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EDUCAÇÃO. Assim é que a UFSM não é somente o ensino superior. Tem também três ambientes básicos

Egresso do Colégio Técnico Industrial de Santa Maria (CTISM), Luiz Alberto é sócio proprietário de empresa de engenharia elétrica

Por BÁRBARA MARMOR, da Coordenadoria de Comunicação da UFSM

Reconhecida internacionalmente pela qualidade do ensino superior, a UFSM desponta entre os 5% das Universidades mais importantes do mundo. A Instituição exerce um papel fundamental desde a formação do cidadão, por meio das unidades de ensino básico e do incentivo à formação de professores nos cursos de licenciatura, passando pelo ensino médio e técnico, até os cursos de graduação, mestrado e doutorado.

Desde sua fundação, o intuito foi promover, além do ensino superior, a educação técnica no ambiente universitário. Pensando nisso, foram construídos o Colégio Técnico Industrial de Santa Maria (CTISM) e o Colégio Politécnico (Poli) da UFSM.

De acordo com o professor Marcelo Freitas, que está à frente da Coordenadoria de Educação Básica, Técnica e Tecnológica (CEBTT), hoje a Universidade oportuniza o ensino nos dois níveis de formação: básico e superior. O nível básico compreende, além do ensino médio e dos cursos técnico profissionalizantes oferecidos pelo CTISM e Poli, o ensino infantil oportunizado pelo Núcleo de Educação Infantil Ipê Amarelo. Na Universidade, cada uma das três unidades têm características específicas, o que contribui para suprir diferentes demandas relacionadas à formação do estudante.

Uma característica da formação básica da UFSM é a possibilidade de troca de conhecimentos entre os alunos das unidades e os estudantes de cursos superiores. Segundo o coordenador da CEBTT, cada unidade tem “áreas de afinidade”,  a partir das quais são desenvolvidos projetos de pesquisa e iniciação tecnológica baseados no apoio mútuo entre os níveis de formação. Nesse sentido, destaca-se a atuação conjunta entre Núcleo de Educação Infantil Ipê Amarelo e o Centro de Educação (CE) da UFSM. “A gente considera o Ipê como um escola de aplicação, que tem como principal finalidade ser um laboratório para os alunos de formação em licenciatura, que  fazem, muitas vezes seus estágios lá”, explica.

Politécnico

O Colégio Politécnico é responsável por formar alunos do ensino médio – do 1º ao 3º ano – e técnico subsequente. Nesse caso, as aulas são ofertadas para os estudante que já concluíram o ensino médio e buscam aperfeiçoar conhecimentos em alguma das 14 formações técnicas da unidade. Além disso, o Poli tem quatro cursos superiores e dois programas de pós-graduação.

Atualmente, o colégio tem 1.340 alunos nos cursos técnicos e 111 estudantes de ensino médio. Para isso, conta com trabalho de 41 técnico-administrativos em educação e corpo docente formado por 82 professores.

Marcelo explica que, entre os cursos técnicos do Poli, sete são ministrados no período noturno, o que demonstra a preocupação de atender aos estudantes que não podem comparecer às aulas durante o dia.

CTISM

O Colégio Técnico Industrial de Santa Maria (CTISM) também é referência em qualidade em educação profissional na cidade e no estado. Diferente do Poli, o CTISM oferece, além da educação subsequente, cursos técnicos integrados, por meio dos quais os alunos desenvolvem o ensino médio e técnico de maneira concomitante.

São oferecidas três opções de cursos técnicos integrados e sete de ensino subsequentes. Além dessas, o CTISM conta com três cursos superiores e um programa de pós-graduação. O Colégio Técnico Industrial oferece ainda o PROEJA, curso técnico integrado voltado para a formação de jovens e adultos. Hoje o Colégio atende a 1.235 alunos, através do trabalho de 37 servidores técnico-administrativos em Educação e 64 docentes.

Luiz Alberto Júnior ingressou no CTISM em 1997 e se formou em Eletrotécnica três anos depois. Entre as experiências vividas enquanto aluno, Luiz destaca o papel do Colégio para a formação profissional e pessoal por meio de um “ambiente positivo e propositivo”. Além de incentivar o ingresso no mercado de trabalho, em diversas entrevistas com empresas que procuram por estagiários, o CTISM valoriza as aulas práticas desenvolvidas em laboratórios e proporciona instrumentos para a participação dos estudantes em feiras profissionais. “O grande legado do Colégio Técnico, para mim, foi a formação e o amadurecimento como pessoa, que foram muito grandes: a convivência com jovens buscando trabalho, focados, um ambiente que realmente fomenta a profissionalização e o estudo técnico, acaba trazendo grandes diferenciais para um adolescente que tá começando a pensar e se estruturar. Ali foi o pontapé inicial para eu me descobrir”, salienta.

Nesse sentido, destaca-se o trabalho dos profissionais que integram o corpo docente e técnico-administrativo das unidades de ensino básico da UFSM. De acordo com o coordenador da CEBTT, o CTISM, o Poli e o Ipê Amarelo contam com professores mestres e doutores altamente capacitados, laboratórios de qualidade e salas de aula estruturadas, o que possibilita a qualificação e o reconhecimento da UFSM como “a segunda maior universidade com oferecimento de ensino básico do país”, explica Marcelo.

Em relação ao CTISM,  Luiz chama a atenção para a sintonia entre a formação técnica e o ensino superior, como uma experiência essencial para a iniciação da vida acadêmica. Foi a partir do intercâmbio com os alunos do Centro de Tecnologia da UFSM durante o ensino técnico, que o ex-aluno optou pela graduação em Engenharia Elétrica. Hoje, fora da Universidade e trabalhando como sócio proprietário da empresa HCC Engenharia Elétrica, Luiz entende a importância do amadurecimento profissional oferecido pelo Colégio, para o mercado de trabalho da região. Dessa forma, hoje, a HCC também busca no CTISM estagiários qualificados para desenvolver atividades e para compor o quadro profissional da empresa.

Politécnico e CTISM estão com inscrições para seus processos seletivos até o dia 4 de outubro.

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