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FEICOOP. UFSM traz as comunidades quilombolas

Produtos das comunidades quilombolas na Feicoop. Romilda (de blusão vermelho), da comunidade Júlio Borges, é uma das presenças

Por MAIQUEL ROSAURO (texto e foto), da Assessoria de Imprensa do Evento

A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) possui um espaço exclusivo na 26ª Feira Internacional do Cooperativismo (Feicoop), onde são apresentadas diversas ações da instituição. Um dos destaques é a Incubadora Social, que trouxe para a Feira representantes de comunidades quilombolas da região Centro Serra do Rio Grande do Sul.

No Lonão 3 – José Mariano da Rocha, estão instalados estandes da Associação Quilombola Linha Fão, de Arroio do Tigre e da Associação Remanescentes de Quilombolas Júlio Borges, de Salto do Jacuí. Além de possibilitar a comercialização de produtos oriundos dessas comunidades, a UFSM também promove uma discussão frente aos desafios enfrentados pelos quilombolas.

Entre os expositores está Romilda de Fátima Miranda da Silva, da comunidade Júlio Borges. Ela trouxe para feira diversos quitutes que produz em sua propriedade, como bergamota, laranja de suco, laranja de umbigo, limãozinho, feijão, mandioca, carqueja para chá, amendoim, bolinho de farinha de milho salgado, bolinho de milho doce, cueca virada doce de farinha de trigo, rapadura de amendoim e pé-de-moleque de amendoim com melado.

Para oferecer tudo isso aos visitantes da Feira, ela relata que ficou duas noites sem dormir, mas que está valendo a pena o sacrifício.

“Nesta Feira é sempre importante participar porque trocamos experiências e aprendemos coisas novas”, relata Romilda.

O objetivo da Incubadora Social da UFSM é articular a execução de projetos concebidos a partir de demandas locais e regionais na perspectiva da sustentabilidade socioambiental. O trabalho visa à geração de trabalho e renda para coletivos em situação de vulnerabilidade social e em processo de organização solidária.

As comunidades são atendidas pelo Núcleo de Extensão em Desenvolvimento Territorial (Nedet), programa de extensão coordenado pelo professor José Marcos Froehlich, do Departamento e Programa de Pós-Graduação em Extensão Rural da UFSM, submetido em nome do Núcleo de Estudos em Agricultura Familiar (Nesaf) da UFSM.

“Trabalhamos com a incubação destes projetos desde 2017. O maior desafio é que estamos em Santa Maria e eles na região Centro Serra, em comunidades localizadas no interior de Salto do Jacuí e Arroio do Tigre, com difícil acesso”, comenta Froehlich.

Na tarde deste sábado (13), no espaço da UFSM ocorreu um debate sobre a agenda étnico-racial no Brasil e os desafios na conjuntura atual. O encontro foi acompanhado pelo coordenador estadual da Conaq (Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas), Roberto Potacio Rosa, que elogiou o trabalho desenvolvido pela UFSM junto às comunidades quilombolas.

“A academia é uma instituição de suma importância, pois proporciona uma visão de mundo indispensável. Somente o olhar técnico da academia pode apontar caminhos necessários para resgatar cidadania e formação de indivíduos”, comenta Potacio.

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