Por PAOLA SALDANHA (com fotos Divulgação e Arquivo Pessoal), Especial para o Site
Saibro, cimento, relva. Raquete. Deuce. Os termos e cenários não são tão populares no país do futebol, mas o tênis já apresentou nomes importantes para o esporte nacional e proporciona uma prática diferenciada de atividade física. Em Santa Maria, o projeto Tênis no Bairro possibilita o acesso de crianças de escolas públicas a modalidade esportiva.
Desenvolvido pelo Avenida Tênis Clube (ATC) desde 2006, a iniciativa contou com o empenho do coordenador técnico de equipes, Dena Amarante da Silva, e da coordenadora do setor de esportes, Márcia Mortari Saydelles. Conforme Márcia, inicialmente, o clube sediava duas horas do horário semanal dos dois profissionais para que pudessem ir até as escolas. “Começamos no Ginásio do Oreco, onde atendíamos crianças das escolas próximas, depois Padre Caetano, Gomes Carneiro e depois viemos para o clube”, relembra.
Segundo Silva, atualmente, o projeto atende 20 alunos, em duas turmas, no turno inverso a escola e oferece aulas a todas as crianças e adolescentes estudantes de instituições públicas da cidade. O coordenador de equipes ressalta que ao longo dos mais de 10 anos de atividades, o Tênis no Bairro já revelou atletas que se destacam no contexto nacional. E entre eles está Henri Luz, 18 anos, que fecha 2018 com a conquista de títulos nacionais e estaduais, como no 5º Aberto de Santa Cruz, ocorrido em setembro.
O jovem, aluno da EEEF Padre Caetano, ingressou no projeto após uma visita convite de Silva à instituição em que estudava e desde então trilha uma trajetória de notoriedade. “Comecei no projeto e fui me destacando. Recebi o convite pra começar a treinar no clube nas terças e quintas. Depois, com o meu desempenho, comecei a treinar todos os dias. Hoje, eu treino no clube e vou começar a auxiliar nas aulas de tênis como assistente de esportes”, relembra Luz.
Silva e Márcia explicam que os participantes que se destacam no projeto são incorporados à equipe de competição do clube, como o caso de Luz. De modo geral, a atividade atende crianças a partir dos seis anos de idade e acompanha seu desenvolvimento até os 11. “Muitos já estão inseridos na equipe de competição. Já temos frutos do projeto. Mas deve haver interesse do clube e do atleta. Há o respeito pela escolha do jovem também, mas a gente tenta acompanhar até encaminhar”, salienta Silva.
O jovem campeão frisa a importância do vínculo com a ação e o aprendizado além das linhas da quadra. “O projeto foi e ainda é muito importante pra mim, porque se não fosse por ele, eu não estaria jogando tênis hoje. E se eu não estivesse jogando tênis eu não sei o que eu poderia estar fazendo agora”, reflete Luz. Silva também evidencia que o ensino dessa modalidade esportiva caminha por um ensino voltado a cordialidade e respeito ao adversário, o que contribui para o desenvolvimento social. “A gente trabalha muito a atenção, concentração e valores, como por exemplo, teu adversário tem que confiar em ti, tem que ser cordial com ele. São valores que eles vão aprendendo e levam para a vida”, destaca.
Em função de uma mudança no quadro de funcionários, o projeto não foi aplicado no segundo semestre de 2018. De acordo com Márcia, não houve ingresso de novos participantes, mas aqueles que já faziam parte das equipes ou pré-equipes se mantiveram. A coordenadora do setor de esportes explica que no ano que vem o Tênis no Bairro volta às atividades, após ser selecionado no Programa Municipal de Apoio e Promoção do Esporte (PROESP – SM). A plataforma seleciona entidades sem fins lucrativos, a partir do envio de propostas de projetos esportivos de cunho educacional. A prefeitura, então, por meio de renúncia fiscal, destina parte da receita arrecadada de impostos para o desenvolvimento da iniciativa selecionada.
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