MEMÓRIA. Cultura gaúcha infinitamente mais pobre. Morreu há pouco, o múltiplo Humberto Gabbi Zanatta
COM ACRÉSCIMO DE INFORMAÇÃO ÀS 19H08
Segundo informações do Hospital de Caridade Dr Astrogildo de Azevedo, a morte foi constatada às 16h15, por uma parada cardiorrespiratória. E assim se foi o múltiplo homem da cultura santa-mariense e gaúcha, Humberto Gabbi Zanata. Ele, que possuía antecedentes cardíacos, inclusive com uma cirurgia recente – em julho passado teve dissecada a aorta, além de ostentar stents.
Humberto Gabbi Zanatta era escritor renomado, poeta premiado, advogado, professor e também político – inclusive tendo sido vereador por um mandato (não disputou a reeleição), entre 1989 e 1992.
Há, desde já, nas redes sociais, clamor com seu desaparecimento. Uma das primeiras manifestações, por exemplo, é feita pelo ex-deputado federal e ex-vice-governador João Gilberto Lucas Coelho. Que, no Facebook, publicou: “Perde Santa Maria um dos seus talentos criativos e inspirados. Um cidadão militante de ideais. Perco mais um da mesma geração e de parcerias em jornadas cidadãs. “
O velório, ainda sem horário de início confirmado, será no plenário da Câmara de Vereadores. Não informações, ainda, sobre o sepultamento (horário e onde). Zanata tinha 70 anos, completados em 5 de julho, e deixa a esposa Eunice e cinco filhos.
Querido Primo Humberto com certeza foi alegrar o céu…Eterna gratidão pelos momentos de convivência e pela composição do lindo de Hino de Taquaruçu do Sul, sinto emoção enorme sempre ao cantar o Hino e agora além da emoção sentimento de muita saudade dessa pessoa maravilhosa. Grande abraço a toda família!
Minhas condolências aos familiares e amigos, mais uma perda lastimável,Humberto Gabbi escritor renomado, poeta premiado, advogado, professor e também político está ente os grandes ,fica com Deus,Jesus!
Mando para a família o abraço do povo de Nova Palma, cuja letra do hino era de autoria do Zanatta (tendo sido ele também o Patrono da primeira Feira do Livro do município, ocorrida em 2017). Cada vez que aparecia na cidade, em diferentes ocasiões, e tomava a palavra, como também aconteceu em cerimônias de premiação do Concurso Fotográfico no ano passado e no retrasado, na Câmara de Vereadores local, dava um show, fazendo o público rir e ao mesmo tempo se espantar com o absurdo conhecimento, inclusive histórico da própria região e das pessoas do lugar (sabendo a respeito mesmo mais que muitos nativos!)…
E havia ainda tantos outros projetos a realizar nessa parceria (ficam, por exemplo, os livrinhos “Palmas para Nova Palma” – de sua autoria, ainda encaixotados na biblioteca, esperavam uma nova visita sua, que ele tanto ansiava, para trabalhá-los com as escolas, após ter sido lançado na Feira – para mantermos esse legado, ao menos no nosso “microcosmo”)… tristeza por ele e por todos nós, enfim (nosso mundo, em franco processo de “burrificação”, fica ainda um pouquinho mais burro), mas fica também, meio “egoisticamente”, ao menos o prazer e a honra de ter convivido e “curtido” a companhia do Mestre (esse, sim, merece o apelido) por alguns poucos mas fantásticos e inesquecíveis momentos.
Tropa de Osso, sem tropeiro…
“E sinto cheiro de terra após a chuva, de tantas flores perfumando sem cobrar.
Do pão de forno do apoio e da canjica, da pitanga da tuna e do araçá…”
A capacidade de sua alma a inspiração , a inteligência , o bom humor , a companhia agradável. Marcas registradas na beleza de seu sorriso franco e acolhedor. Um gênio do seu tempo, e um amigo pra eternidade.
Recebo a notícia da morte de Humberto Gabbi Zanatta com profunda tristeza. Além de fã de suas letras musicais, era admirador do grande ser humano existente nele. Também porque tive a imensa satisfação de conviver com o Zanatta. Nós fomos colegas por mais de uma ponta. Fomos alunos do Curso de Comunicação/Jornalismo da UFSM, cumprindo diversas disciplinas em comum; trabalhamos juntos na Agência Gilppe Publicidade, na Rádio Gharathan e no Jornal A Razão. Compartilhamos, na época, de visões políticas e culturais e semelhantes, sobre as quais tivemos a oportunidade de trocar ideias. Zanatta foi um sonhador, um poeta, um humanista profundo. Tornou-se uma figura de enorme expressão e respeitabilidade na cultura gaúcha. Não digo que ficará um vazio completo, porquê a obra artística dele permanece, preenchendo e acalentado corações. Agradeço ao Zanatta, ele agora brincando com suas tropas de osso em outros pagos, pela convivência e pela honra de ter desfrutado de sua amizade.
Compartilho da mesma tristeza pelo falecimento deste grande jornalista, que deixou uma bela caminhada marcada pela sua atuação como mídia e como autor de músicas nativistas, entre outras obras resultado do seu talento. Fui seu colega dos tempos do jornal O Interior, sendo eu correspondente da região noroeste (com sede em Ijui), Zanatta fazia a região de Santa Maria e Leila Mertins a região de Carazinho. De certa forma, dividíamos a cobertura nas grandes regiões interioranas do Estado, para aquele periódico semanal editado pela Fecotrigo, dirigido para o sistema cooperativista. Tenho esta lembrança particular com Humberto Zanatta e isso é parte importante da minha vida. Siga para o plano espiritual com meu abraço fraterno. As boas lembranças que ficaram estão guardadas para a Eternidade. Adeus, amigo Humberto Gabbi Zanatta.
Realmente uma grande figura, João Gilberto, de nosso tempo de USE. Fiquei bastante chocado com a notícia. Eu gostava muito de conversar com ele. Que descanse em paz! Cabeça iluminada!
Os amigos perdem um cara carismático, humanista; o Rio Grande perde um magnífico poeta, compositor e escritor e, Santa Maria, seu berço, perde uma referência exponencial da cultura. Kuka Pereira – compositor e ex-coordenador do Minuano da Canção.
Cria enjeitada. Tropa de Osso. Não podemo se entrega pros home. Jornalista, advogado, sociólogo, poeta, escritor. Profesor (inclusive de EPB).
Como disse Fustel de Coulanges, “onde o homem passou e deixou marca de sua vida e inteligência, aí esta a história”.
Pêsames a família.