SOLUÇÕES. Como diminuir o índice de distorção idade-série dos estudantes do ensino fundamental?
Confira como os candidatos a prefeito de Santa Maria encaram o problema
Por Maiquel Rosauro
Levantamento do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) indica que entre os alunos frequentando os anos iniciais do Ensino Fundamental na rede municipal de Santa Maria, 11,4% apresentavam distorção idade-série em 2019, ou seja, estavam mais de dois anos atrasados em relação à série adequada à sua idade (em nível nacional, o índice é de 10,9% e, no Rio Grande do Sul, 8,11%).
Já nos anos finais do Ensino Fundamental, em Santa Maria, 31,4% dos alunos apresentavam distorção idade-série (a média nacional nos anos finais é 29,95% e no Estado 28,48%).
Como resolver este problema?
O Site encaminhou a pergunta aos seis candidatos a prefeito. Quatro responderam. Confira, em ordem alfabética:
Jorge Pozzobom (PSDB): O sucesso em relação à aprendizagem no Ensino Fundamental também é resultado de investimentos na Educação Infantil, como os que foram feitos na nossa gestão, com a contratação de professores e a entrega de 2 novas creches. Ampliamos a oferta de vagas na Educação Infantil em 11,4% e projetamos seguir abrindo mais vagas com a construção de outras 5 creches na cidade. No Ensino Fundamental, seguiremos investindo e fortalecendo projetos e ações como Conexão de Saberes; Programa Municipal de Letramento e Alfabetização; Entrelaçando Saberes, Núcleo de Formação e Desenvolvimento; Programa Mosaico de Saberes do Campo; Programa de Atendimento Especializado Municipal; EJA Diurna; Centro Educacional Conexão de Saberes/Tecnoparque; Espaço Educar e Empreender e Programa de Escolas Associadas da Unesco, entre outros.
Luciano Guerra (PT): Com a pandemia, será tarefa urgente organizar o ano letivo de 2021 assegurando que professores, servidores e alunos não estejam vulneráveis à Covid-19 e outras moléstias ao atuarem nas escolas. Depois, vamos elaborar um plano consistente para avançar nos indicadores educacionais e no combate à evasão, que vai aumentar com a pandemia. Temos excelentes educadores, que precisam de valorização permanente (criaremos uma mesa de diálogo sobre o Piso Nacional) e formação – inclusive para a questão do ensino híbrido (presencial/remoto), que será necessário para recuperar as perdas do calendário 2020. Vamos qualificar a estrutura das escolas, viabilizar atividades no contraturno, discutir o turno integral, informatizar a rede, fortalecer a alimentação escolar e tirar do papel as creches que a atual gestão não fez.
Marcelo Bisogno (PDT): Isso deve ser feito através de um processo educacional mais amplo do que apenas ir à escola. Temos que trabalhar com a comunidade, com os pais. Fazer com que a motivação para ir à escola seja diária. A escola tem que ter atrativos, mas, para que isso aconteça, tem que haver um processo histórico dentro da família. Então, como pretendemos resolver essas questões da evasão? Com atitudes simples, mas muito positivas. Envolveremos as comunidades com a sua escola, uma escola de tempo integral, aberta a todos, receptiva, sem restrições do ponto de vista das pessoas. Através do diálogo, mostrar que a escola é bom lugar para ir, onde as crianças ganharão conhecimentos; um lugar com professores, servidores entusiasmados realizar um bom trabalho e acolher as crianças dentro de um processo biopsicossocioespiritual.
Sergio Cechin (PP): A causa do problema da distorção idade série são as deficiências ou dificuldades que esses estudantes apresentam em habilidades básicas de leitura, interpretação e Matemática. Quando não solucionadas a tempo, essas dificuldades acabam estancando o processo de aprendizagem de conceitos mais complexos, gerando desmotivação, reprovação e até abandono da escola. A solução está em focar na recuperação desses conhecimentos e habilidades básicas do Português e da Matemática. Um programa de recuperação intensiva da aprendizagem, norteado por avaliações diagnósticas, organizado em grupos reduzidos de estudantes com níveis próximos de desenvolvimento e implementado por professores experientes e que tenham sido capacitados para esse tipo de atendimento é o meio para solucionar o problema.
Cechin é o único que dá uma resposta especifica para atacar o problema, mas com operacionalização a ser determinada. Cladistone, como na propaganda politica dele, dá uma resposta genérica. Guerra responde outra pergunta, não soube o que responder, vai ‘planejar’ ainda. Bisogno dá uma resposta genérica e ainda faz promessa, escola em tempo integral, sem saber se tem orçamento para tanto.