Por IRIA BALZAN, Vice-Diretora do Instituto de Educação Olavo Bilac (*)
Parabéns, Olavo Bilac, pelos teus 117 anos, no dia 20 de setembro. Parabéns aos estudantes, funcionários, professores, familiares e todas as pessoas que estudaram e trabalharam nesta escola e fizeram história. Não basta passar pela escola, é necessário deixar marcas positivas. Como diz Samuel Lima, “a educação gera conhecimento, conhecimento gera sabedoria, e só um povo sábio pode mudar seu destino”.
Neste aniversário da nossa escola, estamos vivendo muita tristeza, pois o prédio do I.E.E. Olavo Bilac nunca recebeu uma reforma ou restauração, mesmo sendo um dos prédios mais antigos de Santa Maria. Os prédios centrais do IEEOB foram tombados como Patrimônio Histórico Cultural do Município (Dec.Exec. Nº 344 de 22/11/2006) e como Patrimônio Histórico e Cultural do Estado do RS, em 19 de março de 2013. Até agora, só restaram promessas. Há falta de dinheiro, há descaso e indiferença. É triste ver este patrimônio se deteriorando, sem esperança de acontecer uma melhora.
Das escolas do Rio Grande do Sul, esta é a única escola em que existe museu, que é muito visitado e procurado para a realização de pesquisas. Um dos poucos localizados dentro de instituições de ensino no Rio Grande do Sul. Quanta vida! Quantos acontecimentos! Tanta memória não pode ser perdida na história. “Um povo sem memória é um povo sem passado e sem cultura” (Irmã Adélia). Quem não preserva a memória perde-se na história e vai se aniquilando, em curto prazo, na sua cultura.
Queridos estudantes, ex-estudantes, professores, familiares, esta escola é nossa e ele pede socorro. O que podemos e o que devemos fazer? Por que esse pouco interesse dos governantes com as escolas públicas? Não cruzemos os braços, não deixemos de fazer História! Precisamos pensar, planejar e agir na coletividade. Sejamos sujeitos ativos! Não passemos em vão pela vida! Quem sabe com a contribuição de cada pessoa aliada a cobranças às nossas autoridades, o Olavo Bilac receba, enfim, a reforma tão necessária deste prédio histórico?!
Com muitas pessoas comprometidas, preservando este patrimônio público, valorizando a educação, talvez seja possível construir uma sociedade mais justa, mais solitária e com muita esperança, pois “A felicidade é a certeza de que a nossa vida não está passando inutilmente” (Érico Veríssimo)
(*) – A imagem que ilustra este texto é uma reprodução obtida na internet.
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