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EDUCAÇÃO. A bronca dos docentes com Vélez, que até já disse que “errou” sobre hino, lema e filmagem

Ministro Ricardo Vélez Rodrígues deu entrevista 24 horas depois de tornada pública sua “recomendação”. Reconheceu o “erro”

Impressionado com a óbvia (e ele, aparentemente, sequer havia cogitado) restrição de boa parte da comunidade escolar, o ministro da Educação Ricardo Vélez Rodrígues voltou atrás. Mais, diz ter “ERRADO”.

Do que se está falando? Do pedido de filmagem de crianças cantando o hino sem permissão dos pais, a partir de uma carta do ministro, tornado pública na segunda-feira. E mais: correspondência com a recomendação, terminada com as frases “Brasil acima de tudo” e “Deus acima de todos”, o slogan da campanha do presidente Jair Bolsonaro nas eleições.

A cacaca, no entanto, já estava feita. E as reações vieram de todos os lugares. Inclusive, no caso santa-mariense, do Sindicato dos Professores Municipais, cuja assessoria de comunicação divulgou a nota que você confere a seguir:

“Educação acima de tudo

A educação pública brasileira tem imensos desafios pela frente. O investimento na qualificação de escolas, na valorização da carreira docente, aumento de vagas na educação infantil, a permanência das crianças nos bancos escolares, a garantia da aprendizagem, entre outros. O Ministério da Educação é o órgão que tem a missão de propor e conduzir políticas neste sentido. Seu papel é fundamental para que o país avance enquanto sociedade.

Causa espanto a iniciativa do ministro da Educação do Governo Bolsonaro, Ricardo Vélez Rodríguez, de utilizar suas prerrogativas para propor às escolas atos demagógicos e ilegítimos com fins meramente políticos e ideológicos. Por atos ilegítimos, entenda-se

– propor a leitura de mensagem em que se destaca o slogan da campanha eleitoral do presidente Bolsonaro, em clara improbidade administrativa;

– ignorar o laicismo constante na Constituição Brasileira;

– se utilizar da imagem de alunos para finalidades ideológicas.

O Sindicato dos Professores Municipais de Santa Maria repudia qualquer interferência no trabalho das escolas e dos professores que tenha implicações outras que não a de qualificar a aprendizagem. O Hino, a Bandeira e os demais símbolos nacionais não devem ser utilizados para fins político-ideológicos. Seu desrespeito travestido de valorização mais tem a prejudicar os valores que eles representam do que o contrário.

Mesmo após o recuo do ministro, a orientação demonstra a falta de responsabilidade do governo com pautas tão sérias. Sugere-se ao ministro Vélez que se preocupe mais com os problemas reais do que com os imaginários. Em nenhuma ocasião se ouviu seu posicionamento com relação ao FUNDEB, fundo cuja lei tem validade até o final de 2019 e que praticamente sustenta a educação no país. Também não se conhecem quaisquer outros projetos em elaboração pelo MEC para atacar problemas graves, como os citados acima. Para estes assuntos, estamos aguardando ansiosamente seu e-mail, ministro.”

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Um Comentário

  1. Escândalo nosso de cada dia. Uma tremenda bobagem. Enquanto isto uma barragem por aí está prestes a rebentar.
    Sindicato é irrelevante.
    Quanto a educação, basta ver o governo anterior. Reformou o ensino médio. Ficaram anos e anos discutindo a coisa e não foi adiante. Queriam mais tempo para discutir. Temer fez a reforma e foi criticado, açodamento, autoritarismo, etc. Ou seja, apanha-se por ter barba e apanha-se por não tem barba.
    Conclusão é simples, faz-se o que se acha que deve ser feito. E os que vão criticar de qualquer maneira que vão catar coquinhos.

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