Pós-CPMF. Nos cortes do orçamento federal para 2008 pode sobrar até para as verbas do Sarah
O governo federal, sabe-se agora, não estava blefando. De fato, não tinha um Plano B. Isto é, fora a aprovação da prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF) nada havia no horizonte da administração de Luiz Inácio Lula da Silva.
Não é por acaso, então, que, depois de ver rejeitada a possibilidade de contar com R$ 40 bilhões da arrecadação do tributo, o que se vê é um governo que tastaveia. E não sabe, objetivamente, o que pretende fazer para refazer o Orçamento da União para o próximo ano, desfaltado desse trocão.
Mas há algumas pistas mais ou menos óbvias, que têm sido referidas pelos observadores, a partir das manifestações, mesmo titubeantes, dos próceres governistas. Dá-se de barato, claro, que o governo não vai mexer no Bolsa Família, que significa um investimento superior a R$ 10 bilhões anuais. Nem nas obras do Plano de Aceleração do Crescimento a menina dos olhos e verdadeira peça de sustentação do segundo mandato lulista.
Então, de onde sairá o troco? Uma possibilidade muito concreta é o corte de R$ 6 bilhões dos R$ 12 bilhões em investimentos previstos fora do PAC. E idêntica quantia também sairá da dúzia de bilhões prevista para as emendas parlamentares coletivas. Isto é, as apresentadas pelas bancadas estaduais. E aí, bem, aí é que a porca começa a torcer o rabo, no caso santa-mariense.
Se é verdade que não há problema algum com os quase R$ 140 bilhões do PAC. Nem com os recursos obtidos através das emendas parlamentares individuais dos nossos deputados, Paulo Pimenta (PT) e Cezar Schirmer (PMDB). Mas há um risco bastante razoável de ruírem as chances de vinda de reforço de verba federal para a prevista (e nunca iniciada) unidade local da Rede Sarah de Hospitais. Esse troco é proveniente de emenda coletiva.
Esse desenlace pode até não ocorrer. Mas seria prudente imaginar que a possibilidade existe. E lamentável. Mas real. A conferir, quando o novo orçamento estiver concluído e aprovado no Congresso Nacional.
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