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Petróleo, por exemplo. Como a mídia grandona (e a que se acha) é refratária a boas notícias

Não vou revelar, porque importaria em deslize ético-profissional. Mas sei de um caso específico (vai que um dia, depois dos 80, resolva escrever minhas memórias) em que o repórter, aqui mesmo de Santa Maria, tinha duas informações disponíveis. O assunto era o mesmo. Ambas se contrapunham. O que fez? Em vez de tornar as duas públicas, escolheu uma. Claro, a mais triste. É. Pois é.

É o típico caso, já clássico, segundo o qual o (mau) jornalista é aquele sujeito que separa o joio do trigo. E fica com o joio. Na verdade, não é o profissional. É o contexto. Coisa boa não vende. Temos uma situação nacional bem adequada e recente e como ela foi tratada pela mídia grandona (e a que se acha). Leia, a propósito, trecho do que escreve o articulista Luciano Martins Costa, no site especializado Observatório da Imprensa: 

“… Obviamente, é da natureza e faz parte das obrigações da imprensa analisar tudo que brota das fontes oficiais de informação, e o senso crítico exige a permanente desconfiança de tudo que possa cheirar a propaganda governamental ou partidária.

A revista Época se serviu do mesmo pesquisador citado pela Folha. Deu um tom mais equilibrado à reportagem sobre o assunto, mas não escondeu os fatos, ao anunciar, no índice, que “Agora, sim, o petróleo é nosso”, e ao escolher o título “De comprador a vendedor”, assumindo a tese da Petrobras e do governo, de que a descoberta na Bacia de Santos pode transformar o Brasil em exportador de petróleo.

Veja deu um espaço mais modesto e não passou recibo para a Petrobras. Prendeu-se à operação de comunicação da descoberta, destacando-a como trunfo político do governo e oportunidade para lançar luzes sobre a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef. Mas não omitiu que há sinais para otimismo. O título da reportagem exprime o constrangimento da revista que faz oposição visceral ao atual governo: “É só teste… mas dá para comemorar”.

É conhecido o fato de que a imprensa resiste a celebrações, característica reconhecida em seminários públicos dos quais participaram recentemente editores das principais empresas de comunicação… “

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui a íntegra do artigo “Petróleo é nosso – A mídia resiste às boas notícias”, de Luciano Martins Costa, publicado na seção “A imprensa em questão”, no site especializado Observatório da Imprensa.

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