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MEMÓRIA. Zanatta, profissionalismo e Nova Palma

Quando o Flávio, colega deste escriba no Hospital de Caridade, telefonou, avisando da morte do (Humberto Gabbi) Zanatta, de repente me vi, reconheço, muito pouco profissional. Aprendi a dar uma de nem te ligo, formando uma couraça, para retransmitir informações tristes. Mas essa, tenha dó, essa era demais. Bateu, instantaneamente, profunda tristeza.

Ao ponto de ser solto, instintivamente, um palavrão sem dó nem piedade. O Zanatta, poxa, era parceiro dos tempos de luta contra a ditadura, na Universidade, presidente do saudoso Dadeca e, sobretudo, um gentleman, com quem convivi, aqui e ali, por quase 40 anos.

A coisa me pegou tanto, tanto, que esqueci até de perguntar questões óbvias ao Flávio. Tanto que, logo em seguida, para repassar as informações aos colegas (o que fiz pelo Messenger), tive que tornar a fazer contato com o Hospital. Essa está sendo bem doída, e o profissionalismo é bastante complicado, embora, reconheça, necessário.

Dito isto, algo bem alegre, no meio dessa tristeza toda. O Zanata, veja só, era tão solidário, tão fraterno, e a gente sabia tão pouca coisa dele, que, por exemplo, essa de ser “xerife” da Feira do Livro de Nova Palma, convenhamos, poucos tínhamos conhecimento. E o cara é tão querido naquela simpática comuna, que o prefeito de lá colocou a cidade em luto oficial por três dias.

Zanatta autografando “Palmas para Nova Palma”, durante a Feira do Livro 2017, em foto extraída do site da prefeitura local

Mas, enfim, quem me contou tudo isso, pelo WhatsApp, foi meu amigo Ditmar Strahl, que vive em Nova Palma. Com a licença dele (aliás não solicitada), reproduzo a mensagem que recebi agora há pouco, logo antes da meia noite:

Foi Patrono da primeira Feira do livro em 2017 e nomeado pelo prefeito como “xerife” para todas as feiras para, como na primeira, tocar sua sineta e declarar aberta os estandes para visitação.

Foi também autor da letra do hino oficial do Município de Nova Palma e do hino da nossa Cooperativa (CAMNPAL).

A Terra da Palmeira, assim como eu, perdem um de seus mais ilustres amigos. Em vista disso, o prefeito André Rossato, no final da tarde de hoje (sexta), já decretou luto oficial por três dias. A Rádio FM Nova Palma terá na manhã deste sábado uma programação especial em homenagem ao poeta que eu denominei como “O Poeta das Multidões”.

E eu concluo: esse era o Zanatta que nem todos conheciam. Mas certamente, ao primeiro contato, intuíam. Ah, para fechar, vale a pena sugerir a leitura da postagem de outro amigo, também compositor, Evandro Zamberlan, no Facebook (AQUI )

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2 Comentários

  1. É com muita tristeza que recebo a notícia do falecimento de meu amigo Humberto G. Zannata.
    Lembro, como se fosse hoje, quando ia na Prefeitura vender jornal e conversar com Zanatta .

  2. Entreverado na tristeza e na dor da perda de um grande amigo, seu texto me fez aliviar o coração para mostrar para meus filhos Pedro e Carolina seu escrito. Parabéns p homenagem ao Poeta.

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