A volta virá. Bancada governista vai cobrar de Valdeci a fatura da aprovação do Orçamento
Foi inédito, como registrei na coluna Observatório (que publiquei em A Razão e reproduzi aqui mesmo, na manhã de sábado) deste final de semana. Em sete anos de mandato de Valdeci Oliveira, nunca uma votação importante teve tamanha solidariedade da bancada governista. Ao ponto de deixar a oposição sem ação, os governistas aprovaram um orçamento rigorosamente sem emendas. Até à meia noite de quinta, por 7 a 6. Depois, com a saída de Júlio Brenner, por questões de saúde, o empate em seis votos beneficiou o governo.
O resultado foi comemorado pelos governistas em um recheado café da manhã, realizado no Hotel Itaimbé. Foi ali que encontrei um dos mais ilustres edis da bancada do PT (os demais partidos da aliança pró-Valdeci são PSB, PR e PTB). Ele, claro, estava faceiro. Mas fez uma ressalva importante: o governo bem que poderia nos ajudar, também. Mmmmmm… O que isso significa? O óbvio: a bancada quer ser ouvida, também, sempre que quiser.
Não está agendada qualquer reunião, ainda. Mas não há dúvida: os vereadores vão buscar Valdeci Oliveira para conversar. E acertar os ponteiros. Deram um sinal inequívoco que, unidos, os vereadores do governo aprovam ou rejeitam qualquer coisa. A favor. E contra o interesse da administração.
Quer dizer: os edis governistas vão cobrar a fatura. Uma das formas de pagamento, não dita pelo parlamentar com quem conversei, mas é óbvia, é a colocação na roda das emendas retiradas pelos 8 integrantes do grupo. Lembrando: abrir mão das próprias iniciativas foi a senha para rejeitar, depois, todas as proposições oposicionistas. Agora, querem a sua parte – é a dedução claudemiriana. Isso, claro, para começar.
SUGESTÃO DE LEITURA – para saber o que aconteceu na supersessão da Câmara de Santa Maria, entre a tarde de quinta e a manhã de sexta-feira, confira aqui, aqui e aqui.
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