AEDES. Santa Maria tem 120 focos com o mosquito que transmite a dengue e risco de epidemia é ‘médio’
Por MARIANA FONTANA (texto) e JOÃO VILNEI (foto), da Assessoria de Imprensa da Prefeitura
Seguindo determinação do Ministério da Saúde, que prevê a realização de quatro Levantamentos Rápidos do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), a Prefeitura de Santa Maria divulgou os dados do segundo LIRAa executado no ano na cidade. Os dados são referentes às inspeções realizadas do dia 16 de maio ao dia 15 de junho, e apontam a existência de 120 focos do mosquito distribuídos em 30 bairros do Município, o que coloca a cidade em médio risco para epidemia.
Conforme a médica veterinária e coordenadora técnica do Programa de Vigilância e Controle do Aedes, Heloisa Lorentz, foram inspecionadas um total de 3.188 imóveis, o que representa em torno de 2,5% dos imóveis da área urbana do Município. De acordo com o levantamento, o Bairro Nova Santa Marta é o que apresenta o maior número de focos, 15 no total. Em seguida, estão os bairros Camobi e Juscelino Kubitschek, com 14 e 13 focos, respectivamente.
O segundo LIRAa do ano apresentou, ainda, informações referentes aos principais tipos de criadouros. Conforme os dados, 39,5% dos criadouros encontrados são do Tipo B (depósitos móveis), que são, entre outros, vasos/frascos com água, prato, garrafas retornáveis e recipientes de degelo em geladeiras, por exemplo (veja, abaixo, todos os locais em que foram encontrados criadouros).
AÇÕES PREVENTIVAS
De acordo com Heloisa, além do trabalho realizado durante a execução do LIRAa, são realizadas, ao longo do ano, vistorias em pontos estratégicos (borracharias, sucatas, lojas de materiais de construção sem depósito, entre outros). No Município são 193 pontos, que são visitados a cada 15 dias. Ainda, a equipe realiza o tratamento nos locais em que são encontrados os focos. É aplicado larvicida nos recipientes que não poderão ser descartados e naqueles que servem para coleta de água (desde que a destinação da água não seja para consumo humano, nem animal), além de serem eliminados alguns dos criadouros. Também são feitas verificações de denúncias recebidas, atividades educativas e intersetoriais, entre outras ações.
No primeiro LIRAa do ano, realizado entre 26 de fevereiro e 23 de março (época de extremo calor), foram inspecionados 3.153 imóveis. Na ocasião, foram encontrados 175 focos do mosquito, distribuídos em 33 bairros da cidade. No entanto, conforme Heloisa, apesar de haver a diminuição no número de focos, essa redução não foi significativa, visto que, mesmo com a predominância de um tempo mais frio, ainda assim há um grande número de focos.
“Se comparamos o primeiro LIRAa com o segundo, constatamos que os focos não diminuíram de forma significativa e a maioria dos focos foram encontrados nas residências. Nosso Município está infestado desde abril de 2013, e não estamos conseguindo diminuir os focos, sendo que muitos locais são reincidentes na coleta de larvas e pupas. A Dengue, o Zika Vírus, a Febre Chikungunya e a Febre Amarela Urbana são doenças cem por cento evitáveis, só depende de nós. O momento para trabalharmos mais no controle dos criadouros é agora para que no início do verão não estejamos com índice de infestação alto”, destacou Heloisa, pedindo que a população intensifique, em casa e nos locais de trabalho, as vistorias em potenciais criadouros.
RELAÇÃO BAIRROS/ FOCOS
Nova Santa Marta: 15 focos
Camobi: 14 focos
Juscelino Kubitschek: 13 focos
Urlândia e Lorenzi: 07 focos cada um
Dom Antônio Reis, Pinheiro Machado e Passo D’Areia: 05 focos cada um
Itararé, Perpétuo Socorro, Salgado Filho e Tancredo Neves: 04 focos cada um
São José, Diácono João Luiz Pozzobom, Nossa Senhora das Dores, Nonoai, Patronato e Divina Providência: 03 focos cada um
Tomazzetti, N.S do Rosário e Chácara das Flores: 02 focos cada um
Km 03, João Goulart, Nossa Senhora Medianeira, Carolina, Caturrita, Agroindustrial, Duque de Caxias, Bonfim e Centro: 01 foco cada um
PERCENTUAL DE CRIADOUROS DE AEDES AEGYPTI ENCONTRADOS
– 39,5% dos criadouros encontrados são do tipo B (depósitos móveis), que são: vasos/frascos com água, pratos, garrafas retornáveis, pingadeira, recipientes de degelo em geladeiras, bebedouros em geral, pequenas fontes ornamentais, materiais em depósito de construção (sanitários estocados, baldes de tinta, etc.), objetos religiosos/rituais, entre outros
– 34% são do tipo D2, que são: lixo (recipientes plásticos, garrafas, latas), sucatas em pátios e ferro velhos e entulhos de construção
– 10,7% foram encontrados em pneus e outros materiais rodantes (câmaras de ar, manchões)
– 8,4% estavam em depósitos ao nível do solo para armazenamento doméstico: como tonel, tambor, barril, tina, depósitos de barro (filtros, moringas, potes), cisternas, caixa d’água, captação de água em poço/cacimba/cisterna
– 4,2% são depósitos fixos: tanques em obras de construção civil, borracharias e hortas, calhas, lajes e toldos sem desníveis, ralos, sanitários em desuso, piscinas não tratadas, fontes ornamentais, floreiras/vasos em cemitérios, cacos de vidro em muros, outras obras arquitetônicas (caixas de inspeção/passagens)
– 2,3% foram encontrados em axilas de folhas (bromélias, entre outros), buracos em árvores e em rochas, restos de animais (cascas, carapaças, etc)
– 0,9% estavam em depósito de água elevado ligado à rede pública e/ou sistema de captação mecânica em poço, cisterna ou mina d’água, caixas d’água, tambores, depósitos de alvenaria, entre outros.
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