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CIDADANIA. Campanha, inclusive nas ruas, busca o fim da violência contra as mulheres em Santa Maria

Ato do Dia Internacional da Mulher em Santa Maria, 8 de março de 2017. Neste ano, série de atividades deve acontecer na cidade

Por BRUNO SILVA (com foto de Arquivo), da Assessoria de Imprensa da Sedufsm

Era por volta de 21 horas de uma segunda-feira quando uma mulher de 55 anos pediu por socorro para a Brigada Militar. O companheiro dela, de 27 anos, havia ameaçado colocar fogo na casa em que os dois moravam, no centro da cidade. Ela o tinha deixado voltar para a residência há uma semana, depois de terem se separado. Porém, nos dias posteriores, ele passou a agredi-la novamente. Como a vítima já havia obtido medidas protetivas contra o ex-companheiro, ele foi preso. Casos como esse são comuns numa sociedade onde a mulher é tida como propriedade de seu companheiro. Onde é normalizada a cultura de que em briga de marido e mulher ninguém se envolve, entre outros mitos, o cotidiano das mulheres é cada vez mais difícil. Sobreviver, na maioria dos casos, é a meta principal.

Laura Cortez, professora do Colégio Politécnico da UFSM, e Maria Celeste Landerdahl, professora do departamento de enfermagem da UFSM, estão envolvidas na construção de uma campanha que tem por objetivo prevenir os atos de violência, incentivar as denúncias e conscientizar a população sobre o crime de feminicídio. Celeste explica que “o nome da campanha já diz, ‘Santa Maria 50-50’, nós queremos uma Santa Maria menos desigual entre direitos e oportunidades, levando em conta o gênero. E, lógico, a gente espera uma cidade com menos desigualdade de gênero, nós pensamos que podemos ter uma Santa Maria com menos violência e, junto a isso, uma cidade mais desenvolvida”.

A campanha, elaborada em parceria com o Fórum de Enfrentamento à Violência Contra Mulheres, deverá ser lançada em março de 2020, mês em que se destaca o Dia Internacional da Mulher, devendo ter continuidade com ações durante todo o ano de 2020. A chamada da campanha “SANTA MARIA 50-50” inspira-se na iniciativa PLANETA 50–50 da ONU Mulher, considerando que é necessário superar desigualdades de direitos e oportunidades para debelar a violência contra as mulheres.

Para Celeste, é “necessário o esforço e engajamento de todos e de todas – homens, mulheres, jovens, crianças, idosos, gestão municipal, instituições públicas e privadas de ensino, meios de comunicação, empresas, sociedade civil organizada, sindicatos, forças armadas, brigada militar, entre outros, que serão chamados a trabalhar em conjunto e de forma sistematizada na campanha”.

De acordo com Laura, “a Prefeitura, assim como a Câmara de Vereadores, são primordiais neste apoio. A primeira porque tem a capacidade de mobilizar as secretarias, como a da Saúde, Desenvolvimento Social, Educação, Cultura, empresários etc., para que os serviços e a sociedade possam se sensibilizar com a causa e possam se comprometer ainda mais nas suas ações diárias. Além disso, porque o executivo tem esse poder de concretizar ações, por meio de políticas públicas que possam trazer recursos para a prevenção da violência ou para a criação de novos serviços, como um Centro de Referência no Atendimento às Mulheres. A Câmara, pelo seu poder nato de criar legislações que possam garantir direitos e implementar projetos neste mesmo sentido, além de disponibilizarem algum recurso para a divulgação da Campanha e também suas mídias sociais. Que ambas estejam juntas, alinhadas à Campanha, abertas ao diálogo democrático para construir junto uma cidade mais justa e menos violenta. Esperamos apoio e patrocínio dos materiais gráficos e de divulgação, infraestrutura, porque todo o nosso trabalho é…”

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