CULTURA. Cida, a produtora que cresceu aqui, chega a seus 15 anos de atuação a partir de Porto Alegre

Por Homero Pivotto Jr / Assessoria de Imprensa

A Cida Cultural completou 15 anos em Porto Alegre em 23 de maio. A chegada na Capital marcou, ainda, a troca de nome definitiva da empresa que iniciou como Otto Produções — uma homenagem ao filho e parceiro da fundadora Maria Aparecida Herok, a Cida. A mudança fez parte de um processo para diversificar e ampliar os trabalhos com produção cultural iniciados em 1987, quando Cida — graduada em Pedagogia pela Unisinos — trocou a sala de aula pelo sonho de atuar com eventos artísticos. Desde então, a empresa tem ações não apenas em Porto Alegre, na região metropolitana e no interior do Rio Grande do Sul, mas também em outros polos, como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Uberlândia, Natal e João Pessoa. Para pontuar a data, a produtora está com nova identidade visual e com projetos em desenvolvimento.

O trabalho não para

Uma das iniciativas em andamento é “Diálogos Temáticos Cida Cultural — Edição Museus”, que ocorre entre junho e agosto em duas frentes. A primeira é uma série de lives com profissionais e realizadores trazendo à pauta questões relacionadas ao setor de acervo e patrimônio, como gestão e planejamento, inovação e espaços temáticos. Já a segunda é um laboratório para compartilhar saberes e desenvolver sistemas colaborativos que estimulem as pessoas dentro do tema proposto. Ambas as oportunidades são gratuitas.

A empresa gaúcha também é co-produtora do show de Kleiton & Kledir 40 anos no Teatro Claro Rio (Rio de Janeiro), em 3 de junho. A apresentação marca o reencontro dos irmãos no palco, agora devidamente vacinados, após cerca de um ano sem tocarem juntos devido à pandemia do novo coronavírus. É um acontecimento importante na carreira da dupla, já que celebra 40 anos de parceria musical. O evento terá apenas transmissão on-line e pelo canal 500 da Claro Net, sem público presencial.

Apesar de 2020 ter sido um ano de recessos para o segmento artístico, Cida não parou, aproveitando o tempo para buscar aperfeiçoamento e criar oportunidades futuras.

“Considero-me realizada por ter escolhido o setor cultural. Sigo  em busca constante de aprimoramento e das práticas de gestão colaborativas, realizando projetos com ótimos resultados para todos os envolvidos. Ano passado não paramos. Mesmo trabalhando remoto, conseguimos empreender a exposição A Arte da Moda – Histórias Criativas, em São Paulo, onde ativamos outros produtores parceiros para atender às especificidades do projeto e o Farol Santander SP. Foi tempo de resiliência e aprendizagem constante, além de seguir planejando novas empreitadas e participando de editais”, afirma Cida.

Sobre a Cida Cultural

Atualmente, o foco da Cida Cultural – que começou as atividades em São Leopoldo e logo mudou para Santa Maria, onde ficou por mais de uma década – é a produção cultural, bem como soluções na economia criativa. A empresa é especializada em projetos que tenham reflexos socioculturais por meio de iniciativas artísticas, ações educacionais e sociais, gerando conexões e fornecendo assessoria especializada para todas as etapas, da concepção à execução e finalização. Os trabalhos são divididos em duas áreas de atuação: pública (com a busca por benefícios socialmente sustentáveis) e privada (investimento em cultura como uma estratégia empresarial, de acordo com as necessidades e os valores da instituição).

Currículo

Com uma trajetória de 35 anos, Cida Cultural consolidou o próprio nome em atuações nas mais variadas áreas do entretenimento e da cultura, como artes cênicas, música, artes visuais, patrimônio cultural material e imaterial, formação, humanidades, culturas popular, projetos transmídias, artesanato, moda e literatura. São exemplos: projeto Lâmpada Mágica (uma dos maiores ações para circulação teatral no estado, contabilizando 63 espetáculos e 734 apresentações ), Sonoras Energias (iniciativa para difusão de música instrumental, canto vocal e autoral), Concertos Populares (espetáculos com a Orquestra de Câmara da Ulbra junto a artistas nacionais de diferentes gêneros, como Yamandu Costa, Lenine e Zeca Baleiro, Renato Borghetti, Ivan Lins, Nei Lisboa e Vitor Ramil), Plano Anual de Atividades da Casa de Cultura Mário Quintana (lançado em 2018), Casa Ramil (apresentações da família Ramil — Kleiton, Kledir, Vitor, Ian, Thiago, João e Gutcha — no Theatro São Pedro), a restauração total e ampliação do Museu Getúlio Vargas (São Borja), a reforma da Casa João Goulart (São Borja) e a Restauração da Casa das Artes de Novo Hamburgo.

Durante a jornada profissional, Cida já produziu espetáculos e shows para artistas de renome nacional (Paulo Autran, Eva Wilma, Dercy Gonçalves, Ivan Lins, Lenine, Zeca Baleiro, Roberto Carlos, Marisa Monte, Titãs, Lulu Santos, Paulinho da Viola, Ed Motta, Gabriel Pensador, etc.) e talentos gaúchos (Família Lima, Os Fagundes, Luiz Carlos Borges, Nelson Coelho de Castro, Bebeto Alves, Hique Gomez, Nenhum de Nós, Papas da Língua, Engenheiros do Hawaii, entre outros). A movimentação da cadeia produtiva do teatro no Sul do país também é parte importante no desenvolvimento da Cida Cultural, com peças como Se Meu Ponto G Falasse, Homem e a Mancha (com Marcos Breda), Bailei na Curva, Auto da Compadecida, Toda Nudez Será Castigada, Pois é Vizinha, Rádio Esmeralda, Histórias da Carrocinha e FLICTS.

Além disso, a produtora gestou iniciativas em parceria comprefeituras, câmaras de comércio e indústria, rede de produtores, associações culturais e universidades no RS.

No currículo, Cida tem diversos prêmios, como Melhor Produtora Cultural em atendimento aos artistas (Revista Showbusiness, 1999), Troféu Cultura Gaúcha pelo Projeto Lâmpada Mágica (2004) e Prêmio Funarte de Concertos Didáticos — Concerto de Jovem pra Jovem (para escolas da rede pública de Santa Maria, 2010). Neste ano, está classificada no Prêmio Trajetórias Culturais/ Lei Aldir Blanc.