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Guerra Civil. Na “3ª onda”, PCC promove 78 ataques. Desde maio, pânico toma conta de SP

Na primeira leva, foram 299 ações contabilizadas. Isso entre 12 e 19 de maio. Tudo você acompanhou aqui, nesta página (nem sempre) humilde de internet. Nos dois meses seguintes morreram pelo menos 16 agentes penitenciários paulistas, até que, entre 11 e 14 de julho, a “segunda onda” de ataques sobreveio, com preferência pelo incêndio de ônibus – quase uma centena foram atacados.

O autor da “obra” é o Primeiro Comando da Capital (PCC) que, do interior dos presídios paulistas, lidera o crime organizado no principal Estado do País.

A “terceira onda” começou perto das 11 da noite deste domingo, 6 de agosto. E, aparentemente, tem como causa decisão do Ministério Público de SP que praticamente inviabiliza o habitual “indulto do Dia dos Pais”, que permite que detentos passem alguns dias em suas casas.

Não seria por acaso, assim, que tenha sido o MP uma das vítimas prioritárias. Até mesmo uma bomba foi colocada na entrada de sua sede. No início da noite desta segunda-feira já eram contados 78 ataques, predominante, mas não somente, na capital.

Para você ter um balanço parcial do que acontece na terra dos bandeirantes, acompanhe notícia produzida e publicada pela Folha Online, o braço de internet do jornal Folha de São Paulo:

Ataques chegam a 78; PM diz que vai dobrar número de homens

Chegou a 78 o número de ataques realizados contra alvos civis e forças de segurança pública em São Paulo desde as 23h de domingo, segundo o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Elizeu Eclair Teixeira Borges. As ações são atribuídas ao PCC (Primeiro Comando da Capital).

Foram registrados 22 ataques contra ônibus, 12 a postos de gasolina, e 34 a agências bancárias e caixas eletrônicos. Ao todo, 93 alvos diferentes foram atingidos.

Para conter a ação dos criminosos, o coronel anunciou que o número de carros da polícia nas ruas triplicado e a quantidade de homens dobrada. Como na última onda de ataques, em junho, quando os ônibus foram o principal alvo dos criminosos, a Polícia Militar também prometeu colocar PMs à paisana nos coletivos nos principais corredores da cidade.

Doze suspeitos de participar das ações – seis delas com antecedentes criminais – foram presos desde o início das ações. Outros dois foram mortos em supostos confrontos com PMs.

Ataques

Nesta segunda-feira, o prédio da Assembléia Legislativa de São Paulo foi evacuado no início da manhã desta segunda-feira devido a uma suspeita de bomba na entrada do local. Uma suposta bomba foi recolhida.

Outro explosivo foi achado no Poupatempo da Luz, na região central de São Paulo, onde também funciona parte do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado). Bombas também atingiram os prédios do Ministério Público Estadual e da Secretaria de Estado da Fazenda.

Por medo dos ataques, as cooperativas de microônibus e vans que operam na zona leste e em parte da zona norte de São Paulo recolheram as frotas. Houve ao menos dois na capital e mais de dez na Grande São Paulo.

Terceira vez

Esta é a terceira série de ataques contra forças de segurança e alvos civis – como agências bancárias, postos de gasolina e ônibus – promovida pelo PCC, desde o começo do ano.

Os primeiros atentados ocorreram entre os dias 12 e 19 de maio. Foram 299 ações, incluindo incêndios a ônibus. Simultaneamente, uma onda de motins atingiu 82 unidades do sistema penitenciário paulista. Na ocasião, a onda de violência foi interpretada como uma resposta à decisão do governo estadual de isolar líderes da facção criminosa.

Nos dois meses seguintes, criminosos mataram 16 agentes penitenciários, de acordo com o sindicato que representa a categoria.

Uma segunda série de ataques ocorreu entre os últimos dias 11 e 14 de julho. Desta vez, os principais alvos foram os ônibus. Quase cem foram incendiados ou atacados a tiros, em todo o Estado. Durante os ataques, prédios públicos e particulares, agências bancárias, lojas e agentes de segurança também foram atacados. Oito morreram.

Houve ao menos um confronto entre suspeitos de envolvimento nos novos ataques e a PM (Polícia Militar), às 5h, também na zona norte. Os disparos chegaram a atingir um vagão do Metrô que estava estacionado próximo à estação Tucuruvi. Ninguém ficou ferido.

Pelo menos um homem de 29 anos e uma mulher de 43 ficaram feridos. Eles foram atingidos por estilhaços após a explosão de um coquetel molotov, no…”


SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, e outros textos sobre o assunto, pode fazê-lo acessando a página de “Quotidiano” do portal da Folha Online, no endereço http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/. Sugiro também a leitura de outras notícias sobre a “guerra civil” paulista, acessando a página específica acerca do tema, no Portal Terra, no endereço http://noticias.terra.com.br/brasil/guerraurbana/.

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