Por BRUNO SILVA (com foto de Arquivo), da Assessoria de Imprensa da Sedufsm
Era por volta de 21 horas de uma segunda-feira quando uma mulher de 55 anos pediu por socorro para a Brigada Militar. O companheiro dela, de 27 anos, havia ameaçado colocar fogo na casa em que os dois moravam, no centro da cidade. Ela o tinha deixado voltar para a residência há uma semana, depois de terem se separado. Porém, nos dias posteriores, ele passou a agredi-la novamente. Como a vítima já havia obtido medidas protetivas contra o ex-companheiro, ele foi preso. Casos como esse são comuns numa sociedade onde a mulher é tida como propriedade de seu companheiro. Onde é normalizada a cultura de que em briga de marido e mulher ninguém se envolve, entre outros mitos, o cotidiano das mulheres é cada vez mais difícil. Sobreviver, na maioria dos casos, é a meta principal.
Laura Cortez, professora do Colégio Politécnico da UFSM, e Maria Celeste Landerdahl, professora do departamento de enfermagem da UFSM, estão envolvidas na construção de uma campanha que tem por objetivo prevenir os atos de violência, incentivar as denúncias e conscientizar a população sobre o crime de feminicídio. Celeste explica que “o nome da campanha já diz, ‘Santa Maria 50-50’, nós queremos uma Santa Maria menos desigual entre direitos e oportunidades, levando em conta o gênero. E, lógico, a gente espera uma cidade com menos desigualdade de gênero, nós pensamos que podemos ter uma Santa Maria com menos violência e, junto a isso, uma cidade mais desenvolvida”.
A campanha, elaborada em parceria com o Fórum de Enfrentamento à Violência Contra Mulheres, deverá ser lançada em março de 2020, mês em que se destaca o Dia Internacional da Mulher, devendo ter continuidade com ações durante todo o ano de 2020. A chamada da campanha “SANTA MARIA 50-50” inspira-se na iniciativa PLANETA 50–50 da ONU Mulher, considerando que é necessário superar desigualdades de direitos e oportunidades para debelar a violência contra as mulheres.
Para Celeste, é “necessário o esforço e engajamento de todos e de todas – homens, mulheres, jovens, crianças, idosos, gestão municipal, instituições públicas e privadas de ensino, meios de comunicação, empresas, sociedade civil organizada, sindicatos, forças armadas, brigada militar, entre outros, que serão chamados a trabalhar em conjunto e de forma sistematizada na campanha”.
De acordo com Laura, “a Prefeitura, assim como a Câmara de Vereadores, são primordiais neste apoio. A primeira porque tem a capacidade de mobilizar as secretarias, como a da Saúde, Desenvolvimento Social, Educação, Cultura, empresários etc., para que os serviços e a sociedade possam se sensibilizar com a causa e possam se comprometer ainda mais nas suas ações diárias. Além disso, porque o executivo tem esse poder de concretizar ações, por meio de políticas públicas que possam trazer recursos para a prevenção da violência ou para a criação de novos serviços, como um Centro de Referência no Atendimento às Mulheres. A Câmara, pelo seu poder nato de criar legislações que possam garantir direitos e implementar projetos neste mesmo sentido, além de disponibilizarem algum recurso para a divulgação da Campanha e também suas mídias sociais. Que ambas estejam juntas, alinhadas à Campanha, abertas ao diálogo democrático para construir junto uma cidade mais justa e menos violenta. Esperamos apoio e patrocínio dos materiais gráficos e de divulgação, infraestrutura, porque todo o nosso trabalho é…”
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