Do portal do Correio do Povo, com texto de TALINE OPPITZ e foto de Reprodução
O governador Eduardo Leite tem um imbróglio e tanto para resolver depois do feriado de Carnaval: a composição de cargos de chefia de vinculadas e da administração indireta. Alguns, estratégicos, outros nem tanto. O fato é que a demora nas definições e substituições está deixando parlamentares e lideranças de partidos aliados consideravelmente aborrecidos.
A insatisfação já está tendo reflexos preocupantes para o Executivo. Entre eles, a redução na disposição de apoiar temas polêmicos, como a proposta de emenda à Constituição (PEC) que acaba com a obrigatoriedade de realização de plebiscito para a venda da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), Companhia Riograndense de Mineração (CRM) e Sulgás.
O texto deve ir ao plenário a partir da segunda quinzena de abril. Nos bastidores da Assembleia, no entanto, há convicção de que se o episódio das nomeações não for definido em breve, será cada vez mais difícil reverter o quadro desfavorável. São cerca de 40 cargos da administração indireta em questão. Destes, apenas 12 estão sob o comando de nomeados na gestão tucana.
Entre os demais cargos, 26 continuam com os mesmos administradores do governo do antecessor José Ivo Sartori (MDB). Um foi mantido: o comandante-geral da Brigada Militar, coronel Mário Ikeda. Entre os novos, nomeados agora, há dissidentes de partidos que não integram a base. Na presidência da Fundação de Articulação e Desenvolvimento de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência e com Altas Habilidades no Rio Grande do Sul (Faders), o escolhido foi Nereu D’ávila. Ex-presidente do PDT de Porto Alegre, Nereu deixou o partido em 2017.
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