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GREVE. Leite ameaça cortar ponto e CPERS responde: ‘Não somos escravos para seguir trabalhando de graça’

Greve dos educadores estaduais iniciou na segunda-feira (18) e não tem prazo para ser finalizada. Foto Maiquel Rosauro

Por Maiquel Rosauro

O governador Eduardo Leite (PSDB) partiu para o ataque contra a greve dos educadores estaduais. Em comunicado divulgado na sexta-feira (22), o tucano disse que cortará o ponto daqueles que permanecerem ou entrarem em greve a partir de segunda (25). O CPERS/Sindicato rebateu anunciando que Leite não tem respaldo legal para cortar o ponto dos grevistas.

A greve na educação teve início na segunda (18) atingindo milhares de escolas gaúchas. A paralisação é uma resposta ao pacote protocolado pelo governador, na Assembleia Legislativa, que revisa as carreiras públicas e da Previdência do funcionalismo estadual. O magistério será o mais atingido.

À imprensa, Leite disse que o Estado admite negociar os dias parados na semana passada.

“Mas, a partir de segunda-feira (25), vamos descontar e não vamos fazer negociação, porque a educação e outros serviços públicos fazem e farão falta para a população gaúcha, por isso, precisam ser prestados”, afirmou ao governador.

Leite também disse que não há justificativa para a greve no magistério.

“O governo está aberto ao diálogo. Dialogou o tempo todo durante a construção dos projetos da reforma estrutural (que moderniza a legislação das carreiras dos servidores e aplica as novas regras previdenciárias) e continua dialogando. Mas não dá para aceitar que esta greve ocorra sem justificativa”, pontuou o tucano.

Outro lado
O CPERS sustenta que a categoria enfrenta 47 meses de salários parcelados e atrasados e que o Supremo Tribunal Federal (STF) definiu, em julgamentos em 2006 e 2007, que a autorização do corte de ponto conforme a Lei Geral da Greve (7.783/89) não se estende aos casos em que houver atraso salarial.

“Como é de amplo conhecimento público, Eduardo Leite pagará a folha de outubro em dezembro – um recorde. Não tem data para quitar os próximos meses e tampouco pagará o 13º em dia, condenando a categoria a novos empréstimos”, divulgou o CPERS.

O Sindicato ainda destacou que não deixa de ser uma ironia cortar um ponto que a categoria não sabe quando será pago.

“Esta é uma greve por direitos e pela própria existência da escola pública. Uma greve diferente, marcada por atos de rua e adesão maciça de pais e estudantes. Não será uma ameaça vazia que nos fará recuar. Não somos escravos para seguir trabalhando de graça”, diz o CPERS.

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2 Comentários

  1. Já temos vinhedos. Já produzimos azeite de oliva. Agora só falta arrumar umas taperas de mármore e aprender a falar grego. Alás, por lá também existiu um período heroico. Será que também falam em ‘novas façanhas’?

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