Bom início. Bate-boca político em reunião da Câmara de Vereadores de SM. Que seja permanente

Não vou entrar no mérito. Tenho opinião sobre os temas abordados, mas isso, neste momento, é irrelevante. O importante é registrar que, na reunião da Comissão Representativa da Câmara de Vereadores de Santa Maria, houve dois pronunciamentos contraditórios. E é assim que se faz o debate político, fundamental no parlamento e lamentavelmente ausente na legislatura passada.

Os protagonistas do trololó (que não contou com a presença do presidente João Carlos Maciel, do PMDB, ausente por razões de saúde) foram o petista Werner Rempel e o peemedebista Cláudio Rosa. Espera-se que os demais edis possam contribuir para o exercício pleno do debate legislativo, já a partir da primeira sessão ordinária, marcada para 26 de fevereiro. Acompanhe, a seguir, trecho do relato sobre o que ocorreu nesta quarta, em material distribuído pela assessoria de imprensa da Câmara:

“…O vereador Werner Rempel (PT) afirmou considerar absolutamente normal que, à medida que um novo governo se instale, exista a necessidade de período de tolerância para a nova administração ficar por dentro de todas as questões de Santa Maria. No entanto, ressaltou Werner, o governo atual não pode continuar culpando o prefeito anterior por todos problemas da cidade. “Temos visto um governo que ainda não desceu do palanque eleitoral. Continuam dizendo que nada funciona. É hora de mostrar competência e mostrar a que veio”, ponderou. Fez referência à reportagem do jornal A Razão sobre as obras do PAC em Santa Maria. Werner Rempel salientou que todas as obras estão de acordo com o que manda o figurino, sendo fiscalizada pela Caixa Econômica Federal. Esclareceu que o prefeito Valdeci optou por fracionar as obras, possibilitando que empresas locais pudessem participar de licitação. “O governo atual deve descer do discurso falacioso e indicar, inclusive CC (cargos em comissão), para que o PAC possa continuar. Ficar apenas atirando no governo anterior não é uma boa prática”, ressaltou. A respeito do loteamento Cipriano Rocha, declarou que, na última administração, tudo foi feito de acordo com as diretrizes da Caixa Econômica Federal e do Ministério das Cidades.

Sobre as eleições diretas no interior do município, Werner afirmou ser um instrumento democrático, que não merece ser extinto pela atual administração. Declarou, ainda, não existirem motivos para a demissão do subprefeito de Santa Flora, Antonio Roque, levantando a hipótese de ele ter sido demitido por ser do PT.

O vereador Cláudio Rosa, líder do governo, afirmou que as obras da PAC, na última administração, não foram orientadas nem fiscalizadas pela prefeitura de Santa Maria. “Não houve fiscalização por parte da última administração”, observou. A respeito do loteamento Cipriano da Rocha, destacou que houve descontrole total e realmente existem problemas. Cláudio Rosa enfatizou que, em 30 dias, ainda não foi possível melhorar as condições no setor da saúde do município. O líder do governo criticou tanto a demora na conclusão do  túnel da avenida Rio Branco como o volume de recursos empregados. Sobre as eleições de subprefeito, o vereador afirmou que o prefeito Schirmer, em momento algum, manifestou ser contrário às eleições diretas. A respeito do subprefeito de Santa Flora, Antonio Roque, Claudio Rosa disse que ele era contestado pela própria população.”

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui, se desejar, a íntegra do material da Assessoria de Imprensa da Câmara de Vereadores, sobre a reunião da Comissão Representativa do Legislativo.