Por BRUNA MILANI (com fotos de Arquivo Pessoal), Especial para o Site (*)
Não manter o contato visual por mais de dois segundos, não atender pelo nome ao ser chamado(a), ter a mania de alinhar os objetos e não falar ou não fazer gestos para mostrar algo. São algumas das características apresentadas pelo Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), conhecido por autismo. Também engloba o Transtorno de Asperger, Transtorno desintegrativo da Infância e Transtorno Global ou invasivo. Estima-se que no Brasil, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existam aproximadamente 38 milhões de crianças e dessas, pelo menos 241 mil são autistas. A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) afirma que, a cada 160 crianças, uma faça parte do espectro, que varia entre leve, moderado e severo.
A sigla inglesa DMS-5, o Diagnostic and Statistical Manual, que significa o diagnóstico estatística e o número 5, elaborado pela Associação Americana de Psquiatria, por já terem sido feitas cinco revisões, abrange os transtornos mentais. Conforme a educadora especial Ana Carolina Michelon Silveira, 23 anos, é necessário ressaltar que todas as pessoas com o transtorno do espectro do autismo merecem respeito, a maneira como entendem de estar no mundo. “Saber se colocar no lugar do outro e nunca rotular qualquer comportamento que fuja da norma”, afirma.
Para Ana Carolina, o diagnóstico feito antes dos três anos de idade apresenta suma relevância, pois é normalmente nesse período que a criança está se desenvolvendo com relação ao mundo. “A educação especial entra na vida dessa criança para servir de inclusão dentro da escola, de maneira individual, complementando o que foi feito dentro da sala de aula e dentro do ambiente residencial”, explica.
O diagnóstico do transtorno é essencialmente clínico, baseado em três critérios estabelecidos pelo Manual Diagnóstico e Estatísticos de Transtornos Mentais, o DMS- V, que são:
– Déficits persistentes na comunicação social e nas interações sociais
– Déficits nas expressões através das comunicação verbal e não verbal
– Repetição de comportamento
O filho da professora de matemática Gracieli Benetti Folleto, 38 anos, foi diagnosticado com autismo leve com um ano e quatro meses de idade. “Ele não atendia pelo nome, não apontava com o dedo e não mantinha contato visual. A pediatra sugeriu que ele poderia estar dentro do espectro autista. O levamos em dois neurologistas que o diagnosticaram”, relata.
A rotina de Ângelo, 9 anos de idade, é de uma criança normal, conforme a mãe Gracieli. “Ele está no ano letivo da idade dele, é muito inteligente. Aprendeu a ler e a escrever em inglês sozinho”, comentou. Ainda de acordo com Gracielli, o filho é carinhoso com a família, mas prefere ficar sozinho e tem poucos amigos.
No mundo das celebridades, o apresentador e empresário Marcos Mion, de 39 anos, compartilha por meio das suas redes sociais, principalmente o Instagram, a sua rotina e comenta também a respeito do seu filho mais velho, que tem autismo. Mion também lançou, em 2016, o livro A Escova de Dentes Azul, que conta por meio da Cachorra da raça Golden Retriever, a Pankeka, sobre as peculiaridades do filho com relação ao natal.
Link do Instagram: https://www.instagram.com/marcosmion/
(*) Bruna Milani é acadêmica de Jornalismo da Universidade Franciscana e faz seu “estágio supervisionado” no site
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