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EDUCAÇÃO. Pozzobom recebe o Sindicato Docente. Confira duas versões para a reunião desta sexta-feira

Prefeito e dois secretários receberam três integrantes da coordenação do Sindicato dos Professores Municipais (foto Deise Fachin/AIPM)

Duas interessantes peças jornalísticas você acompanha abaixo. Ambas tratam de um mesmo fato: a reunião, na manhã desta sexta-feira, entre dirigentes do Sindicato dos Professores Municipais (Sinprosm) e o prefeito Jorge Pozzobom, este acompanhado de dois secretários de municípios. Testemunhou o encontro a professora (e vereadora) Luci Duartes.

Uma das versões foi produzida pela Assessoria de Imprensa da Prefeitura Municipal, obviamente sob o ponto de vista do Executivo. A outra é da Assessoria de Imprensa do Sinprosm. Evidentemente, com o viés dos trabalhadores. Atenção: nenhuma delas é errada. Não são excludentes, também. Aliás, até possível dizer que se complementam. Confira você mesmo, a seguir:

A VERSÃO DA PREFEITURA (por Manuela Vasconcellos, da Assessoria de Imprensa)

Reivindicações do Sindicato dos Professores Municipais de Santa Maria são recebidas durante reunião – Prefeito Jorge Pozzobom enfatizou a contratação de professores e o pagamento em dia dos servidores

Representantes do Sindicato dos Professores Municipais de Santa Maria (Sinprosm) foram recebidos, na manhã desta sexta-feira (26), pelo prefeito Jorge Pozzobom. No encontro, foram analisadas as reivindicações da categoria, entre elas, o reajuste salarial. A reunião, no Centro Administrativo, contou com o secretário de Finanças, Mateus Frozza, o secretário de Gestão e Modernização Administrativa, Marco Mascarenhas, a coordenadora de Organização e Patrimônio, Martha Najar, e as demais integrantes da categoria, Vera Simon Monte e Juliana Moreira, além da vice-presidente do Legislativo, Luci Duartes (PDT), que é professora municipal.

“Priorizamos a contratação de professores e o pagamento em dia dos servidores, sempre levando em conta que temos de ter prudência e responsabilidade com as contas do Município. Temos a preocupação de oferecer uma melhor educação aos nossos estudantes e estamos em processo constante de chamamento de professores”, explica o prefeito Jorge Pozzobom.

A categoria explica que a defasagem dos salários é de 31%, e o índice do reajuste deste ano é de 15,9%, conforme o piso do magistério. No sentido de melhor analisar a proposta sem onerar o Município, as secretarias de Finanças e de Gestão e Modernização Administrativa pediram que o Sinprosm apresente a metodologia realizada para se chegar a esses percentuais.

“Precisamos garantir a responsabilidade financeira diante das contas da Prefeitura”, afirma o secretário de Finanças, Mateus Frozza.

“Temos de nos colocar diante do cenário atual e avaliar as demandas sociais, como o desemprego e a inadimplência, sempre fortalecendo o diálogo com a categoria”, diz o secretário de Gestão e Modernização Administrativa, Marco Mascarenhas”. (Para ler a íntegra, no original, clique AQUI).

A VERSÃO DO SINDICATO (por Paulo André Dutra, da Assessoria de Imprensa)

Prefeitura não apresenta índice de reajuste salarial aos professores

O Sindicato dos Professores Municipais de Santa Maria esteve reunido com a administração municipal no final da manhã desta sexta-feira (26). Resultado: nada de novo.

A coordenação do Sinprosm, representado pelas coordenadoras Juliana Moreira (Finanças), Vera do Monte (Aposentados) e Martha Najar (Organização e Patrimônio), apresentou ao prefeito Jorge Pozzobom, secretários Mateus Frozza (Finanças) e Marco Mascarenhas (Gestão e Modernização Administrativa) e a vereadora Lucia Duartes – Tia da Moto (PDT) as pautas elencadas pela categoria: equiparação do salário básico com o piso nacional, reajuste do auxílio-alimentação, falta de professores e horário de planejamento.

“PRUDÊNCIA”

A tranquila situação fiscal da Prefeitura, certificada pelo Tribunal de Contas do Estado na certidão do dia 16 de abril (CLIQUE AQUI PARA CONFERIR), foi confirmada pelo secretário Frozza. Segundo ele, apesar da “situação relativamente confortável”, os números não traduzem a real situação econômica do município. Indica fatores do contexto econômico como decisivos para a “prudência e responsabilidade na gestão”.

FALTA DE PROFESSORES

Mascarenhas sugere que são “situações pontuais”, apesar do contínuo chamamento de novos professores. O Sinprosm defende que não há aumento significativo de matrículas de alunos na rede, vindos das escolas estaduais ou particulares, e que os novos professores aprovados em concurso apenas repõem vagas abertas com aposentadorias e afastamentos.

ESTUDO

Os secretários demonstraram interesse no estudo divulgado pelo Sinprosm sobre as perdas históricas e a diferença para o piso nacional. A categoria reivindica 15,9% de reajuste no básico, equiparando-o ao piso nacional da categoria, de forma a recuperar parte das perdas históricas. O salário dos professores atualmente é 31,65% menor que o valor pago no primeiro plano de carreira, em abril de 1989.

PLANEJAMENTO

Pozzobom questionou sobre o andamento do grupo de trabalho para tratar da carga horária para atividades extraclasse, direito estabelecido pela Lei do Piso Nacional do Magistério. Indicou que o assunto deve continuar a ser tratado diretamente com a Secretaria Municipal de Educação.

AVALIAÇÃO

“Os guris vão continuar o estudo para o reajuste dos salários e do auxílio-alimentação”, confirmou Pozzobom, que questionou a vereadora Luci Duartes sobre o reajuste do benefício definido pela Câmara de Vereadores e a possibilidade da casa não devolver verbas ao Executivo ao final do ano orçamentário.

Diante da inexistência de um índice de reajuste, o Sinprosm entende que a reunião é reflexo da movimentação da categoria. “Como vínhamos dizendo, o governo está apenas reagindo à nossa mobilização. A falta de novidades e as diversas explicações demonstram muito bem essa situação”, conclui Martha Najar.

MOBILIZAÇÃO

O Sinprosm definiu na assembleia da última quarta-feira (24) a adesão à Greve Nacional da Educação contra a Reforma da Previdência. A paralisação será no dia 15 de maio, com dois momentos. Pela manhã, com a reivindicação da valorização do magistério municipal, plano de saúde, planejamento e contra a falta de professores, com concentração às 9 horas. À tarde, o movimento unificado terá a pauta nacional do desmonte da aposentadoria como foco.”

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