocupa a mídia.

Priorizam-se os pleitos majoritários, especialmente para a Presidência da República. No entanto, está-se deixando de lado (ou se fala e escreve apenas de forma, digamos, distraída) algo que terá, também, fundamental importância: a eleição proporcional. Afinal, deputados estaduais e federais também serão escolhidos no próximo ano.

Aqui, são dadas como certas duas providências: a proibição de coligações e a votação em listas partidárias (e não mais nos nomes dos candidatos). Pessoalmente, esse colunista defende, primeiro, uma adequada discussão antes da tomada de qualquer medida. E não resolver-se nada no afogadilho, ao sabor da crise. Corre-se o sério risco de apenas remendar, e mal, o processo atual. E, segundo, no mérito, a idéia de Observatório é que a votação, no pleito proporcional, seja mista – isto é, parte em listas, parte no candidato, como é hoje.

Isso, porém, não tem importância, para os apressados. E há, consta, grande possibilidade de que as listas sejam as escolhidas. E mais: como ninguém decreta a própria morte, tudo está a indicar que as listas irão priorizar, na ordem em que foram eleitos, os atuais parlamentares.

Objetivamente, isso significa o sério risco, no caso santa-mariense, da perda de pelo menos um deputado – é o palpite, reconheça-se, não mais que isso, deste repórter. Leia o texto a seguir, acima, e, espero, entenderá.

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