Não custa lembrar. O PFL, agora DEM, segue com as mesmas virtudes. E o grande problema

Confira a seguir nota publicada bem na manhã de 27 de março de 2007, uma terça-feira:

“Se vai o pefelê. A partir desta quarta-feira, “com novo nome e sob nova direção”

O PFL está em crise de identidade. Mentira. Mentira pura. O problema pefelista não é não saber o que quer ou coisa parecida. Os partidários sabem muito bem o que querem e como querem. Não, também não é a sigla, que denomina o Partido da Frente Liberal. Ela é das melhores e o nome também. Afinal, ambos identificam um pensamento claro acerca do mundo, e que norteia as ações dos que estão no partido desde os idos dos 80, quando foi criado, a partir de uma costela do falecido PDS (depois PPB, mais tarde PP), para formar a Aliança Democrática com o PMDB e eleger Tancredo Neves à Presidência da República.

O problema real do PFL é o seu definhamento. Hoje, só um governador de Estado (no caso, do Distrito Federal) é da bandeira pefelista. O número de prefeitos, vereadores e deputados foi minguando, minguando, minguando que, quando menos os líderes esperassem, acabariam sumindo.

Em Santa Maria, para ficarmos com o exemplo local, o PFL nunca passou de linha auxiliar. Primeiro do PPB (hoje PP), com Evandro Behr na Prefeitura e  Luiz Carlos Druzian de vice. Depois, no PTB, com Osvaldo Nascimento no Centro Administrativo e Marineu Ziani de vice – e afastado do núcleo decisório bem rapidinho, por determinação do prefeito. E, na Câmara de Vereadores, Manoel Badke foi edil até a legislatura passada. Nessa, os pefelistas não têm bancada…”

Para ler a nota na íntegra, e também uma reportagem especial publicada então pelo site especializado Congresso em Foco, clique aqui.

PASSADO EXATAMENTE UM ANO, ainda há quem sinta saudade do nome PFL. Este (nem sempre) humilde repórter, também. Até porque, o problema do DEM, o sucedâneo que seria oficialmente criado no dia seguinte ao da publicação da nota acima, continua exatamente do mesmo tamanho. Isto é, sobra ideologia (concorde-se ou não com ela), a mesma do Partido da Frente Liberal. E também há bastante, talvez até em excesso, barulho em nível nacional. Aliás, na direção inversa ao tamanho. E é este o problema de um ano atrás. Que pode, ou não, começar a ser resolvido em 5 de outubro, inclusive em Santa Maria. Logo, logo se vai saber. Afinal, sem voto não há sigla que sobreviva, bonita ou não.