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MEMÓRIA. Aos 88 anos, morre no Rio de Janeiro um dos maiores ícones da música brasileira: João Gilberto

Do site do Correio do Povo, com informações d’O Estado de São Paulo e Portal R7 e foto de Reprodução

Morreu, aos 88 anos, o cantor João Gilberto no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada neste sábado pelo filho do artista, Marcelo Gilberto, nas redes sociais. A causa da morte não foi divulgada. Considerado um dos pais da Bossa Nova, ele era um dos ícones da música brasileira. No entanto, o artista não aparecia em público há anos devido à saúde debilitada.

Devido a problemas financeiros e de saúde do cantor, a filha dele Bebel Gilberto conseguiu a interdição do músico no último dia 15 de novembro. O processo corre em segredo de justiça na 5ª Vara de Órfãos e Sucessões do Rio de Janeiro.

Trajetória 

Filho do comerciante Juveniano Domingos de Oliveira e da católica Martinha do Prado Pereira de Oliveira, a Patu, João viveu em terras juazeirenses até 1942, aos 11 anos, quando seguiu para estudar em Aracaju. Juazeiro ainda o teria de volta quatro anos depois, quando o violão que o pai lhe deu começou a ganhar as primeiras carícias. A Rádio Nacional lhe trazia o mundo e João flutuava ao som de Orlando Silva, Dorival Caymmi, Chet Baker e Carmen Miranda. O primeiro grupo, Enamorados do Ritmo, veio logo, e Juazeiro ficou pequena.

A cidade que o recebeu na sequência teria sério papel na formação de seu caráter artístico. Aos 18 anos, em Salvador, já trabalhava com carteira assinada na Rádio Sociedade da Bahia. Não havia ainda desenhado o formato voz e violão, mas seguia os mandamentos de Orlando Silva tentado imitá-lo, por mais que o moderno já fossem Dick Farney e Lúcio Alves. O grupo vocal Garotos da Lua o chamou e lá se foi, ainda sem a obrigação com o violão, gravar dois discos em 78 rotações.

Aos 26 anos, João Gilberto chegou ao Rio de Janeiro, durante a segunda metade dos anos 50. Sem muitos recursos, ele seguia a trilha de quem queria ser alguém com um violão debaixo do braço. Cantou para quem poderia fazer a diferença, como o cantor Tito Madi, mas teve mais sorte ao cair nas graças do produtor e também violonista Roberto Menescal.

Em agosto de 1958, João Gilberto revelou-se por inteiro e passou a ser uma aposta de Tom Jobim, Dorival Caymmi e Aloysio de Oliveira. A partir daí, gravou seu próprio 78 rotações com “Chega de Saudade” e “Bim Bom”, apresentado pela Odeon.

O que João Gilberto fez foi pouco e simplesmente tudo. Criou um violão brasileiro e, sobre ele, ajudou a fundar um gênero. Seguiu na formatação de sua proposta com o seguinte 78, em 1959, que trazia “Desafinado”, de Tom e Newton Mendonça, e “Hô-bá-lá-lá”, música de sua autoria. E ainda traria seu LP “Chega de Saudade”, definindo-se como um acontecimento. “Em pouquíssimo tempo, (João) influenciou toda uma geração de arranjadores, guitarristas, músicos e cantores”, escreveu Tom na contracapa do disco…”

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