ARTIGO. Ricardo Ritzel e a super-história dos irmãos Gumersindo e Aparício, um ‘Saraiva’, o outro ‘Saravia’
O lanceiro maragato
Por RICARDO RITZEL (*)
A história do Rio Grande do Sul está repleta de personagens que transitam livremente pela linha de fronteira. Até porque, em determinado momento, não havia está linha, ou ela tinha sido modificada há pouco tempo ou simplesmente incentivada a ser rompida por um ou por outro lado.
Alguns desses personagens falam apenas o português. Outros, somente o espanhol. Muitos, um portunhol carregado e de difícil compreensão para aqueles que dominam somente o idioma de Camões, ou unicamente o de Cervantes.
O ponto em comum de todos é a identificação cultural que estas pessoas passavam aos habitantes desse espaço transnacional que chamamos de Pampa. Seus valores, seus costumes, suas manifestações artísticas e também suas regras e punições. Enfim, aquela maneira de ser e de viver da cultura gaúcha, ou gaucha, e as suas circunstâncias.
Foi assim com Sepé Tiaraju, com José Artigas, com Andresito Guazurarí e os irmãos Gumersindo e Aparício Saraiva, entre outros tantos. Todos eles, figuras cultuadas tanto deste, quanto do outro lado da fronteira. Alguns até com uma surpreendente devoção religiosa.
Os irmãos Saraivas são a prova histórica desta interação social, política e cultural que os gaúchos tinham, e ainda têm, com Uruguai. País que é uma espécie de irmão gêmeo do Rio Grande do Sul, mas separado ainda na infância e fala, desde então, o espanhol.
O primeiro, Gumersindo, é brasileiro de Arroio Grande; O segundo, Aparício, oriental de Cerro Largo. Os dois com terras, família e história nos dois países.
E que histórias!
Gumersindo foi o grande estrategista militar da Revolução de 1893, no Brasil. E seu irmão uruguaio, Aparício, foi o tático do conflito por excelência. Tanto que as violentas cargas de cavalaria que liderava se tornaram lendárias e motivo de pânico entre as forças legalistas.
Mas sua fama de guerreiro começa bem antes, ainda em sua adolescência, na Banda Oriental.
Aparício Saravia da Rosa nasceu, dia 16 de agosto de 1856, no Departamento de Cerro Largo, Uruguai. Foi o quarto filho do casal brasileiro, Francisco Saraiva (Dom Chico) e Propicia da Rosa. E lá, nas terras uruguaias do pai, passou sua infância junto a seus outros 12 irmãos.
Considerava-se uruguaio e assim viveu por toda sua vida. Tanto que seu sobrenome foi espanholado para Saravia. Diferente de seus pais e de seu irmão mais velho, Gumersindo, que sempre assinaram com a grafia portuguesa, Saraiva.
Aparício tinha uma verdadeira veneração pelo seu irmão mais velho. E a recíproca era verdadeira. Unha e carne, como se dizia na época. Tanto que, quando chegaram na adolescência, a família decidiu envia-los, juntos, para estudar em um tradicional liceo de Montevideo.
Porém, nem um nem outro se adaptou à capital uruguaia, seus casarões e suas regras de conduta social. A saudade da vida no campo e a liberdade que sentiam em lombo de cavalo falava mais alto nos espíritos daqueles guris do Dom Chico.
Gritava, para ser exato!
Pois em 1869, quando o general Timoteo Aparício convoca os simpatizantes do Partido Blanco para pegar em armas e derrubar o governo colorado, os irmãos Saraiva não pensaram muito para se engajarem na Revolução das Lanças.
No mesmo dia, Gumersindo procura o irmão no internato, anuncia que vai fugir da escola e se alistar nas forças rebeldes. Poucos dias depois, Aparício não se aguenta e, sozinho, também segue para o campo a procura do irmão e das tropas revolucionárias. Foi sua primeira odisseia.
“Andou a pé léguas e léguas. Pediu cavalo emprestado, dormiu nos matos. Por fim, encontrou-se com revolucionários blancos comandados pelo caudilho “Lança Seca” e combateu entreverando-se nas cargas de lanças com veteranos”, nos conta Sejanes Dornelles em seu livro “Gumersindo Saraiva – O Guerrilheiro Pampeano”.
