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ASSEMBLEIA. Quatro siglas decidem atuar em bloco para tentar ampliar seu poder na gestão do Legislativo

Quarteto de siglas hoje fora do Legislativo tem, na soma, oito deputados. E com isso pretendem aumentar cacife no Palácio Farroupilha

Do Correio do Povo, com texto de FLÁVIA BEMFICA e foto de GALILEU OLDENBURG (Divulgação)

As articulações para a garantia de espaços na administração da Assembleia Legislativa gaúcha a partir do próximo ano já estão gerando tensão entre as lideranças partidárias. A movimentação ocorre porque quatro siglas (PSL, DEM, SD e Pode) que não têm representação na atual legislatura mas, juntas, elegeram oito deputados para a próxima, decidiram atuar em bloco para tentar aumentar sua participação na administração.

As siglas chegam a informar sua pretensão de indicar o presidente da Casa em 2022, último ano da próxima legislatura. O movimento se assemelha a alguns já desencadeados, tanto na Câmara dos Deputados quanto nos legislativos de outros estados, a partir da ascensão de partidos que antes tinham representação mínima ou inexistente.

O grupo formado pelas quatro siglas argumenta que o PSL fez os dois deputados mais votados da próxima legislatura e tenta atrair PR e PRB, o que aumentaria para 12 o número de parlamentares do bloco. Em paralelo, a terceira deputada mais votada, Any Ortiz, em segundo mandato e única eleita do PPS, também se movimenta. Ela já conversou a respeito com o deputado eleito Fábio Ostermann (Novo) e não descarta integrar o bloco das quatro siglas.

O Novo, que não tem representação atualmente, elegeu dois parlamentares. Entre os novos deputados, há quem acredite que votações individuais expressivas deveriam garantir automaticamente mais espaço às siglas dos respectivos parlamentares. As aspirações, contudo, esbarram em um acordo em vigor. Por ele, as quatro maiores bancadas ocupam a presidência da Casa e a primeira secretaria, em sistema de rodízio, durante os quatro anos de cada legislatura. Os demais espaços na Mesa e nas comissões vão sendo distribuídos de acordo com os tamanhos das bancadas eleitas. Para a próxima legislatura, as maiores bancadas são do PT (8 deputados), MDB (8), PP (6) e PTB (5).

Bancada do PT pode ser prejudicada

A falta de uma grande bancada no bloco em formação dificulta as pretensões dos parlamentares que pleiteiam o fim do acordo em vigor na administração da Assembleia Legislativa gaúcha, apesar de a pressão poder funcionar para algumas alterações. Entre os grandes, articuladores do PTB defendem a manutenção do acordo. Para seu ano correspondente na próxima legislatura, o PTB deve indicar Luís Augusto Lara ou Aloisio Classmann à presidência. No MDB, onde Gabriel Souza desponta como indicado à presidência, as avaliações vão no mesmo sentido. Assim como no PT, que, com o rompimento do acordo, tende a ser prejudicado, já que está no campo oposto ao das quatro siglas que articulam o bloco.

Ainda há dúvidas sobre o posicionamento do PP, onde o preferido para ocupar a presidência no ano correspondente é Sérgio Turra. “Nem tivemos tempo para tratar disso ainda, mas acredito que…”

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