SALA DE DEBATE. Estudo de Ciências Humanas, as relações de trabalho, mercado/educação, Previdência
Que se diga: foi um “Sala de Debate” bastante animado, o de hoje, entre meio dia e 1 e meia da tarde, na Rádio Antena 1, com a ancoragem de Roberto Bisogno. Os participantes, além deste editor, foram muitos ouvintes (com interatividade significativa) e os convidados da quinta-feira: Giorgio Forgiarini, Ruy Giffoni e Eduardo Rolim. Mas, do que tanto se tratou hoje, para provocar tamanho alvoroço?
Simples: foram questões que tocam diretamente aos cidadãos, no seu cotidiano. As relações de trabalho, o mercado e a educação e, claro, a indefectível proposta de Reforma da Previdência. É importante destacar, também, que todas essas questões acabaram por ser realçadas a partir do tema inicial: a tentativa governamental de, na palavra de um convidade, “desidratar” a área de Ciências Humanas, particularmente Filosofia e Sociologia.
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Celeuma das universidades é fácil de resumir. Ministro da educação recebeu email do Posto Ipiranga. ‘Tem que contingenciar o orçamento em tantos por cento porque a arrecadação caiu’. Sabendo disto ele falou umas bobagens e agitou um monte. Objetivos políticos. O resto é mimimi.
Mestrado é o primeiro degrau, só com isto pesquisa nenhuma é levada a sério, é necessário doutorado. Tem muita gente em escritórios de advocacia, bancos, etc. com mestrado.
Tudo é trabalho, relevância é que difere. Teste simples, se todos os radialistas brasileiros morressem de uma doença misteriosa amanhã, quanto tempo levaríamos para substituir os trastes?
Locutor santa-mariense é usuário do Santo Daime.
Falácia, se somente a força de trabalho tivesse valor todos trabalhariam como autônomos e ficariam ricos.
De novo o moto perpétuo econômico.
Leis trabalhistas novas, tratado de Washington, é o samba do afrodescendente com problemas psiquiátricos.
Neurocirurgia, 6 anos de medicina, dois ou três anos de residência em cirurgia geral, mais 5 de neurocirurgia.
Belo Monte foi uma bela de uma KK. Tem sujeira debaixo do tapete.
Riqueza altamente poluidora.
Ideal seria até alocar mais recursos em todas as áreas. Porém existe falta de dinheiro. Logo prioridades são necessárias, principalmente as que tem retorno econômico.
http://g1.globo.com/Noticias/Concursos_Empregos/0,,MUL1349960-9654,00-CONCURSO+PARA+GARI+NO+RIO+REGISTRA+INSCRICOES+DE+CANDIDATOS+COM+DOUTORADO.html
Mestrado e doutorado para poder lecionar bate na reforma universitária. Só tem um problema, uns 15% da população tem curso superior no Brasil. Mestrado e doutorado são uns 0,5%.
Paulinho da Força soltou uma pérola, depenar a reforma para dificultar a reeleição do B17. Mostrou burrice, acha que o trilhão é dinheiro que vai entrar no caixa e vai acontecer distribuído igualmente todos os anos, fez média.
Tem gente bastante qualificada no setor privado, não é possível chutar baseado com o que se vê em Sta Maria.
Kuakuakuakuakua! Pesquisador santa-mariense descobriu o timbó! Outro descobriu decreto do Artur Bernardes, suspendam a reforma da previdência! Kuakuakuakuakua! Entrevistar todos os lideres de gangue de POA, olhar o prontuário deles no judiciário seria bem menos arriscado, kuakuakuakuakua! Sociedade brasileira não poderia passar sem estas ‘pesquisas’!
Saem das universidades federais e a grande maioria não vale o papel onde estão impressas.
Referencia internacional e intergaláctica. Não interessa se procede, interessa é o exagero elogioso.
Não puxa demais que rebenta.
Não é bem assim. Tem uma revolução industrial no meio e uma Revolução Russa (que por sinal deu certo).
De novo, não é bem assim. Quando a China abriu, entrou na OMC, etc. exigiu que quem fosse acessar o mercado chinês deveria se instalar lá. Exigiu mais, o governo Chinês era sócio de todo mundo que lá se instalava. Em menos de 20 anos a sociedade chinesa deixou de ser agrária para ser uma potência industrial e tecnológica. No meio do caminho ocorreu muito desrespeito a propriedade intelectual, dumping social, etc. mas é outra história.
Idéias velhas e ultrapassadas. Tudo tem a ver com agregação de valor. Por isto que o PIB per capita da Coréia do Sul na década de 80 era igual ao brasileiro e agora é duas vezes e meia. Ignorante tende a receber menos, apesar de no Brasil existir muita gente rica que se cair de quatro pés nunca mais levanta.
Direito e administração são cursos que só precisam de quadro negro, biblioteca, sala de informática e alguns sandeus para lecionar.
Hélio Jaguaribe se autoexilou em 1964 e ajudou a fundar o PSB.
Faoro combateu o regime militar. Freyre era de direita. Problema é que para cada nome citado dá para citar mais de mil outros que são de esquerda.
David Coimbra não leio.
Não conheço todos os professores de administração, não posso refutar a afirmação. Feudos conforme as ideologias agora é uma coisa boa nas universidades.
Segundo Tratado sobre o Governo. Liberalismo econômico não de direito. Divisão de poderes vem de antes, Aristóteles, Machiavel, etc.
Filosofia trata das grandes questões da humanidade. Sociologia, no Brasil, é dominada pela esquerda, faz a parte da ‘engenharia social’, dá respaldo acadêmico para a ideologia vermelhinha.
Bismarck foi quem usou o nacionalismo para que a Prússia anexasse o que hoje é a Alemanha. Coisa que a Áustria não poderia fazer por motivos óbvios. Nacionalismo que desembocou no Hitler.
Pomeriggio é pouco usado, buona serata é de tardezinha.
Como não pode diminuir verbas para sociologia e filosofia, se fizer um telefonema para a Capes e outro para o CNPq não resolve?
Raimundo Faoro era advogado, presidiu a OAB.
Sociologia e filosofia são parte da propedêutica jurídica.
Vai citar o autor, Lênio Streck, ou vai chupinhar o discurso?
Nos EUA já não é mais assim, tiveram que criar programas porque ninguém quer estudar matemática, ciências, engenharia e computação. É difícil, dá trabalho. Alás é o pais que mais importa mão de obra nestas áreas.
China é outro planeta. Resolveram que iriam modificar o sistema elétrico do país. Designaram 1500 engenheiros da iniciativa privada e mais 1500 na academia, colocaram alguns bilhões em cima e a coisa saiu. Coisa que em outros países é impensável.
Nos EUA sociólogos e filósofos não passam nem perto do processo decisório político.