Gumersindo, que estava alistado na montonera de outro comandante blanco, Angel Muniz, somente encontrou o irmão quase no final da refrega e já com o apelido de Cabo Viejo, recebido pelos seus feitos em combate. E, mais surpreendente ainda, ostentando a lança de Timoteo Aparício, presenteada pelo próprio caudilho por sua destreza e coragem no uso da arma. O cabo Aparício tinha, então, 14 anos incompletos.
No final da revolução, os irmãos voltam para casa paterna em Cerro Largo e passam a ajudar no negócio da família e que sabiam manejar como poucos: gado.
Em 1875, novamente os ventos revolucionários se espalham por toda Banda Oriental e, de novo, Gumersindo e Aparício são os primeiros que se apresentam montados em seus cavalos e vestidos a rigor para os combates. Bombacha, bota, uma camisa qualquer, lança, garrucha e adaga. Boleadeiras na cintura, laço nos tentos, poncho emalado e, é claro, um lenço branco no pescoço.
Novamente os colorados vencem os blancos, abafando militarmente a revolução. E, de novo, Aparício e Gumersindo, que foram companheiros inseparáveis por todo conflito, voltam para Cerro Largo e a seus afazeres campeiros. Mas, agora, chegam como heróis e ainda com a fama de guerreiros implacáveis.
Em 1886, nova rebelião agita o Uruguai e, mais uma vez, os irmãos Saraivas deixam a casa de Dom Chico e Dona Propicia para se entreverarem na Revolução do Quebracho. Desta vez já no comando de homens e ostentando a fama de experientes guerreiros. Temidos, para ser preciso.
Quando voltam para os campos da família, Gumersindo já estava de casamento marcado com Dona Amélia Rodrigues, uma brasileira com família proprietária de terras vizinhas a dos Saraiva em Santa Vitória do Palmar.
Durante a festa de matrimônio do irmão, Aparício aproveita o baile e “arrasta a asa” para uma vizinha de Cerro Largo, Cândida Dias, é correspondido e praticamente se apaixonam a primeira vista.
Porém a moça, que também era filha de fazendeiros brasileiros radicados no Uruguai, foi proibida de ver, ouvir, falar ou ter qualquer outro contato com o quarto filho de Dom Chico Saraiva.
Surpreendentemente, a rejeição da família Dias com Aparício não era devido às constantes revoluções e peleias em que se metia e, sim, por ele ter a má fama de mulherengo e conquistador. Mas o amor, desta vez, era real.
E venceu a la gaúcha!
Cândida, literalmente, foge da casa paterna na garupa do cavalo de Aparício para viver com ele na Estância El Cordobés, também em Cerro Largo.
Já com dois filhos, Aparicito e Nepomuceno, Aparício e Cândida se casam em uma igreja católica em busca da benção do sogro e a amizade dos cunhados.
Em 1889 cai a monarquia brasileira e Gumersindo, que havia voltado ao Brasil e vivia na Estância Curral dos Arroios, em Santa Vitória do Palmar, começa a ter atritos com integrantes do novo regime.
Rapidamente, eles se transformam em perseguição e o filho mais velho de Dom Chico é preso pelos radicais republicanos, acusado falsamente de homicídio. Foge da cadeia com ajuda de sua mulher, Dona Amélia, e se refugia nas terras da família no Uruguai.
A partir daí, Gumersindo refaz a parceria guerreira com Aparício e volta ao Brasil para ser julgado. Só que vem na frente de uma tropa volumosa e muito bem armada. Foi absolvido rapidamente por inépcia da denúncia, ovacionado por seus conterrâneos, mas também marcado para morrer pelos republicanos radicais.
Logo, quando sentem que a revolução é inevitável, os irmãos Saraiva retornam à Banda Oriental e sob o comando de Gaspar Martins, se aliam a outros caudilhos federalistas gaúchos também afastados do processo político rio-grandense. A ordem é se preparar para invadir o Brasil e lutar.
