Sarkis e a inclusão social com qualidade de ensino
Enquanto A Razão de final de semana traz, em sua edição de sábado, uma entrevista com o próximo reitor, Clóvis Lima, informando sobre a data da posse (a mesma da transmissão de cargo), o Diário de Santa Maria publica uma alentada entrevista com Paulo Sarkis, em que o reitor que sai faz um raio-x de sua administração à frente da UFSM, em oito anos de mandato.
Confira, a seguir, o material publicado pelo DSM, em texto assinado pelo repórter Ricardo Ceratti:
‘Aquilo que eu planejei, eu consegui fazer’
No dia 26 de dezembro acaba a Era Sarkis na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). O reitor que ficou oito anos à frente da instituição fecha seus dois mandatos com duas certezas contundentes: não se arrepende de nada do que fez durante esses oito anos e conseguiu fazer tudo aquilo que planejou. Difícil ficar indiferente ao período em que este engenheiro civil comandou a principal engrenagem do desenvolvimento econômico, social e, naturalmente, educacional de Santa Maria.
Basta andar pelo campus para ver que a passagem de Sarkis pela reitoria foi marcada por várias realizações. Algumas mais vistosas, como a nova sede do Centro de Ciências Sociais e Humanas (CCSH). Outras mais discretas, como os R$ 600 mil investidos na Biblioteca Central, os 140 aparelhos de ar-condicionado comprados neste ano e os laboratórios em várias especialidades.
A marca que Sarkis acredita ter deixado mais forte na UFSM foi a combinação de “inclusão social com qualidade no ensino”, sugerida por dois indicadores que ele não cansa de repetir: os quase 65% de alunos vindos de escolas públicas, aprovados no vestibular 2005, e as ótimas notas dos cursos da instituição nas avaliações do MEC também neste ano.
Nesta entrevista de mais de duas horas, complementada por mais uma lista de perguntas enviadas e respondidas por e-mail, o reitor falou de temas como as relações com políticos e a iniciativa privada, a Fundação de Apoio à Ciência e Tecnologia (Fatec), as estratégias para driblar a burocracia, a eleição do seu sucessor (na qual sua candidata foi derrotada por um grupo que poucas semanas antes era aliado) e até da possibilidade (não totalmente descartada) de um dia se candidatar a prefeito de Santa Maria. Sarkis também citou três obras de destaque em sua gestão: a nova sede do CCSH, o Pronto-Socorro do Hospital Universitário e o Centro Regional de Pesquisas Espaciais. Por coincidência, três obras que não estão prontas. Ou melhor: não estão para os leigos.
Para o engenheiro Sarkis, uma obra está pronta quando seu prédio está concluído. Mesmo que não esteja funcionando totalmente.
Diário – Que obras o senhor enxerga como marcas de sua administração?
Sarkis – Eu destacaria o prédio do CCSH e o Pronto-Socorro Regional, que fizeram a diferença em termos de investimentos novos. Das obras em comodato com outras instituições, destacaria o Centro de Pesquisas Espaciais.
Diário – As três obras citadas pelo senhor não estão concluídas.
Sarkis – Quando se fala em “obras”, refere-se à construção civil das mesmas. Os blocos 1, 2, 3, 4 e a torre do CCSH estão concluídos. Mobiliário e outras instalações serão transferidos ou adquiridos, na medida do necessário, mas não fazem parte da obra. O mesmo vale para o Pronto-Socorro e para a sede do Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais.
Diário – Sua gestão teve muitas obras. A UFSM recebeu mais dinheiro ou optou por investir mais em obras?
Sarkis – A universidade começou a receber mais dinheiro, por vários motivos. Os prédios aparecem mais, mas o maior investimento foi em equipamentos e instalações. Só em 2005, estamos entregando mais de 700 computadores. Outro exemplo é a Biblioteca Central, que está recebendo R$ 600 mil em livros.
SE VOCÊ DESEJA ler a íntegra da entrevista, acesse a página do Diário de Santa Maria na Internet, no endereço www.clicrbs.com.br/jornais/dsm/.
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