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R$ 78 MILHÕES. Presidente do PDT divulga nota em que questiona os motivos que levaram ao empréstimo

Por MAIQUEL ROSAURO (com foto de Divulgação), da Equipe do Site

Marcelo Bisogno foi candidato a prefeito em chapa formada com Ewerton Falk (E), hoje secretário de Desenvolvimento Econômico

O presidente do PDT/SM, Marcelo Bisogno, divulgou uma nota nessa quarta-feira (17) criticando o projeto do Executivo que autoriza dois empréstimos entre Prefeitura e Caixa Econômica Federal, que pode chegar a até R$ 78 milhões, para acabar com o problema dos buracos nas ruas. A proposta será aprovada na sessão desta quinta (18), na Câmara de Vereadores.

Segundo Bisogno, o governo do prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) irá deixar uma dívida para os próximos gestores. O pedetista questiona se é necessário fazer empréstimo para serviços que qualquer gestão é obrigada a fazer.

O ex-candidato a prefeito, em 2016, também pergunta sobre os valores recebidos pela Corsan. Ele quer saber se o dinheiro já foi entregue e onde foi aplicado.

É interessante notar que, no último ponto de sua nota, ele afirma que Santa Maria precisa “voltar a crescer, gerar empregos, atrair novos investimentos, aquecer a economia…”. Quem responde por este setor, desde o início do governo Pozzobom, é o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ewerton Falk (PDT), que há dois anos foi o vice de Bisogno na chapa pura do PDT que concorreu à Prefeitura.

Ao final de sua nota, o pedetista deixa um recado direto ao prefeito, ressaltando que os questionamentos não são de ordem pessoal.

Nota de posicionamento!

Santa Maria em alerta:

Quero deixar bem clara minha opinião sobre o empréstimo do executivo junto ao poder legislativo. Essa posição se faz necessário pelo momento de crise que estamos vivendo. Tenho uma boa relação de respeito com o prefeito Jorge Pozzobom, minha manifestação não é pessoal, mas sim, no campo político, na qual temos enormes diferenças e discordâncias na ideologia e concepção de sociedade.

Em primeiro lugar:

Em janeiro de 2017 quando o prefeito assumiu o município, qual o recurso que existia no caixa herdado do governo Schirmer e Farret? Salários dos servidores e fornecedores estavam em dia em janeiro de 2017?

Em segundo lugar:

A renovação do contrato junto à Corsan foi concretizado, com a garantia de R$ 50 milhões para os cofres públicos, onde está esse dinheiro? Já foi repassado pela Corsan? Se já foi, onde está sendo aplicado?

Terceiro lugar:

Houve alguma negociação bancária nesse período do governo Pozzobom com a folha dos servidores? Troca de instituição bancária? Se houve, quanto o município recebeu?

Quarto lugar:

O empréstimo requerido pelo prefeito é um financiamento a médio e longo prazo, mas terá que ser pago pelo município. Com uma carência na qual o atual prefeito poderá não estar no comando da cidade, ou seja, a Câmara autoriza, o prefeito recebe R$ 78 milhões, aplica o recurso, e deixa a conta para o próximo mandatário do poder executivo. Essa conta terá que ser paga! Terá condições de pagamento o município quando essa carência terminar? Terá condições o próximo prefeito de pagar mensalmente esse empréstimo, mais os salários dos servidores e fornecedores do município em dia?

Quinto lugar:

Uma cidade do tamanho de Santa Maria tem o compromisso e o dever por parte da prefeitura, em manter os serviços básicos no município, ou seja: ruas sem buracos, espaços públicos, Calçadão, praças e áreas de lazer no centro e nos bairros em bom estado de conservação e limpeza, iluminação pública em boas condições, saúde básica e cidade limpa e bem sinalizada. São questões básicas em qualquer cidade. Para a realização desses serviços é necessário fazer esse empréstimo? Comprometer as finanças do município em um futuro próximo?

Sexto lugar:

As demais cidades no Brasil do porte de Santa Maria que hoje tem os serviços básicos atendidos como já referi no parágrafo anterior, seus prefeitos também utilizaram empréstimos para devolver ao cidadão os serviços mínimos e necessários com seus impostos pagos pela população?

Sétimo e último lugar:

Santa Maria tem que voltar a crescer, gerar empregos, atrair novos investimentos, aquecer a economia, fortalecer as pequenas e médias empresas, ser parceira de novos empreendimentos e olhar mais para os bairros, distritos e comunidades carentes, fazer a politica chegar às pessoas que realmente precisam. Deixo aqui esses questionamentos, reflexões, essa matéria é muito séria e poderá custar muito caro para o futuro da nossa cidade.

Prefeito Jorge Pozzobom não é nada pessoal, mas sim a preocupação de quem sonha ver nossa cidade cada vez melhor.

Marcelo Zappe Bisogno

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3 Comentários

  1. Muitos dos buracos são devido aos remendos, mal feitos, com material impróprio, pela CORSAN.
    O pior de tudo é que serão remendos, feitos as pressas, com material ruim, precisamos ter lei que PUBLIQUE quem é o Responsável Técnico pela execução do serviço e qual o prazo de validade. Tá na hora de dar nomes a quem executa, não precisa ser do operador de máquina, do tio com a pá e picareta, mas do Fiscal da Obra que deve ser um engenheiro.
    Saber qual trecho e quando o executor e o fiscal atuaram.
    Qualidade tem preço e este empréstimo é pela qualidade.
    Gostam de placa e cartaz, coloquem nas ruas QUEM são os Responsáveis Técnico a pelo projeto (dimensionamento), pela Execução e pela Fiscalização, quando buracos voltarem podemos abrir procedimento e averiguar o porquê.
    Servidores da prefeitura recebem Responsabilidade Técnica. O CREA poderia ser o parceiro na fiscalização dos profissionais envolvidos.
    Meteu a máquina na rua, CREA pede RTs.

  2. Perfeito teus questionamento. E vou mais além: Onde está sendo empregado o dinheiro do repasse do IPVA e das multas de Trânsito(Por lei devem ser empregados no trânsito) e o Imposto sobre Combustível e Lubrificantes(CIDE) também por Lei deve ser no Trânsito…Cadê a Transparência tão propagada pelo então Candidato?

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