COVID. Com 317 balões, o protesto simbólico dos educadores contra o que chamam de “PL da Morte”

Da Assessoria de Imprensa do 2º Núcleo do CPERS/Sindicato / Por Maiquel Rosauro

Mais de 300 vidas já foram perdidas em Santa Maria devido ao covid-19. Este número pode aumentar exponencialmente se for aprovado um projeto de lei que tramita em regime de urgência no Poder Legislativo e torna as essenciais as atividades escolares. Para barrar o PL da Morte, os educadores realizaram um ato simbólico em frente ao Parlamento.

Nas escadarias da Casa, foram afixados 317 balões pretos que simbolizam todas as mortes por covid-19 confirmadas no município. O ato, realizado na tarde desta quarta-feira (17), foi organizado por CPERS/Sindicato, Sinprosm, Sinpro/RS, Sedufsm e DCE/UFSM.

Conforme o diretor do 2º Núcleo do CPERS/Sindicato, Rafael Torres, o projeto é completamente inoportuno. Ele lembra que, em 2021, Santa Maria já registrou mais mortes por covid-19 do que em todo ano passado.

“Colocamos 317 balões para que os vereadores possam perceber a gravidade do problema. Escolas voltando, transporte coletivo e famílias sendo contaminadas pode dobrar exponencialmente este número”, alerta Torres.

Ao final do ato, os educadores protocolaram no Legislativo uma nota conjunta assinada por CPERS, Sinprosm, Sinpro/RS e Sedufsm contra o PL da Morte. A categoria reivindica a retirada de tramitação da proposta.
O projeto

O PL da Morte foi protocolado pelos vereadores Pablo Pacheco (PP), Roberta Pereira Leitão (PP), João Ricardo Vargas (PP), Anita Costa Beber (PP), Tubias Calil (MDB) e Juliano Soares – Juba (PSDB). 

Caso se torne lei, a proposta permitirá que as escolas de Educação Infantil, Fundamental e Médio abram suas portas quando forem decretados estados de emergência e de calamidade pública no município.