Opinião. Classe média precisa ser atendida por Lula. Ou vaias aumentarão de intensidade
Não são exatamente os desprovidos de recursos os que assistiram à solenidade de abertura dos Jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro, sexta-feira. A menos que acreditemos terem, os pobres, R$ 100 para adquirir o ingresso mais barato daquele festerê esportivo.
Dito isto, é de fato impressionante que um governante tão bem aquinhoado em popularidade tenha sido vaiado por 4 ou 6 ou 8 vezes, segundo as mais diversas contagens. Fosse uma única vez, porém, e o significado teria sido o mesmo: a menção ao nome de Luiz Inácio Lula da Silva, Presidente da República, provoca desconforto, para dizer o mínimo, a um sensível setor da sociedade brasileira, a classe média.
Afirmo mais: se semelhante ato tivesse acontecido numa sessão do Teatro Treze de Maio, em Santa Maria, o resultado seria exatamente idêntico. A menos que pobres (ou muito ricos, que também eles estão faceiros) pudessem entrar na casa teatral mais importante da boca do monte. O que, convenhamos, salvo raríssimas exceções, não é o caso.
Então, se Lula está tão bem com os pobres, e está; e conta com a adesão às vezes até exagerada dos ricos, e também está, por que não consegue o mesmo efeito na classe média? Hein? Por uma razão singela: é aí, nesse extrato social, que a política lulista mais estragos faz. Vale desde o arrocho salarial ao funcionalismo público até à pouca atenção dada, na percepção correta deste grupo específico, aos dissabores da aviação. É o apagão aéreo uma fonte permanente (e sem solução no médio prazo) de mau humor na antigamente chamada média burguesia.
Qual a receita? Não tenho a mínima idéia. Mas talvez fosse interessante prestar atenção a este fenômeno. Afinal, é a classe média um dos tambores da sociedade. E um dia os hoje pobres, ou boa parte deles (tomara) também subirá de patamar. E talvez não estejam tão dispostos a apenas aplaudir.
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