Tragédia

KISS. “Foram pessoas que vieram preparadas para falar a favor dos réus”, fala o presidente da AVTSM

Todos os depoimentos desta segunda-feira eram de pessoas ligadas aos réus

Bancada da defesa no julgamento, com os advogados dos quatro réus de homicídio e tentativa (foto Dartanhan Baldez Figueiredo)

Por Tatiana Py Dutra / Da Padrinho Agência de Conteúdo

As oitivas desta segunda-feira (6), no julgamento dos réus da boate Kiss, foi marcada pelo depoimento arroladas pela defesa dos acusados. Falaram no Tribunal do Júri, em Porto Alegre, o empresário Stênio Rodrigues Fernandes, ex-promoter da casa noturna; Willian Renato Machado, sobrinho do réu Elissandro Callegaro Spohr, o Kiko; a mulher de Spohr, Nathália Daronch; e Márcio André de Jesus dos Santos, irmão do réu Marcelo de Jesus dos Santos, da banda Gurizada Fandangueira.

Stênio afirmou em juízo que havia recebido orientação de limitar a 800 o número de presentes na casa, negando a superlotação. Já Willian alegou ter visto o acusado salvando vítimas do incêndio. Na sequência, Nathália afirmou que Kiko teria orientado seus clientes a deixar o local assim que percebeu a gravidade da situação. Por fim, Marcio disse, entre outras coisas, que os integrantes da banda que estavam na ao palco não viram o princípio de incêndio, e que ele e o irmão tiveram dificuldade para sair do recinto.

Para o presidente da Associação de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria, Flavio Silva, “foram depoimentos um pouco conturbados” nos quais se notou o compromisso das testemunhas para com os réus.

“Foram pessoas que vieram preparadas para falar a favor dos réus. Foi um pouco difícil, principalmente para os familiares, ouvir esses relatos. Mas elas [as testemunhas] acabaram caindo em contradição. E isso é percebido nitidamente pelos jurados. A gente espera que eles saibam avaliar esses depoimentos e, também, avaliar o que é mentira e o que é verdade nesses depoimentos de hoje”, afirmou Flávio Silva.

Os quatro acusados – Elissandro Callegaro Spohr (sócio da boate), Mauro Londero Hoffmann (sócio da boate), Marcelo de Jesus dos Santos (músico) e Luciano Augusto Bonilha Leão (produtor musical) são acusados de 242 homicídios e 636 homicídios tentados no incêndio da boate Kiss, ocorrido em 27 de janeiro de 2013.

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