CÂMARA. João Ricardo Vargas resiste a pressão dos novos vereadores para sorteio dos gabinetes
Para vencer a discussão, presidente precisou apelar para um tema sensível
Por Maiquel Rosauro
Passavam das 20h, na última sexta-feira (1º), e os vereadores seguiam em Plenário há mais de quatro longas horas. Após a posse e infinitas discussões sobre a formação das Comissões Permanentes, João Ricardo Vargas (PP) decidiu encerrar a sessão sem fazer o seu primeiro discurso como presidente. Porém, nenhum parlamentar arrastou pé da Casa. Ainda havia um ponto polêmico para desatar.
A TV Câmara já não transmitia mais a sessão e nas galerias restavam apenas alguns assessores. Vargas então, anunciou, que aquela era uma reunião administrativa. O objetivo: resolver a situação dos gabinetes.
Os atuais vereadores que se reelegeram não desejavam trocar de sala. Porém, os novos inquilinos queriam que o sorteio dos espaços fosse feito entre todos os 21.
Os gabinetes não têm o mesmo tamanho, logo a sorte decide quem fica com os melhores espaços.
Vargas foi preparado para a reunião. Ele levou um documento da Divisão de Patrimônio no qual justificava que o sorteio apenas entre os 13 espaços vagos facilitaria o trabalho da Casa e provocaria economia aos cofres públicos.
O progressista colocou a ideia em votação e Givago Ribeiro (PSDB), Werner Rempel (PCdoB) e Ricardo Blattes (PT) levantaram a mão demonstrando contrariedade. O comunista e o petista, inclusive, defenderam seus pontos de vista no microfone de aparte.
“Lamento que as coisas comecem assim”, protestou Werner.
“Não queremos privilégios para ninguém”, disse Blattes.
Para vencer a discussão, Vargas trouxe um assunto sensível e que provoca vergonha ao Legislativo.
“Temos a consciência que temos um problema na Casa em relação à acomodação dos gabinetes. No início da Legislatura de 2013, houve a orientação de que ficaríamos no máximo seis meses nos nossos espaços e já estaria pronto esse prédio aqui do lado. Isso tudo acabou causando muitos transtornos”, disse o presidente.
A obra de ampliação do Legislativo teve início em janeiro de 2012 e deveria ser concluída em dezembro daquele ano. Porém, foi paralisada em 2013 e, até hoje, segue entregue ao abandono e a degradação do tempo.
A fala de Vargas acabou convencendo os demais parlamentares. Pouco depois, foi realizado o sorteio apenas entre os 13 novos vereadores. Nesta segunda-feira (4), eles começarão a se acomodar nos espaços que utilizarão pelos próximos quatro anos.
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