CÂMARA. Presidente promete desarquivar a “CPI dos cemitérios após revelação polêmica de vereador
João Ricardo Vargas se disse surpreendido com comentário de Juliano Soares
Por Maiquel Rosauro
A sessão da Câmara de Vereadores de Santa Maria, nesta quinta-feira (17), foi marcada por um longo debate sobre o polêmico fato visto no Cemitério Ecumênico Municipal, na manhã de quarta (16), quando Tony Oliveira (PSL) e Pablo Pacheco (PP) foram impedidos de ingressar no local (AQUI). O debate culminou na promessa de desarquivamento de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
Em sua primeira manifestação, Tony utilizou um nariz de palhaço para criticar a Administração Municipal.
“O Executivo está de brincadeira. Ao menos com esse vereador esqueceu as leis”, disse Tony.
O presidente do Legislativo, João Ricardo Vargas (PP), afirmou que o Legislativo foi atingido com o ato.
“Esta presidência adotará as medidas cabíveis e legais quanto a esse acontecimento”, disse Vargas.
A defesa da Administração Municipal foi realizada pelo vereador Admar Pozzobom (PSDB). Ele disse que não ocorreu nenhuma retaliação aos vereadores, mas que estão sendo seguidas as regras da bandeira preta do modelo de Distanciamento Controlado.
“Não vão atender quem chegar direto, quem bater na porta. Irregularidade seria justamente abrir as portas e sair passear com os vereadores pelo cemitério. Me estranha os nobres vereadores não terem conhecimento da legislação vigente”, disse Admar.
Juliano Soares – Juba (PSDB) também se somou a Admar e relatou que, ano passado, durante a CPI que investigou possíveis irregularidades nos cemitérios municipais, os parlamentares agendaram visitas aos locais.
“Todas as visitas que fizemos para investigar as irregularidades, agendamos antes. O secretário nos acompanhou e tirou todas as nossas dúvidas”, relatou Juba.
Mas não demorou para os tucanos ouvirem críticas. Primeiro, foi Pablo Pacheco, que defendeu o direito de fiscalização dos parlamentares.
“Não sei se o senhor passeia ou não, mas eu trabalho, fiscalizo. Está no Decreto Estadual e, depois, em momento de liderança de bancada eu vou lhe mostrar o Decreto Estadual e a Legislação Orgânica se o senhor desconhece”, disse Pacheco a Admar.
“Eu não estou dizendo que o senhor não pode fiscalizar. O senhor é vereador e não é Deus. O senhor não pode entrar a hora que quer, do jeito que quer, passando por cima de um decreto”, rebateu o tucano.
No final, João Ricardo Vargas subiu o tom. O presidente da Casa disse que um vereador jamais pode ser barrado em seu desempenho como fiscalizador. Ele também chamou atenção para a intervenção de Juba.
“Se eu tivesse tomado conhecimento que aquela CPI tivesse solicitado licença para entrar no cemitério, eu teria derrubado essa CPI no mesmo dia. Quem está falando aqui é quem fiscaliza, é da polícia. Vocês imaginem eu avisar à casa de um traficante que eu vou ir lá, não vou encontrar nada”, afirma o presidente.
Vargas afirmou que a CPI fica totalmente duvidosa neste momento e prometeu, na segunda-feira (22), solicitar o seu desarquivamento.
Comparar cemitério com casa de traficante? Oh, vereador o sr. não é da polícia, o sr. é aposentado e atualmente está vereador. Ou estou errado? E o tempo todo que o senhor era do partido do governo, por que não denunciou as irregularidades, já que é “Quem está falando aqui é quem fiscaliza, é da polícia. “? Por que esse ódio inconteste do partido/governo do qual fazia parte?
Casarão da Vale Machado virou circo há muito tempo. CPI’s perderam credibilidade há muito tempo.
Alás, e o elefante branco como está?