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ENTREVISTA. Giuseppe Riesgo diz que abrirá mão de benefícios na AL e não pretende concorrer a Prefeito

Site entrevistou o novo deputado estadual de Santa Maria em seu comitê. Da esquerda à direita: Nêmora Schuh, 19 anos; Adelar Martins, 31; Milton Matoso, 24; Giuseppe Riesgo, 22; Pietra Zucco, 22; Hans Fassbinder, 28; e Augusto Scherer, 23; no comitê de Riesgo, no Centro

Por MAIQUEL ROSAURO (texto e fotos), da Equipe do Site

O deputado estadual eleito, Giuseppe Riesgo (Novo), define-se como um liberal e defende uma menor carga tributária aos contribuintes. Em seu mandato, ele pretende dar um bom exemplo de uso do dinheiro público e abrir mão de alguns benefícios que o cargo oferece.

Riesgo é santa-mariense, tem 22 anos e, pela primeira vez, participou de uma eleição. Ele se elegeu com 16.224 votos, garantindo a 54ª cadeira da Assembleia Legislativa entre 55 parlamentares. Apenas Fran Somensi (PRB), com 15.404 votos, fez uma votação menor que o jovem.

Giuseppe Riesgo garante, desde já, que pretende cumprir seu mandato até o final, não concorrendo à Prefeitura de Santa Maria em 2020

Ele filiou-se ao Novo no ano passado e, após ser aprovado no processo seletivo da sigla, decidiu concorrer à Assembleia. Sua campanha foi marcada pelo forte engajamento no Facebook, com 95 publicações impulsionadas e a liderança em interações entre os candidatos de Santa Maria (AQUI). Também chama a atenção que, em diversas inserções na redes sociais, ele fez uma dobradinha com Marcel Van Hattem, o mais votado à Câmara dos Deputados, com 349.855 votos.

Na tarde dessa segunda-feira (8), o site conversou com Riesgo em seu comitê de campanha, no Centro de Santa Maria. O novo deputado estadual estava acompanhado de diversos amigos que ajudaram em sua campanha, a maioria na casa dos 20 e poucos anos. Na entrevista, ele falou sobre sua eleição, os planos de mandato, o pleito de 2020 e muito mais. Confira:

Site – Quando caiu a ficha e você percebeu que poderia ser eleito?

Giuseppe Riesgo – A ficha ainda não caiu (risos). Acompanhamos apuração geral e também os votos dentro do partido. Quando as urnas abriram, eu estava em sexto lugar entre os candidatos do Novo. Não fui nem de perto um dos 55 mais votados. Apenas no finalzinho, com mais de 99,93% de apuração é que percebemos a vitória.

Site – Quais seus planos na Assembleia Legislativa?

Riesgo – Pretendo cumprir as promessas de campanha. Não vi nenhum outro candidato com um plano de propostas tão bem elaborado quanto o nosso, pois são ideias factíveis. A realidade é que o nosso Estado está quebrado, com muito gasto e com orçamento direcionado para áreas da economia que não são nenhum pouco importantes. A solução que o governo tem dado ao Estado tem sido aumentar impostos. Analisando pela teoria econômica, não gera desenvolvimento, só piora a situação. Em longo prazo, só vai fazer o Estado quebrar. Então, não podemos aumentar impostos. Temos que reduzir impostos.

Site – Privatizar estatais pode ser uma solução?

Riesgo – Sim, este é a primeira proposta do meu plano de mandato: privatizar as estatais ineficientes que dão prejuízos (Clique no link ao final deste texto,  para acessar as propostas).

Site – Neste segundo turno para disputa estadual, pretende apoiar algum candidato?

Riesgo – Não vou apoiar ninguém, meu candidato para governador era o Mateus Bandeira (Novo). Não compactuo 100% com o Sartori e nem com o Leite, são planos de governo meio parecidos.

Site – E para a eleição nacional?

Riesgo – Vou esperar o posicionamento do meu partido. Mas já deixo claro que, em hipótese alguma, apoio o PT. Votei no João Amoêdo (Novo) no primeiro turno, e Jair Bolsonaro (PSL) tem muita coisas que não gosto e não acho correto, mas o PT é pior. É garantido que pró-PT nunca votarei.

