CÂMARA. Primeira reunião da nova Mesa é cancelada por divergência quanto à presença de CCs da oposição
Por MAIQUEL ROSAURO (com foto de Taísa Medeiros/Arquivo AICV), da Equipe do Site
O clima segue tenso na Câmara de Vereadores de Santa Maria. A primeira reunião da nova Mesa Diretora, na manhã de terça-feira (22), foi cancelada minutos após ter início. O motivo da discórdia foi a permanência de cargos de confiança (CCs) da oposição junto aos parlamentares.
O encontro reuniu os sete membros da Mesa, sendo quatro de situação – Cida Brizola (PP), Luci Duartes – Tia da Moto (PDT), Leopoldo Ochulaki – Alemão do Gás (PSB) e Admar Pozzobom (PSDB); e três de oposição – Deili Silva (PTB), Alexandre Vargas (PRB) e Daniel Diniz (PT).
A reunião, na Sala da Presidência, contava com a presença de CCs da Mesa Diretora, além dos chefes de gabinete de Deili e Alexandre Vargas, respectivamente, Lucas Saccol Meyne e Julio Santos.
O problema teve início quando o chefe de gabinete da presidência, Carlos Roberto Santos da Silva, convidou Meyne e Santos a se retirarem da sala. Porém, Deili interveio e cobrou a base regimental que estabelece o encontro às portas fechadas.
“É praxe pedir que os assessores se retirem”, alega Silva.
Cida, presidente da Câmara, chegou a propor uma votação para definir se os chefes de gabinetes participariam ou não, mas como a derrota seria certa, os parlamentares de oposição decidiram se retirar. Apesar de ainda contar com o quórum mínimo de quatro vereadores, a progressista decidiu suspender a reunião.
“Na pauta estavam assuntos administrativos, apresentação dos novos diretores e planejamento de investimentos do ano”, relata Cida.
Após a confusão, os três vereadores de oposição procuraram a presidente para conversar e uma nova reunião da Mesa será marcada.
“Só não vamos aceitar esse tipo autoritarismo fora do Regimento”, antecipa Alexandre Vargas.
Confira o que diz o Regimento Interno sobre as reuniões da Mesa Diretora:
Embora Deili, Vargas e Diniz tenham se acertado com Cida para um novo encontro da Mesa, eles não pretendem deixar barato os fatos ocorridos na terça.
O trio protocolou uma série de questionamentos na Casa, no qual pedem parecer jurídico com base no Regimento e na Legislação sobre condutas da presidente. Na prática, o alvo não é Cida, mas sim o seu chefe de gabinete na Presidência.
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