E assim foi feito. Entre fevereiro e maio de 1893, a coluna Saraiva participa ativamente de combates e refregas, com os irmãos e seus guerreiros maragatos se destacando pela coragem em campo de batalha e profundo conhecimento na arte da guerra de movimentos.
“O espetáculo que vi não se descreve. Ouvia-se por todos os pontos ocupados por nossas forças os clarins a tocarem sem cessar as notas lúgubres, que ordenam a carga e a carnificina, como um uivar desolador.
Os nossos lanceiros subiam e desciam do serro como fantasmas que voam sobre os rochedos. Faziam lembrar as fantásticas walkirias germânicas.
As bandeirolas brancas das lanças pareciam asas de aves de rapina que se precipitam sobre as presas: era um baixar e erguer-se sem cessar. Em pouco tempo aquelas bandeirolas tomaram a cor do sangue que molhavam.
Gritos, lamentos, súplicas, promessas, gemidos, estertores e insultos – formavam a harmonia deste cataclismo que se chama guerra civil. Onde um mata para libertar-se, e morrendo quase que sorri. E outros matam e morrem por obediência, para os que mandaram matar ou morrer possam gozar”, relata Ângelo Dourado, em seu livro “Voluntários do Martírio”, a atuação dos lanceiros de Aparício na Batalha do Inhanduí.
Depois de Inhanduí, quando todo o Exército Libertador decide se exilar no Uruguai por absoluta falta de armas, munição e cavalhada, Gumersindo anuncia que sua coluna fica no Rio Grande do Sul para manter vivo o fogo revolucionário.
O armamento desta tropa era, em sua grande maioria, lâminas e lanças improvisadas feitas de tesouras de esquia amarradas em taquaras com tiras de couro.
Alguns tinham revolveres. Outros, velhas garruchas que vomitavam pedras, pregos e areia. Um que outro, ostentava um moderno rifle apreendido das tropas legalistas, mas com muita pouca munição.
A partir daí, Gumersindo e Aparício começam uma guerrilha pela região da campanha rio-grandense, que deixa praticamente confusa e desconcertada toda tropa governista.
“De uma hora para outra, eles apareciam nos arredores de uma cidade pouco guarnecida, faziam alguma pilhagem e logo desapareciam na escuridão da noite. Depois que repousavam durante o dia nas matas fechadas que cresciam ao longo dos rios, reapareciam em algum outro lugar mais surpreendente ainda”, nos conta John Chasteen, em sua apurada pesquisa sobre a Revolução de 93.
A sensação era que qualquer um, a qualquer hora e em todo Rio Grande poderia ser o alvo dos rebeldes federalistas. Conta a lenda que Gumersindo estava em todos os lugares e nenhum ao mesmo tempo, tamanha a mobilidade de sua gente.
E Aparício junto.
Na verdade, Gumersindo pensava a guerra; Aparício fazia. Era ele que estava na frente das manobras arrojadas sobre um inimigo surpreso. Era Aparício que comandava as violentíssimas cargas de cavalaria que destroçavam regimentos inteiros de pica-paus. E, temerariamente, na maioria das vezes vestindo um vistoso pala branco de seda que o identificava, incutia o medo no adversário e, é claro, atraía os tiros de pontaria do inimigo.
A partir daí, o governo gaúcho, que até então trata os irmãos Saraiva e seus homens como um bando de criminosos erráticos, percebe que estão lutando com líderes militares diferenciados, com tropa motivada e ainda muito bem adaptada ao teatro de operações.
Um exemplo é quando a Coluna Saraiva invade São Sepé e é ovacionada pela população. Depois, quando os revolucionários saem da cidade, começa a ser perseguida de muito perto pela força governamental do general Telles.
Chegando na região da Serrilhada, Aparício, então, recorre de um ardil clássico das montoneras charruas: vai para retaguarda com uma pequena tropa e dá combate encarniçado aos inimigos. E, em um determinado momento da luta, promove uma falsa debandada de sua gente, daquelas vergonhosas.
Quando seus opositores pensam que a vitória está garantida, separam a cavalaria da infantaria e saem em perseguição aos rebeldes para trucidá-los, a armadilha está completa.
Toda a cavalaria maragata os está esperando atrás de uma coxilha e, com uma inversão de manobra, promovem um contrataque devastador e mortal para a tropa que os perseguem.