Site – Em 2020, o Novo deverá vir forte para as eleições municipais com candidato à Prefeitura?

Riesgo – Não sei, precisamos conversar com o pessoal aqui da cidade.

Site – Historicamente, deputados de Santa Maria acabam concorrendo ao Executivo. Você tem esta pretensão?

Riesgo – Já deixo claro, a partir de agora, que não tenho intenção de largar meu mandato no meio. Quero cumprir até o final. Não me apetece largar no meio e concorrer a prefeito. Da mesma forma, se fosse vereador – igual ao Felipe Comozzato (Novo), em Porto Alegre – não largaria a vereança para concorrer a deputado. O Novo tem essa diretriz de não achar isso muito correto. Os eleitores que te elegeram querem que você cumpra aquilo que se propôs ao invés de buscar aspirações pessoais. O Novo tem essa visão de que o mandatário é um servidor e tem que servir as pessoas em geral. Tanto é que abrimos mão de muitos privilégios. Por exemplo, deputados federais do Novo abrirão mão de auxílio moradia e apartamento funcional.

Site – Você pretende abrir mão de algum benefício na Assembleia?

Riesgo – Sim. O deputado estadual tem direito a 17 assessores, nós teremos, no máximo, oito. A verba de gabinete é de R$ 14 mil mensais e nós usaremos, no máximo, R$ 7 mil. Também vou abrir mão do salário de premiação quando entrar e sair da Assembleia, devolvendo o dinheiro ou doando para alguma instituição de caridade (a prática é, oficialmente, chamada de Ajuda de Custo, no qual é pago o valor do subsídio mensal, uma no início outra no final do mandato). Eu defendo que o parlamentar receba um salário, mas não acho justo ganhar sem trabalhar. O salário é de R$ 25 mil, tirando os impostos são R$ 18,8 mil pagos pelos contribuintes. Temos que fazer o máximo para mostrar que é possível respeitar o povo e o dinheiro público, sem demagogia.

CLIQUE AQUI E CONFIRA (E ANOTA) AS PROPOSTAS DE GIUSEPPE RIESGO

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6 Comentários

  1. O partido Novo ,e parece que tem no estatuto que candidato eleito não pode concorrer a reeleição, quer dizer não será candidato a deputado estadual na próxima eleição.

    João Moscato

  2. Sujeito andou aparecendo em alguns debates na TV Santa Maria tempos atrás, se não me engano.
    Verba para assessores, se não me engano, é fixa, pode ser dividida por até 17 pessoas.
    Falta de experiência é um problema. Midia local continua com o costume de não ‘apertar’ políticos, entrevista é sempre formal. Importante é não perder acesso.

    1. Olá Brando, O Guiseppe responde a página dele, pode mandar as tuas dúvidas e apertar ele, garanto que ele ficaria feliz em te responder, inclusive sobre a experiência que ele já acumula mesmo sendo novo.

    2. Obrigado pela atenção. A crítica, apesar de parecer uma fulanização, não é ao deputado. Dirige-se a mídia da aldeia e não é de hoje, vem desde a eleição de 2016 pelo menos. Ocorreu pelo menos mais um episódio, um secretário que tinha o costume de falar em obras inacabadas como se finalizadas estivessem em lugares diferentes. A mídia, como vaca de presépio, a ver a banda passar.
      Obvio que não poderias ter escrito outra coisa, mas acredite, há algumas décadas já tive vinte e poucos anos e olhando daqui para lá sei que não tinha experiência (vale para qualquer área), algo que só vem com o tempo.

    3. Considerando que tem seis acompanhando o Riesgo na foto e a Rafaela já provoca o Brando, temos sete assessores.
      Falta o Oitavo Passageiro.
      Quando na entrevista diz que serão Oito, oito serão. Não inventa de colocar nove, palavra de programa e de entrevista.
      Já quanto ao limite de gastos comenta que irás corrigir pela inflação, para que a oposição não te cobre em 2022 que gastaste mais que R$ 7.000,00. Na grana tens como corrigir, no número de assessores acabaste de te engessar.
      Quem prega moral e costumes, critica os demais, diz como vai fazer, terá que fazer do jeito que falou.
      Este guri vai estar sob um microscópio. Não pode vacilar.
      Te cuida Riesgo, teu sobrenome é teu guia. Política é ciência de Risco.

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