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VIOLÊNCIA. Em uma década, mais de 550 mil pessoas assassinadas no Brasil. No Estado, aumento de 58%

CONFIRA:  RS teve aumento de 58% em homicídios em 10 anos (AQUI )

COM CORREÇÃO ÀS 14H50 DE 06/06/18

Por AKEMI NITAHARA, da Agência Brasil, com imagem de Reprodução

No ano de 2016, 62.517 pessoas foram assassinadas no Brasil, o que equivale a uma taxa de 30,3 mortes para cada 100 mil habitantes. Os dados são do Ministério da Saúde e foram divulgados hoje (5) no Atlas da Violência 2018, apresentado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Segundo a análise, a taxa de homicídios no Brasil corresponde a 30 vezes a da Europa, e o país soma 553 mil pessoas assassinadas nos últimos dez anos.

Todos os estados que lideram a taxa de letalidade estão na Região Norte ou no Nordeste: Sergipe (64,7 para cada 100 mil habitantes), Alagoas (54,2), Rio Grande do Norte (53,4), Pará (50,8), Amapá (48,7), Pernambuco (47,3) e Bahia (46,9). As maiores variações na taxa foram observadas em São Paulo, onde houve redução de 56,7%, e no Rio Grande do Norte, que registrou aumento de 256,9%.

Juventude negra

A violência letal contra jovens continua se agravando nos últimos anos e já responde por 56,5% das mortes de homens entre 15 e 19 anos de idade. Na faixa entre 15 e 29 anos, sem distinção de gênero, a taxa de homicídio por 100 mil habitantes é de 142,7, e sobe para 280,6, se considerarmos apenas os homens jovens.

O problema se agrava ao incluir a raça/cor na análise. Nos últimos dez anos, a taxa de homicídios de indivíduos não negros diminuiu 6,8% e a vitimização da população negra aumentou 23,1%, chegando em 2016 a uma taxa de homicídio de 40,2 para indivíduos negros e de 16 para o resto da população. Ou seja, 71,5% das pessoas que são assassinadas a cada ano no país são pretas ou pardas

Feminicídio e estupro

A violência contra a mulher também piora a cada ano. Os dados apontam que 68% dos registro de estupro são de vítimas menores de 18 anos e quase um terço dos agressores das crianças de até 13 anos são amigos e conhecidos da vítima e 30% são familiares mais próximos como país, mães, padrastos e irmãos. Quando o criminoso é conhecido da vítima, 54,9% dos casos são ações recorrentes e 78,5% dos casos ocorreram na própria residência.

Controle de armamento

Os pesquisadores ressaltam a importância de uma política de controle responsável de armas de fogo para aumentar a segurança de todos. Segundo a pesquisa, entre 1980 e 2016, 910 mil pessoas foram mortas por perfuração de armas de fogo no país. No começo da década de 1980, os homicídios com arma de fogo eram 40% do total e chegou a 71,1% em 2003, quando foi implantado o Estatuto do Desarmamento. A proporção se manteve estável até 2016. O levantamento aponta, ainda, que os estados onde houve maior crescimento da violência letal são os mesmos onde cresceu a vitimização por arma de fogo.

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3 Comentários

  1. Feminicídio é tratado como algo ‘cultural’ e não como coisa de maluco. Alás, aumento de pena foi irrisório, não resolve o problema (maluco não dá bola para prevenção geral) e a nomenclatura só serve para facilitar a estatística.
    Números do estupro também estão inflados. Algum gênio resolveu unificar o atentado ao pudor com o estupro no código penal tempos atrás. Sujeito que praticasse mediante violência conjunção carnal geralmente era condenado em dois crimes (que tinham as penas previstas iguais). Agora é um só. Proporcionalidade também foi para o espaço, se um tarado apalpar uma mulher num ônibus e for condenado, corre o risco de ir para o presídio. Antigamente com o atentado, no caso de rebelião, tomava uma surra. Agora que não há distinção corre o risco de ser assassinado.

  2. O atlas como estudo é uma piada. Obviamente há psolianos envolvidos (acham que ninguém nota) que tentam ‘esquentar’ a ideologia através de documentos oficiais.
    Quando falam em ‘juventude negra’ somam pardos e pretos (terminologia do IBGE) e não abordam o aspecto de quem mais mata, o que também é importante. Ou seja, querem alegar ‘racismo’.
    Controle de armamento é a bola da vez, tentam flexibilizar as regras no Congresso, reflexo do plebiscito que não foi respeitado. Não discriminam o tipo de arma de fogo. Não falam que se aumentaram os homicídios o problema não é bem a arma de fogo (Inglaterra vive uma ‘epidemia’ de homicídios cometidos com faca).

  3. Manchete não está furada? Se em 2016 morreram mais de 62 mil em uma década deve ser mais perto de 500 mil.

    NOTA DO SITE: o leitor tem razão. A correção acaba de ser feita (14h50 de quarta-feira, dia 6 de junho)

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