KISS. Mãe de vítima se manifesta na tribuna livre e tragédia virou tema principal nos debates da Câmara

A participação, na Tribuna Livre, de uma mãe, Carina Correa, que perdeu a fiha na tragédia de 27 de janeiro, acabou se tornando o principal tema de debates na tarde de hoje, na sessão plenária da Câmara de Vereadores.

O que ela disse, e também a manifestação posterior dos edis, além de outras informações da reunião ordinária desta quinta, você tem no relato da assessoria de imprensa do Legislativo. O texto é de Clarissa Lovatto Barros, com foto de Daniela Huberty. Acompanhe:

“O espaço da tribuna livre foi utilizado por Valdecir Pinto Bandeira, da Associação Comunitária da Vila 10 de Outubro. O líder comunitário informou ao presidente da Câmara, vereador Marcelo Zappe Bisogno, que solicitou espaço para que Carina Correa, mãe de vítima na tragédia da Kiss, expressasse seus sentimentos em nome dos demais familiares.  O presidente disse que, após consultar os vereadores, decidiu abrir exceção ao disposto no regimento interno em solidariedade aos familiares das vítimas, que lotaram as galerias do plenário. Pelo regimento, somente entidades podem utilizar a tribuna livre.

Carina esclareceu que não tem qualquer vinculação política-partidária, destacando não ter nada contra a pessoa de Cezar Schirmer, mas críticas à administração municipal.  “Nosso filhos morreram porque pessoas pagas por nós falharam. Foram omissos nos seus deveres”, afirmou.  Carina destacou que acompanha todas as oitivas da Comissão Parlamentar de Inquérito referente à tragédia na boate Kiss e conclamou aos pais a fazerem o mesmo a fim de exigir justiça e responsabilização dos culpados. Ela criticou padre Lauro Trevisan pela forma desrespeitosa que usou a dor dos familiares para publicar livro a respeito da tragédia.  Por fim, Carina enfatizou que o legado dos filhos, vítimas da tragédia, é a luta pela justiça.

Resumo dos pronunciamentos

Sandra Rebelato (PP) fez registro da realização, nesta quarta-feira, do Seminário de Prevenção ao Uso de Álcool e Outras Drogas, que contou com profissionais de diferentes áreas da saúde. O evento foi promovido pela Câmara de Vereadores em parceria com Ministério Público e outras entidades.  A vereadora divulgou a 2ª edição do concurso cultural “Curto a vida, não curto álcool”. Neste ano, a equipe de trabalho do concurso irá trabalhar com a temática de responsabilidade do jovem frente a construção do seu presente e futuro.  Os alunos serão premiados em primeiro e segundo lugar nas três categorias: vídeo, texto (poema, conto, redação), desenho.

Coronel Vargas (PSDB) lamentou a saída das pessoas das galerias do plenário após a utilização da tribuna livre. Segundo o vereador, algumas pessoas foram agressivas com os vereadores antes do início da sessão ordinária e, ao fazerem isso, agrediram o Parlamento. “Faz quatro meses que a cidade está morta. Peço que o presidente da Associação (AVTSM) nos ajude a fazer com que cidade reviva, não com expressão de ódio como está acontecendo”, comentou. O vereador afirmou que há oportunistas de plantão que causam náuseas.

Luiz Carlos Fort (PT) na linha de raciocínio do vereador Coronel Vargas, falou dos reflexos da tragédia na boate Kiss. Conforme o vereador, alguns setores do poder público “estão sangrando” com a sociedade ao não auxiliar a reconstrução da cidade.  Fort informou que os Bombeiros estão cobrando adoção de medidas que há mais de década não exigiam, inviabilizando manutenção de pequenas e médias empresas. “Está muito difícil a situação para as empresas. Não dá para admitir que os Bombeiros funcionem somente na terça e quinta pela parte da manhã para atender os empresários”, comentou. Fort classificou como insalubre a situação da sala em que os Bombeiros recebem os empresários…”

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