CÂMARA. Emedebista Francisco Harrisson quer que vereadores paguem os próprios gastos com celulares
Por MAIQUEL ROSAURO (com foto de Divulgação), da Equipe do Site
O vereador Francisco Harrisson (MDB) quer dar fim a um dos principais benefícios do Parlamento: o telefone móvel com plano de internet para os vereadores. Nessa quinta (8), o emedebista protocolou a iniciativa junto à Mesa Diretora. Caso seja aprovada, os edis terão que bancar os gastos com celular com dinheiro do próprio bolso.
“O assunto será debatido entre os membros da Mesa, na próxima semana, e depois, seguirá ou não, para Plenário”, explica o vereador.
Harrisson considera que o atual salário dos parlamentares (R$ 9.925,44) é suficiente para quitar o uso do próprio celular. Além disso, ele ressalta que nem todos utilizam o aparelho cedido em comodato pela Câmara.
“O Juba (vereador Juliano Soares, do PSDB), o Vanderlei (vereador Vanderlei Araujo, do PP) o chefe de gabinete da presidência (Julio Santos), o procurador da Casa (Lucas Meyne), a secretária-geral (Andreia Turna) e eu não utilizamos”, ressalta.
O emedebista calcula que o gasto total, ao ano, com o benefício seja em torno de R$ 36 mil.
Harrisson também critica as tentativas frustradas de licitação para contratar um novo serviço de telefonia móvel, que também inclui internet e comodato dos aparelhos. Em ambas não apareceram empresas interessadas. O assunto foi destaque no site, em outubro (AQUI), o qual deu conta do desejo do Legislativo por smartphones top de linha.
“Por que um Iphone X (da marca Apple)? Qual o uso dele para um vereador?”, questiona Harrisson.
Hoje, os vereadores contam com um quota de telefonia móvel e fixa até o valor anual de R$ 6,6 mil. No momento, o aparelho utilizado no comodato é um Samsung S7. Porém, uma terceira licitação para novos aparelhos deverá ser lançada ainda este ano.
Motoristas
A iniciativa de Harrisson atinge apenas os aparelhos dos 21 vereadores e também do chefe de gabinete da presidência, procurador geral e secretária-geral. Ficam de fora os motoristas da Casa, que são funcionários concursados, e possuem direito a celulares.
Não tem o menor sentido uma cota anual de R$ 6.600,00. Com menos de R$ 100,00 por mês se consegue planos com muita internet e ligações para fixo e celular para qualquer operadora e para qualquer lugar do Brasil.
Se não extinguirem essa cota tem que reduzir para no máximo R$ 1.200,00 por ano por vereador.