Vivemos uma situação dramática no sistema de saúde do Estado e isso é inegável. Após um ano da chegada do coronavírus ao Rio Grande do Sul, parece que não aprendemos nada no combate da pandemia, por aqui. Se as críticas da imprensa abundam à gestão do governo federal no combate ao vírus e à aquisição de vacinas, escasseiam em relação ao governo estadual -, o que é uma lástima. Talvez por isso, após um ano, a única solução apresentada pelo Governo do Estado segue a mesma diretriz de 12 meses atrás: fechem o “comércio não essencial”, reduzam os horários dos essenciais e, claro!, fiquem em casa. Cômico não fosse trágico.
Para que lembremos, em março do ano passado pedíamos um grande esforço da população para que ficassem em casa enquanto os nossos gestores públicos achatavam a curva de contágio, jogavam o pico da pandemia para frente e preparavam o sistema de saúde para o auge da disseminação que seria, logo ali, em junho. Pois bem, de lá para cá, nós descobrimos que o governo do Estado não agiu preventivamente e, aparentemente, jogou o pico da pandemia para um ano depois. E cá estamos. Pedindo novamente para que famílias fechem os seus negócios, para controlarmos a curva de contágio, sob a ameaça de que o sistema de saúde não colapse, de novo. Um ano depois de deprimirmos o caixa das empresas e sua capacidade de endividamento, inacreditavelmente, o governo sugere a mesma saída dramática de um ano atrás e que, evidentemente, está desacreditada pela população.
Foi por isso que a nossa Bancada, entendendo a dramaticidade do cenário atual e o esgotamento do sistema de saúde do Estado, solicitou ao governador que ao menos adie o pagamento das guias do ICMS das empresas atingidas diretamente pela vigência da bandeira preta e o rigor de suas restrições. Não nos parecia justo pedir o mesmo esforço de um ano atrás, sem conceder o mínimo de carência tributária para que empresas e profissionais liberais tentem sobreviver após um 2020 trágico na pandemia e na vida econômica das pessoas (que também importa).
Ontem pela tarde milhares de pessoas estavam na frente do Palácio Piratini protestando contra a bandeira preta e as medidas de restrição impostas pelo Governador Eduardo Leite. São pessoas que vivem uma situação desesperadora também. Que não acreditam mais no governo e nas suas medidas amargas; depositando um descrédito absolutamente compreensível sob o atual governo estadual.
Nossa solicitação, infelizmente, foi aceita apenas parcialmente. O adiamento de 13 dias no ICMS da competência de fevereiro, não dá o fôlego necessário ao caixa de empresas que estão total ou parcialmente fechadas e com o faturamento tão comprometido. Colocar os impostos estaduais em bandeira preta é o mínimo que o atual governo deveria fazer. Não há Estado sem economia. Não há serviços públicos com empresas e famílias sem renda e capacidade de produzir, empregar e, portanto, consumir. Se o governador precisa ir ao CONFAZ para tal, que vá. Que faça o impossível para confortar aqueles que, para além do vírus, precisam também conviver com a crise econômica gerada pela ineficiência do atual Governo do Rio Grande do Sul.
(*) Giuseppe Riesgo é deputado estadual e cumpre seu primeiro mandato pelo partido Novo. Ele escreve no Site todas as quintas-feiras.
Crédito da imagem: Reprodução.
Questão das vacinas é barulho eleitoreiro. E autopromoção. Trajano, por exemplo, quer ser vice do Molusco. Alguns imbecis esquecem que controlam o noticiário nacional mas não o internacional.
Dudu Vaselina, o impostor, se enterra cada vez mais na própria incompetência. Vide Cogestão, verdadeira politica Poncio Pilatos. Deu no que deu. Acha que por ser protegido da imprensa pode fazer qualquer coisa. Sustenta-se na AL com auxilio petista.