POLÍTICA. Mulher parlamentar do PSL catarinense propõe terminar com as cotas de gênero nas eleições
Do site Congresso em Foco. Texto de FLÁVIA SAID, com foto de PABLO VALADARES (Agência Câmara)
A deputada federal Caroline de Toni (PSL-SC) (foto acima) apresentou nesta sexta-feira (14) um projeto de lei para extinguir a reserva mínima de 30% para candidaturas de mulheres nas disputas por mandatos proporcionais. O projeto (VEJA A ÍNTEGRA) replica o conteúdo de uma matéria apresentada em 2019 pela deputada Renata Abreu (Podemos-SP), que chegou a tramitar na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) sob relatoria da deputada Bia Kicis (PSL-DF), mas acabou retirada pela autora após convencimento da bancada feminina.
Segundo mudança na legislação eleitoral instituída em 2009, cada partido ou coligação preencherá o mínimo de 30% e o máximo de 70% para candidaturas de cada sexo, nas eleições proporcionais, ou seja, para Câmara dos Deputados, para a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), para assembleias legislativas e câmaras municipais.
A autora do projeto entende que a norma eleitoral é carregada de ideologia e de difícil aplicação por parte dos partidos. “Para além de toda carga ideológica que cerca o tema igualdade de gênero, o fato é que, estritamente do ponto de vista prático, desde que essa famigerada cota foi inserida na legislação eleitoral pela Lei nº 12.034/2009, os partidos políticos têm enfrentado uma série de problemas com aplicação da referida norma”, justifica Caroline de Toni.
A deputada ainda argumenta que uma parcela pequena das mulheres se interessa por participar de atividades político-partidárias. “Conquanto seja louvável o incentivo à participação feminina na política, é inegável que infelizmente apenas uma parcela muito pequena das mulheres de fato, se interessa por desenvolver atividade político-partidária”, alega.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 44% dos filiados a partidos políticos são mulheres. No entanto, na Câmara dos Deputados, onde a cota é aplicável, elas representam 15% dos 513 deputados. Para a advogada Cecília Rodrigues, que atua na coordenação-geral da ONG Elas no Poder, há uma série de incongruências no projeto apresentado que não apontam o real motivo de mulheres não estarem conseguindo se eleger.
“Há um desestímulo intencional dos partidos para que as campanhas das mulheres façam menos sucesso do que a dos homens e alcancem um número menor de eleitores porque eles apostam mais em candidaturas masculinas do que nas femininas”, diz Cecília. Ela lembra as dificuldades encontradas pela atual deputada Tabata Amaral (PDT-SP), eleita em 2018…”
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Se a mulher precisa de cota pra se “empoderar”, a falta de empoderamento se torna auto-explicativa.
Como parlamentar pode propor o que bem entender dentro dos parâmetros legais. E direito. So ninguém espere um partido de direita propor regulamentação de imposto sobre grandes fortunas. Ou partido de esquerda propor redução de tributos ou fim da estabilidade dos servidores.
Cota referida e ideológica, querem conformar a sociedade nas ‘ideias’ de alguém. Em outras profissões (educação, saúde) maioria e feminina, o que contribui para a estatística salarial.
Resumo da opera e simples, cota esta funcionando? Não. Projeto foi aprovado? Não. So e noticia porque os jornalistas são vermelhinhos. Basico. Porque o assunto e ‘tanto faz’.