Por Maiquel Rosauro
A nova direção do Sindicato dos Municipários tomou posse na sexta-feira (16), três dias após o desembargador do Tribunal de Justiça do Estado, Amadeu Butteli, derrubar a liminar que suspendia a eleição da entidade, marcada para 8 de maio. As fotos da cerimônia de posse foram publicadas nesta terça (20) no Facebook do Sindicato. A página dos Municipários na rede social não era atualizada desde o dia 2 de abril.
“A chapa única “RECONSTRUÇÃO” é presidida por Vívian Serpa e vice-presidente Everton Penna. O ex-presidente Renato Costa deixa a presidência para a servidora municipal Vívian que afirmou trabalhar para reconstruir o papel do sindicato, dialogar com as bases e se colocar à frente do debate sobre a reforma da previdência municipal”, postou a entidade.
Para evitar críticas, o sindicato limitou os usuários do Facebook que podem comentar no post.
Visita
Também nesta terça (13), Vivian Serpa e Ewerton Penna realizaram uma visita ao presidente da Câmara Municipal, Admar Pozzobom (PSDB).
“Estamos, aqui, a convite dos vereadores. Queremos para os próximos quatro anos estreitar essas relações e debater de forma bem clara e transparente aqueles temas que impactam a vida dos servidores, que são, lá na ponta, os prestadores de serviços à sociedade”, disse Vivian.
Eleição polêmica
No dia 3 de maio, a Justiça chegou a suspender a eleição do Sindicato dos Municipários após uma ação impetrada por dois servidores. O principal apontamento era a divulgação capenga do pleito, realizada apenas a partir de um edital publicado no jornal Correio do Povo.
Porém, como você leu no início da coluna, a liminar foi derrubada. Por consequência, foi eleita a única chapa que se candidatou, com nomes da situação.
Silêncio
Se você entrar agora no Facebook do sindicato não encontrará nada sobre a eleição. Há um post no dia 2 de abril com críticas ao prefeito Rodrigo Decimo (PSDB) e, logo depois, a publicação desta terça (20) sobre a posse da nova diretoria.
Ou seja, o processo eleitoral foi completamente ignorado na rede social. O sindicato divulgou apenas a posse da nova diretoria, como se isso tivesse acontecido em um passe de mágica.
Lamentável! Este sindicato não me representa. Indignada com a falta de comprometimento e responsabilidade deste sindicato com o servidor público. Que legitimidade tem um sindicato com o registro cancelado para “negociar” com a gestão a reforma da previdência? Divulgam na mídia que a administração pública e o sindicato dos servidores municipais estão “dialogando amplamente a reforma previdenciária”. Diálogo e negociação de fachada.
Muito obrigada Claudemir por expor parte do que está acontecendo no Sindifake. É interessante analisar que quando a matéria interessa ao grupo eles publicam, quando não é do interesse, omitem. Tínhamos um grupo com 500 servidores, muitos solicitando informações sobre o edital de abertura das das incrições de chapas. Nenhuma palavra por parte do grupo de administradores, NADA. Publicaram editais para reforma do regimento eleitoral e depois para inscrição de chapas no Correio do Povo, porque não do Diário? Enfim, não publicizaram as ações que deveriam ser de conhecimento dos filiados, afinal, sustentamos o Sindifake com nossas contribuições. Um Sindicato que não informa seus filiados para assembleias gerais (prestação de contas, reformas, debates) serve a quem? Existe para quê? São questões que precisamos trazer publicamente para que o funcionalismo publico municipal, na iminência de uma reforma previdenciária e tvz administrativa, seja gravemente atingido. Não deve ser na urgência, com conluios e troca de favores que a vida profissional e por consequencia pessoal, de mais de cinco mil servidores deva ser decidida. Isso não é um jogo. É a vida das pessoas: Poder executivo, poder legislativo e por ora, a direção “autoeleita” do Sindifake precisam ter consciência disto.
É pedir muito que o sindicato volte a ser dos trabalhadores, com voz ativa e independente?
Parece que sim. Mais uma vez, o Sindicato dos Municipários mostra que está distante da base que deveria representar. Realizaram uma eleição de chapa única, sem qualquer esforço de ampla divulgação, sem debate, sem escuta, sem transparência, sem respeito ao contraditório…sem cabimento. Uma lógica viciada!
Um sindicato que não consulta suas bases, que não divulga seus atos e que mantém um alinhamento silencioso com a gestão patronal, não nos representa.
Até quando as decisões tomadas seguirão a portas fechadas? Queremos democracia sindical de verdade, com pluralidade, debate e participação.
Logo que entrei para o serviço público contribui para o sindicato, com o passar do tempo e tendo conhecimento de que já não tínhamos um sindicato ativo que lutasse pelo servidor e não pelo governo me desfiliei.
Agora em abril de 2025 voltei a contribuir, para ter direito a voto, mas logo as suspeitas de irregularidades foram comprovadas através do MT e DOU, nem dá pra dizer que me decepcionei pois já era previsto.
Quero reafirmar o que os demais colegas estão comentando, o Sindicato que deveria nos representar, ser democrático e transparente continua agindo às escuras, sem transparência e negligênciando informações, como as datas das assembléias, pra completar fui excluída do grupo de whatsapp que serveria, ao meu ver para sermos atualizados das decisões. Atitude lamentável de quem deveria proteger os contribuintes, afinal 1% do nosso salário server para pagar o serviço “realizado” pelos membros do sindicato e se acham que o valor é pouco deveriam ao menos lutar termos um salário digno.
Finalmente verdades estão vindo à tona! Democracia já!
Eu me pergunto por que não querem de forma alguma largar o osso, o que tem de tão especial neste sindicato que nem a democracia respeitam, divulgação das eleições em jornal de Porto Alegre, entre outros fatos, dialogando eles já vem fazendo isso há muito tempo só que não a favor do servidor