VOLTA ÀS AULAS. Proposta de Leite é ‘irresponsável’, avalia sindicato docente. Prefeitura ainda sem posição
Na manhã passada, o governador Eduardo Leite anunciou sua proposta para o retorno presencial às aulas. Como você leu AQUI, a volta é escalonada, sendo que a educação infantil é a primeira, já na próxima semana. Para que entre em vigor nas cidades, porém, será necessária a concordância das Prefeituras. As associações de municípios gaúchos, reunidos em torno da Famurs, demonstram contrariedade. Já em Santa Maria, até o fechamento desse espaço, isso ainda não havia uma manifestação oficial do governo.
Os docentes da rede municipal da cidade, porém, já têm uma posição, que foi exposta por sua entidade de representação, o Sindicato dos Professores Municipais (Sinprosm), que divulgou uma nota no final da tarde. Esta, que você lê a seguir, na íntegra.
“O Sindicato dos Professores Municipais de Santa Maria entende como sendo irresponsável a proposta do governador Eduardo Leite de retorno às aulas presenciais em setembro. Iniciar as aulas pela educação infantil deixa claro a tendência de ceder à pressão do setor privado da educação, especialmente das escolas desta etapa.
Crianças nesta idade têm dificuldade de seguir protocolos de higiene e segurança como distanciamento ou máscaras. E com as outras etapas, mesmo seguindo todos os protocolos, os riscos de contágio seriam apenas diminuídos.
As famílias das crianças que frequentam as escolas públicas, e que vão mandar seus filhos para a escola, são as das camadas mais vulneráveis. Famílias que precisam sair para trabalhar e não têm com quem deixar seus filhos. São os que têm menos acesso às condições básicas de higiene e saúde.
Aqui em Santa Maria, um frigorífico com grande número de funcionários está parcialmente fechado por que quase 50 funcionários de um total de 1.200 testaram positivo para Covid-19. Imaginemos essa situação replicada em um universo com 20 mil alunos e 1.600 professores da ativa, para ficar apenas na rede municipal. Temos ainda a rede estadual, a privada e as instituições de ensino superior. Onde iríamos parar?
Ainda não é o momento de retornar ao ensino presencial.”
Não muito inteligente. Primeiro(a) estudante que contrair Sindrome de Kawasaki (se acontecer) vai transformar o noticiário num circo e vai direto para a conta do incompetente.