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É a opinião do sítio. O parlamento é fundamental, mas o Senado, com todo o respeito, é inútil

Não é a primeira vez que escrevo isso, com certeza. E sei que não se trata de opinião consensual, muuuito longe disso. Mas o Senado, a cada dia que passa, me parece absolutamente inútil. O parlamento, atenção, é, mais que importante, FUNDAMENTAL, para a democracia. Mas quem disse que ele tem que ser bicameral? Não basta a Câmara dos Deputados?

 

Há várias razões para fundamentar essa opinião, de natureza política. Mas a forma de escolha dos senadores e sobretudo de seus suplentes é uma delas. Aliás, algumas perguntas: você sabe quem são os senadores gaúchos? A propósito, quantos são? E quem são os suplentes, e quantos suplentes há para cada um? Sabe? Pois é.

 

A questão dos suplentes, inclusive, chega a ser constrangedora. Exemplo? Há vários. Mas fiquemos apenas com o mais recente, retratado (com outros detalhes adicionais) em reportagem publicada no Jornal do Brasil, em texto do jornalista Márcio Falcão. Ah,  lá embaixo relembre quem são os senadores e seus suplentes, pelo Rio Grande do Sul. Acompanhe:

 

“Senado tem agora 18 sem-voto

Ada Mello assume interinamente o mandato. Sua maior credencial: é prima de Fernando Collor

 

A galeria de senadores suplentes ganhou ontem um novo e curioso personagem. Diante de uma platéia de três dos 81 senadores, Ada Mello (na foto de Jonas Pereira, da Agência Senado) assumiu a vaga deixada pelo primo, o senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL), que vai se dedicar à campanha do filho Fernando James (PTB), candidato a prefeito de Rio Largo (cidade vizinha a Maceió). Assistente social e psicóloga – considerada braço direito de Collor, Ada foi à tribuna se justificar. Admitiu ser uma “estreante” na política, uma vez que nunca ocupou nenhum cargo eletivo antes de ser empossada senadora.

 

Mesmo com sua passagem programada para até 120 dias, Ada deve ficar por pouco mais de um mês na Casa, mas deixa o Senado com prerrogativas e status de ex-senadora. A nova representante de Alagoas se junta a outros 17 colegas que chegaram ao Senado sem um único voto. A falta de um um currículo político, no entanto, não intimida a senadora, que se diz preparada para trabalhar políticas de assistência social e preservação ambiental.

 

– Na política sou uma estreante, sem qualquer outra experiência de tribuna ou de prática legislativa – reconheceu Ada. – Contudo, declaro-me orgulhosa e incentivada com essa oportunidade ímpar de poder contribuir, ainda que na breve interinidade deste mandato, com o país e com meu Estado de Alagoas.

 

Um pedreiro no plenário

Ada ainda reforça as estatísticas de que a composição da chapa segue dois critérios: o político e o pessoal. Boa parte dos suplentes são empresários que financiam as campanhas eleitorais, nomes escolhidos pelo partido ou pela coligação, além de parentes e pessoas de confiança. Entre os 162 suplentes, pelo menos 30 são empresários e sete fazem parte da mesma família dos titulares…”

 

ACRÉSCIMO CLAUDEMIRIANO: para constar, os senadores gaúchos são Pedro Simon (PMDB); Sérgio Zambiazi (PTB) e Paulo Paim (PT). Os suplentes de Simon são Elói Guimarães, do PTB, e talvez tenha um segundo – mas não encontrei no sítio do TER. Se bem que ninguém sabe, também, cá entre nós. Os segundos de Zambiasi são Cláudio Manfrói e Edir Domeneghini, ambos petebistas. E os suplentes de Paim são Roberto Macagnan e José Pinto da Mota Filho. Desconfio que são petistas. Mas só desconfio.

 

SUGESTÕES DE LEITURA – confira aqui a íntegra da reportagem “Senado agra tem 18 sem-voto”, de Márcio Falcão, no Jornal do Brasil.

Leia também a reportagem “Suplentes já ocupam mais de 20% das vagas do Senado”, da Agência Estado, no G1, o portal de notícias das Organizações Globo.

 

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