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UFSM. Pensionistas receberam R$ 14,3 milhões nos dois últimos meses. Maioria das pensões é vitalícia

União paga 637 pensões vitalícias a beneficiários vinculados à UFSM. Foto Reprodução

Por Maiquel Rosauro

Pensionistas da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) receberam, nos meses de novembro e dezembro de 2019, o pagamento de R$ 14.303.056,60. Os beneficiários são, em sua maioria, viúvos, cônjuges, companheiros e filhas solteiras maior de idade sem cargo público permanente. Em novembro, 776 pensionistas receberam, em média, R$ 12,2 mil, sendo que 637 são pensões vitalícias.

No total, em novembro, mês que pingou na conta o depósito do 13º, a União pagou R$ 9,4 milhões a pensionistas da UFSM, sendo que 21 beneficiários receberam duas pensões.

O maior valor recebido foi de uma viúva que ganhou, em novembro, R$ 56.106,68. Ela tem 74 anos e recebe o benefício desde abril de 2008. Em novembro de 2019, outros 384 beneficiários vinculados à UFSM receberam mais de R$ 10 mil.

Em dezembro, 777 pensionistas da UFSM receberam, em média, R$ 6,2 mil de pensão. No total, foram pagos R$ 4,8 milhões no último mês de 2019.

O maior pagamento em dezembro foi de R$ 43.166,34. Duas pessoas receberam este mesmo valor, sendo que uma é a cônjuge, 66 anos, do servidor que institui o benefício e a outra é a cônjuge divorciada, 73, do mesmo servidor. Ambas possuem pensão vitalícia desde junho de 2018.

No total, 350 viúvas recebem pensões ligadas à UFSM, 96 cônjuges, 64 companheiras(os), 55 viúvos e 38 filhas solteiras maior de idade sem cargo público permanente. Confira na tabela:

 

Viúva recebeu R$ 573 mil em novembro

As informações presentes nesta matéria tem como origem trabalho realizado pela agência de dados independente Fiquem Sabendo, especializada na Lei de Acesso à Informação (LAI).

A agência teve acesso aos dados de pagamentos aos pensionistas do Executivo nos meses de novembro e dezembro de 2019, após decisão favorável do Tribunal de Contas da União (TCU).

“Somente em novembro os valores chegaram a mais de R$ 2,4 bilhões, com rendimento médio por pessoa de R$ 10,3 mil. Segundo os dados informados, parte dos benefícios são pagos ao menos desde 1959, sem nunca ter havido nenhum tipo de transparência até agora por parte dos governos”, informa a Fiquem Sabendo.

A lista possui mais de 13 mil pagamentos efetuados, sendo que somente 267 são benefícios temporários. Em alguns casos, o mesmo servidor instituiu a pensão a mais de uma pessoa.

Alguns dados são surpreendentes. Por exemplo, em dezembro, o maior pagamento recebido foi de uma viúva, pensionista do governo do Distrito Federal, que recebeu R$ 573.340,45. Ela possui 63 anos e recebe pensão vitalícia desde dezembro de 2011.

Em novembro, o maior pagamento foi de R$ 325.361,23. Quem recebeu foi a filha de um militar, que em fevereiro completará 22 anos. Ela também está vinculada ao governo do Distrito Federal e possui pensão vitalícia desde junho de 2018.

A concessão de pensão a filhas de militares mortos foi extinta em 2000 para novos servidores, mas ainda poderá ser paga pelos próximos 40 anos, uma vez que os militares que já integravam as Forças Armadas passaram a ter opção de pagar um adicional de 1,5% na contribuição previdenciária a fim de manter o privilégio.

As tabelas, produzidas pelo governo Federal, não especificam o que compõe cada pagamento. Logo, os valores pagos não são justificados. Nos arquivos, que agora são públicos, é possível pesquisar os nomes dos beneficiários, o valor pago, a natureza da pensão, entre outros dados.

Para fazer a sua própria pesquisa, clique aqui e faça o download das planilhas.

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Um Comentário

  1. Problema é que não existe nada ilegal (aparentemente) nos pagamentos. Valores altos devem ser pagamentos ou reajustes passados que não foram pagos e agora aparecem acumulados e corrigidos (geralmente por via judicial). A moralidade e os efeitos dos direitos devem ser avaliados na época da concessão dos mesmos, na época da produção legislativa. A posteriori os mesmos se tornam adquiridos, não há o que fazer.
    Matéria? Tendenciosa. Exemplo mais fácil é o de Maite Proença que por conta de tragédia pessoal recebe pensão há décadas (pai era procurador no estado de SP). Busílis? Existem pensões polpudas pagas nos estados (alguns economicamente prejudicados) a funcionários civis (e policiais/bombeiros militares). Eventualmente aparecem, mas o foco é sempre nas forças armadas.
    Mais, o que a imprensa fazia quando acontecia a alegada festa de concessão de vantagens na CEEE? Que virou uma divida enorme?

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