LÁ DO FUNDO. Opções para 2020, terceira via?, PDT e Luci, Ramiro, Fabiano, Harrisson/Gehm, muita tosa…
– Acredite: os partidos já se deram conta, e não é de hoje, que se aproxima mais uma disputa eleitoral. E que, se nada mudar, os protagonistas tendem a ser os mesmos: PSDB e PT.
– No raciocínio dos articuladores, que não tucanos e petistas, e ainda não definitivamente colocados como aliados de ambos, é a hora de buscar alternativas.
– Nesse contexto se coloca, por exemplo, o PDT de Marcelo Bisogno. Que busca ampliar espaços e apoios e se colocar como oposição.
– Sozinho, e o exemplo de 2016 está aí, os pedetistas já sabem que não dá. E como governistas também não – se fosse assim, melhor seria apoiar desde já a (aparentemente) consolidada dobradinha PSDB/PP.
– Publicamente ninguém fala, menos ainda o presidente Bisogno, mas para o PDT fica a cada dia mais constrangedor o comportamento da vereadora Luci Duartes que, não obstante o discurso, é governista quase “de raiz”.
– Em algum momento, que não poderá demorar muito, a edil terá que ser enquadrada, dizem uns e outros. Que já não veem com olhos ruins a saída dela para algum partido alinhado a Pozzobom.
– Além do PDT, há um grupo ainda indefinido, entre o centro e a direita, que também quer se colocar no partidor, buscando furar a dicotomia tucano-petista.
– As conversas ainda são embrionárias, mas teriam o protagonismo de setores do MDB (mesmo os hoje com o governo), DEM, PTB e outras siglas menores.
– Há quem sonhe com Francisco Harrisson de candidato a prefeito. Como também existem delirantes imaginando a possibilidade de Roberto Fantinel ser indicado.
– Um e outro também poderiam ser vice de alguém, na hipótese de uma candidatura alternative – sem aderir ao PDT de Bisogno. Pois é.
– Tudo isso, embora muito bonito nos bastidores, pode esbarrar no pragmatismo. Onde se inclui uma regra para o pleito de 2020 que, se não for modificada, será central em qualquer dicussão: o fim das coligações proporcionais.
– Há também, entre os que pensam política na cidade, uma incógnita sem resolução visível: qual será o comportamento do dividido PSB do ex-candidato a prefeito e deputado Fabiano Pereira?
– Está definido: Ramiro Guimarães assumirá funções estratégicas na comunicação da Prefeitura. Por isso, deixará o cargo atual, substituído pela jornalista Thaise Moreira, como o site ANTECIPOU ainda na sexta-feira.
– Caro leitor: procura a definição de tática e estratégia e entenderá o que essa mudança poderá significar nos próximos dois anos.
– Ida de Francisco Harrisson para a secretaria de Saúde não significará que o emedebista ficará a pé na Câmara de Vereadores, onde assumirá o suplente Cezar Gehm.
– Desenhando: o emedebista que sai (e isso acontecerá por no máximo 14 meses) manterá dois CCs no gabinete do emedebista que entra – que terá três vagas disponíveis para nomeação.
– Não custa perguntar: quantos forrobodós verbais haverá na Câmara, antes mesmo de iniciar o trabalho legislativo efetivo, em 19 de fevereiro?
– Aliás, que diferença faz dois CCs (ou três, quem sabe quatro) assistirem às reuniões da Mesa Diretora, apoiando os vereadores?
– No jargão beeem popular, o que aconteceu na Câmara na última semana, conforme um interlocutor do escriba, encontra uma definição perfeita: chinelagem.
– Muita tosa e pouca lã. São as ameaças de trocar de partido, que surgem aqui e acolá, de tempos em tempos, e que, no entanto, têm sido cada vez mais frequentes.
– Casamentos (especialmente os politicos) não são eternos, claro, mas a troca de cônjuge político não se dá assim no mais. Pode implicar, por exemplo, na perda de mandato. Que tal?
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