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ARTIGO. Cuidar da cidade é responsabilidade a ser “dividida entre todos nós”, escreve Jorge Pozzobom

Cuidar da cidade: uma responsabilidade de todos nós!

Por JORGE POZZOBOM (*)

Na semana passada, vindo de Camobi para o Centro pela ERS-509, a Faixa Velha, me deparei com um outdoor que trazia a seguinte frase: cidade limpa, responsabilidade de todos. Achei essa expressão perfeita! Tanto é que fiz questão de tirar uma foto para publicar nas redes sociais. A iniciativa do meu amigo Jorge Brandão traduz muito bem um sentimento que eu tenho, e sei que é compartilhado por muitos cidadãos que amam e que querem o bem de Santa Maria. Cuidar da nossa cidade é uma responsabilidade que precisa ser dividida entre todos nós.

É claro que o Poder Público, no caso a Prefeitura, tem o dever de investir e melhorar ao máximo a prestação dos serviços de limpeza urbana. Isso já é feito. E, aliás, custa bastante aos cofres públicos. A Prefeitura desembolsa mais de 20 milhões por ano em contrato com as empresas prestadoras de serviço no setor de limpeza. Um valor que, muitas vezes, está sendo gasto recolhendo o lixo que é colocado de forma inadequada nos contêineres ou, até mesmo, depositado irregularmente em terrenos ou pelas ruas da cidade. Será que é justo e necessário usar o dinheiro do contribuinte, recursos que poderiam estar sendo investidos na Saúde, na Educação ou na recuperação das ruas para recolher o lixo largado por pessoas mal-educadas?

No ano passado, a Secretaria de Meio Ambiente do Município fez um levantamento que identificou 121 focos de lixo espalhados pela nossa cidade. Agora, vamos fazer uma conta rápida: são 41 bairros em Santa Maria, o que significa, em média, três “lixões”, que surgem pelo descarte irregular de resíduos, em cada bairro da cidade. Não é muito para a Cidade Universitária, a Cidade Cultura? Eu confesso que, não como prefeito, mas como um santa-mariense que ama a sua cidade, eu simplesmente não consigo entender o que leva uma pessoa a largar uma sacola de lixo no terreno que fica na esquina da sua casa. Um local que, limpo e bem cuidado, seria uma ótima área de lazer para os seus filhos.  E, aqui, nem vou falar de todos os prejuízos que esses “lixões” criados por alguns malcriados trazem para o Meio Ambiente e até para a Saúde de toda a vizinhança. Realmente, é difícil de compreender.

Eu costumo dizer que um dos inimigos invisíveis que temos enfrentado na Administração Municipal (e que mais tem me incomodado, particularmente) é o vandalismo. Diariamente sofremos com pichações, depredações e até furtos em prédios e espaços públicos, que são para uso da comunidade, das pessoas. E que acabam ficando fechados ou sendo inutilizados por conta de atitudes irresponsáveis de alguns. A reforma da Unidade Básica de Saúde Floriano Rocha, na COHAB Santa Maria, por exemplo, precisou virar uma reconstrução completa e dobrou de valor porque o prédio foi destruído enquanto as obras não iniciavam. E, mesmo depois que começamos os trabalhos, na parceria com a Universidade Franciscana, continuamos sofrendo com o roubo de materiais e outras situações desagradáveis.

Quem me conhece sabe que eu sou, acima de tudo, um otimista inveterado. Eu acredito no bem. Eu acredito nas pessoas do bem, e que elas são maioria. Queremos uma cidade melhor? Então, vamos fazer a nossa parte. Vamos ter responsabilidade. Porque Santa Maria somos todos nós!

(*) JORGE POZZOBOM é o Prefeito Municipal de Santa Maria. Sua trajetória como agente político começou com dois mandatos de vereador, tendo depois se alçado, pelo voto popular, à Assembleia Legislativa. Em meio ao segundo período, em 2016, foi eleito para conduzir o Executivo santa-mariense. Ele escreve no site às terças-feiras.

OBSERVAÇÃO DO EDITOR: a imagem que ilustra esse artigo é de Arquivo Pessoal.

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2 Comentários

  1. Caro amigo Claudemir Pereira, fico feliz que a nossa singela campanha de reutilização das nossas lonas com frases construtivas, tenha chamado a atenção para uma reflexão sobre o cuidado com a nossa amada Santa Maria. Muito obrigado pelo teu apoio e a oportunidade de através deste prestigiado site, ampliar esta saudável discussão. Um grande abraço!

    NOTA DO EDITOR: embora fique feliz com as palavras, o mérito de dizê-las é do articulista. No caso, Jorge Pozzobom. Ah, e quanto ao mérito, concordamos.

  2. Pois é. Em alguns lugares da cidade preencheram buracos na rua com concreto. Nada a reclamar. Em outros, talvez estimulados por algum ‘gênio’ do rádio, preencheram buracos com caliça. Há quem diga que passou por uma Pampa (ou carro similar) com a traseira cheias de material que foi distribuído pelas ruas da cidade. Problema? Os carros compactam e moem o material. Como não tem nada agregando o mesmo tende a sair do buraco. O material espalha e a chuva espalha ainda mais. O buraco não some e as bocas de lobo tendem a receber parte dos rejeitos.

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