Começa aí a lenda da 1ª Brigada de Lanceiros comandada pelo “castelhano” Aparício Saravia. Conta a história que suas cargas de lança seca levam tudo e todos que tem pela frente.
Quando chega a primavera de 93, Gumersindo é promovido a general e a fama da Brigada de Lanceiros de Aparício já é cantada em versos e trovas por todo o Rio Grande do Sul, Uruguai e norte da Argentina.
Conta a lenda que, em determinado momento da revolução, quando as forças revolucionárias atuavam no estado do Paraná, o Estado-Maior de Gumersindo se reuniu e pediu ao comandante a promoção de Aparício para general do exército revolucionário pelos seus feitos em campo de batalha.
– “Não posso fazer isto. Primeiro, porque ele é meu irmão. Não ficaria bem. Segundo, ele é uruguaio e nem fala o português. E a luta é brasileira. Aparício está aqui por minha causa”, retrucou Gumersindo.
– “Mas, general, Aparício é um dos nossos melhores combatentes e, quanto ao idioma, nem você fala bem o português. Porque exigir isto de Aparício?”, questionaram os coronéis do mais famoso general maragato.
E o general respondeu com seu peculiar senso de humor: “mas eu sou brasileiro e não falo bem o português para não maltratar a nossa língua mãe. Prefiro maltratar a deles!”, já apontando para Aparício e seu primo, Cezário Saravia, que tomavam mate a poucos metros do encontro.
Aparício continuou coronel.
Ele só ganharia as divisas de general após seu irmão ser mortalmente atingido por dois tiros no Capão do Carovi, região das Missões gaúchas. Com Gumersindo morto, o Estado-Maior federalista se reúne, decide pelo exílio, declara Aparício general e também novo comandante geral das forças revolucionárias.
Uma vez no comando, sua primeira ação é, contornando as forças castilhistas na frente de uma tropa de 600 guerreiros, tomar a direção de Cruz Alta e invadi-la. Com esta arrojada e temerária manobra militar (sua marca registrada), atrai grande parte da tropa castilhista para esta cidade do Planalto Médio gaúcho e facilita a fuga para Argentina de todo Exército Libertador, que estava sendo cercado, caçado e morto nas Missões.
Depois, retorna à fronteira e se reúne novamente com os rebeldes para se rearmarem e voltarem à luta, mesmo sem nenhuma chance de vitória. “Continuei a luta para vingar meu irmão, morto e retalhado pelas forças da ditadura castilhista”, explicou Aparício, depois, em suas memórias.
Quando o armistício é assinado, a paz volta ao sul do Brasil e Aparício retorna ao Uruguai com os últimos 24 maragatos, um repórter de tradicional jornal montevideano foi recepcioná-lo na fronteira e viajar com ele até a estância El Cordobés. Em determinado momento, o questionou sobre boatos de uma nova revolução blanca. Aparício assim respondeu:
– “Qualquer uruguaio que ame de verdade seu país, deve esquecer as revoluções”, sentenciou.
Mas pouco depois, em determinado ponto da viagem, puxou as rédeas de seu cavalo e acenando para uma determina faixa de terra levemente ondulada, comentou: “que lugar bom para uma escaramuça! Depois que a gente se acostuma, é divertido”.
Não deu outra!
Pouco mais de um ano depois, em 1897, após mais uma fraude escancarada dos colorados em eleições na Banda Oriental, o general Aparício reúne sem muito esforço cerca de mil guerreiros a cavalo e parte para um novo levante armado. Naquele momento (e daí em diante) Aparício se torna a identidade rural da Nação, a própria representação da cultura campeira que deu origem ao país. O mais bravo dos bravos.
Venceu o conflito e, embora não tenha deposto o presidente colorado, forçou com patas de cavalo uma mudança na legislação eleitoral que relegava a um segundo plano a participação da oposição na política uruguaia.
Tornou-se o homem mais poderoso do país depois do presidente. Um mito do homem rural uruguaio, uma lenda viva gaucha!
