EDUCAÇÃO. Professores estaduais em greve, e ainda estudantes, realizam marcha contra perda de direitos
Por MAIQUEL ROSAURO (texto e foto), da Assessoria de Imprensa do CPERS-Sindicato
Educadores e estudantes realizaram a Marcha da Educação, na manhã desta sexta-feira (22), em Santa Maria. O ato, que teve início na Praça da Locomotiva, desceu a Avenida Presidente Vargas até a 8ª Coordenadoria Regional de Educação (8ª CRE). No local, foi entregue um documento no qual os grevistas pedem o recuo do governador Eduardo Leite (PSDB) em relação ao pacote que retira direitos dos servidores públicos.
Faixas e cartazes com mensagens a favor da educação e contra o governador marcaram a manifestação. No alto de um carro de som, os educadores demonstraram toda sua indignação.
“Eu vi um cartaz que dizia ‘me chama de IPVA e me defende’. A escola precisa da mesma defesa de quando o pessoal foi para a rua e mídias sociais pedir para voltar o IPVA parcelado. Nós estamos aqui pedindo para garantir a nossa profissão. Se o Estado não tiver educação, estará fadado ao fracasso total”, disse Lucio Ramos, membro da diretoria do 2º Núcleo do CPERS/Sindicato.
Na 8ª CRE, os educadores foram recepcionados pelo coordenador José Luis Eggres. Ele recebeu das mãos da vice-diretora do 2º Núcleo, Marta Skinovsky, um documento solicitando a retirada do pacote de medidas. Eggres disse respeitar a manifestação e se comprometeu a encaminhar o memorando ao secretário estadual de Educação, Faisal Karam.
Marta considera que o evento foi proveitoso, com uma grande participação de educadores e estudantes.
“Fomos bem-recebidos na 8ª CRE e entregamos nossas reivindicações. Estamos no começo de uma greve que não tem prazo para acabar e estamos fortalecidos”, relata a vice-diretora do 2º Núcleo.
Mobilização
Na próxima semana, a tendência é de que outras categorias se somem aos educadores contra o pacote do governador.
“A mobilização tende a aumentar. Iremos realizar uma reunião do Movimento Unificado para debater ações contra o pacote. Servidores de outras categorias deverão, em breve, se somar a nós”, projeta Simone Pirotti, membro da diretoria do 2º Núcleo do CPERS.
Retirada de direitos
Os educadores são os mais prejudicados com o pacote que Leite protocolou na Assembleia Legislativa. Estão previstas mudanças no plano de carreira da categoria, fim de adicionais por tempo de serviço e corte da incorporação de gratificações na aposentadoria.
Além disso, os educadores estão há 48 meses recebendo seus salários parcelados e há cinco anos sem reajuste.
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Basta ver o ranking das escolas conforme o resultado do ENEM. Melhores são federais ou particulares. Fracasso total para quem? Prevaricação não tem desculpa.