Do site Congresso em Foco, com texto de ERICK MOTA e VICTOR FARIAS e foto de Reprodução
O Congresso Nacional retomou hoje os trabalhos legislativos, após o recesso de fim de ano. Em sessão solene conjunta da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, foi lida a mensagem encaminhada pelo presidente da República ao Parlamento, com as prioridades do Executivo para 2020.
O Plenário da Casa contou com a presença de algumas dezenas de congressistas. Segundo a deputada Maria do Rosário (PT-RS), que estava de saída do Plenário no momento em que a reportagem falou com ela, o esvaziamento acontece em protesto contra o governo de Jair Bolsonaro, que foi representado na solenidade pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.
Contrariando o que declarou Rosário, o esvaziamento do Plenário também se deu por parte de aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
A reportagem conversou com membros do Psol que não souberam afirmar se tratava-se de uma manifestação. “Os trabalhos retomam mesmo na terça-feira (4), deve ser por isso que está vazio”, disse reservadamente uma pessoa ligada à siga.
Mas para o deputado Camilo Capiberibe (PSB-AP), a baixa adesão de membros do governo demonstra desarticulação do Executivo no parlamento. “Nós não vimos os ministros prestigiando este momento, talvez o próprio presidente Jair Bolsonaro esvaziando este momento aqui do Congresso. Talvez seja até uma própria estratégia do Planalto”, avaliou. O deputado da oposição acredita que isso demonstra os desafios que o governo encontrará no Legislativo.
Otimista quanto as pautas reformistas que os congressistas votarão no decorrer do ano, o líder da maioria, Agnaldo Ribeiro (PP-PB), quando questionado sobre o esvaziamento do governo na solenidade, se mostrou menos empolgado com as prioridades do Executivo. “Eu não vou fazer esse juízo de valor. O que eu posso dizer é o seguinte, eu acho que nós temos hoje uma expectativa em relação a agenda do parlamento. O parlamento demonstrou no ano passado a sua responsabilidade para com o país. Nós vamos tocar a agenda que o país precisa”, disse Agnaldo.
O clima nos bastidores era de espanto quanto ao esvaziamento do Plenário. Os presidentes da Câmara e do Senado, se recusaram a falar com a imprensa e saíram sem dar entrevista…”
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Cascata, Congresso só funciona de terça a quinta. Coisa só engrena depois do carnaval e neste ano para de junho a outubro. Sempre foi assim.