Sete anos depois, em 1904, uma nova “chicana” eleitoral colorada deixa os blancos, de novo, afastados da participação política no país. Saravia reúne outra vez sua montonera e parte para mais uma revolução. Só que desta vez o inimigo está preparado para ele e muito, mas muito bem armado.
Depois de oito meses de combates acirrados e de muito sangue, quando tudo indicava mais uma vitória em armas de Aparício, um tiro de pontaria em plena Batalha de Masoller (perto da cidade de Rivera) atinge mortalmente o líder Blanco.
Aquela bala também tirou qualquer chance de vitória dos rebeldes uruguaios, que se dispersaram com o grave ferimento do general. Uma triste coincidência com a morte de seu irmão, 10 anos antes, e o final da revolução federalista brasileira.
Ferido, pálido e sem reação, Aparício pede para ser levado para o Brasil, mais especificamente para estância de sua madrinha, Dona Luiza Pereira, localizada a poucos quilômetros da fronteira.
Nestes paradoxos da história política do Rio Grande, Dona Luiza vem a ser a mãe do coronel João Francisco de Souza, inimigo feroz dos maragatos e conhecido como Hiena do Caty pelas degolas e atrocidades que cometia contra os inimigos de Julio de Castilhos.
Porém, em 1896, os dois caudilhos reataram a amizade perdida na revolução de 93 e João Francisco passou a oferecer apoio e a negociar armas com o caudilho uruguaio para suas patriadas em solo uruguaio.
Já naqueles dias de setembro de 1904, João Francisco proporciona apenas o leito de morte de Aparício Saravia, além da segurança armada de seu exército particular que não permitiu a entrada de ninguém por aquelas terras enquanto o líder Blanco agonizava.
Aparício faleceu no dia 10 de setembro de 1904. Seu corpo foi sepultado, primeiro, em Cerro Largo e, depois, transferido com todas as honras para Montevideo, onde está até hoje.
Os irmãos, Gumersindo e Aparício Saraiva, foram grandes líderes militares e revolucionários de duas pátrias. Personagens históricos controversos, amados ao extremo por uns e odiados com máxima intensidade por outros, mas com diferentes destinos na história dos dois países.
Enquanto Aparício é considerado um herói nacional, com direito a estátua em local nobre de Montevideo, Gumersindo foi colocado em um segundo plano na história brasileira, ofuscado pelo regime positivista arquitetado por Julio de Castilhos.
Acontecimentos em um espaço mágico que chamamos de Pampa. Personagens sem fronteiras. História gaúcha. A nossa história!
(*) RICARDO RITZEL é jornalista e cineasta. Apaixonado pela história gaúcha é roteirista e diretor do curta-metragem “Gumersindo Saraiva – A última Batalha”. Também é diretor de duas outras obras audiovisuais históricas: “5665 – Destino Phillipson”, e “Bozzano – Tempos de Guerrra”. Ricardo Ritzel escreve neste site aos sábados.
Observação do Editor: as fotos (sem autoria determinada) que ilustram este artigo são de reprodução.
Meu pai era descendente de Gumercindo Saraiva,tenho foto dele original que meu pai dizia,ser tio avô ou avô. Meu pai nasceu em Santana do Livramento em 22/06/1900 na identidade da Marinha do Uruguai onde serviu diz 1899,ele faleceu em 05/11/1956 nome Boaventura de Oliveira Saraiva,filho de João de Oliveira e Maria Aldina Saraiva.Aqui não consegui certidão dele nem na Brigada Militar onde ele serviu,gostaria de saber quem são os avós dele.Já fui a Santana do Livramento no cartório mas não tem nada,naquele tempo eram colocado só no batistério passei na rua que tem o mesmo nome da minha vó .Gostaria de saber onde e qual caminho seguir para conseguir esta informação.Grata pela atenção
Muito bom como costume.
Portugueses anexaram a Cisplatina. Em 1822 Brasil independente. Em 1825, com auxilio correntino, Uruguay declara-se independente do Brasil. Logo tudo muito recente.
Gaspar Martins era uruguaio também. E Brizola tinha terras por lá.
Gauchada culturalmente tem mais a ver com o Uruguay do que com cariocas e nortistas. Não diferente de outras partes do mundo, é região de transição.